sexta-feira, 2 de março de 2007

Editora Luzeiro lança cordel comemorativo




TRECHO DA APRESENTAÇÃO

O que se pretende aqui, com esta publicação, é chamar a atenção da população de São Paulo, especialmente dos migrantes – e imigrantes – para a importância do nosso folclore, do qual se extraem histórias que se eternizam no inconsciente popular, por gerações e gerações.

A data 3 de março jamais poderá ser esquecida.

(Assis Angelo)


Trechos do Cordel que contou com grandes nomes do cordel e do repente, a exemplo de Oliveira de Panelas, Arievaldo Viana, João Paraibano, Valdir Teles, Rouxinol do Rinaré, Klévisson Viana, Mestre Azulão, Moreira de Acopiara e Gonçalo Ferreira. 


Mote: Marco Haurélio

Capa: Jô Oliveira

Nos meus versos de cunho popular
Busco n’alma divina inspiração,
Porque é de Luiz, Rei do Baião
Que agora os poetas vão falar,
E o Brasil sertanejo vai mostrar
Que não é desprovido de memória,
Relembrando a incrível trajetória
De um mito que o tempo não desbanca –
Foi voando nas asas da Asa Branca
Que Gonzaga escreveu a sua história.


Dos acordes de um grande brasileiro,
Um intérprete da alma de seu povo,
Sai um canto que sempre será novo,
Amoroso, sincero, alvissareiro.
Entre os hinos do seu cancioneiro,
O que fala duma ave migratória
Conferiu a Luiz eterna glória
Para além desta vida que se estanca.
Foi voando nas asas da Asa Branca
Que Gonzaga escreveu a sua história.


Eu também levo o fardo do migrante
Carregando amor com melancolia,
Que abastecem a minha poesia,
Semeada em terra tão distante.
E se a vida me fez um retirante,
Não me rendo à tão cruel escória,
Antes canto a verve meritória
Que ao gênio, lhe serve de alavanca.
Foi voando nas asas da Asa Branca
Que Gonzaga escreveu a sua história.