segunda-feira, 30 de abril de 2012

História da Moura Torta


Ilustração de Severino Ramos
para o livro Contos e fábulas do Brasil
Uma vez havia um pai que tinha três filhos, e, não tendo outra cousa que lhes dar, deu a cada um uma melancia, quando eles quiseram sair de casa para ganhar a sua vida. O pai lhes tinha recomendado que não abrissem as frutas senão em lugar onde houvesse água.

O mais velho dos moços, quando foi ver o que dava a sua sina, estando ainda perto de casa, não se conteve e abriu a sua melancia. Pulou de dentro uma moça muito bonita, dizendo: "Dai-me água, ou dai-me leite". O rapaz não achava nem uma coisa nem outra; a moça caiu para trás e morreu.

O irmão do meio, quando chegou a sua vez, se achando não muito longe de casa, abriu também a sua melancia, e saiu de dentro uma moça ainda mais bonita do que a outra; pediu água ou leite, e o rapaz não achando nem uma coisa nem outra, ela caiu para trás e morreu.

Quando o caçula partiu para ganhar a sua vida, foi mais esperto e só abriu a sua melancia perto de uma fonte. No abri-la pulou de dentro uma moça ainda mais bonita do que as duas primeiras, e foi dizendo: "Quero água ou leite". O moço foi à fonte, trouxe água e ela bebeu a se fartar. Mas a moça estava nua, e então o rapaz disse a ela que subisse em um pé de árvore que havia ali perto da fonte, enquanto ele ia buscar a roupa para lhe dar. A moça subiu e se escondeu nas ramagens.

Veio uma moura torta buscar água, e vendo na água o retrato de uma moça tão bonita, pensou que fosse o seu e pôs-se a dizer: "Que desaforo! Pois eu sendo uma moça tão bonita, andar carregando água…!" Atirou com o pote no chão e arrebentou-o. Chegando em casa sem água e nem pote levou um repelão muito forte, e a senhora mandou-a buscar água outra vez; mas na fonte fez o mesmo, e quebrou o outro pote. Terceira vez fez o mesmo, e a moça, não se podendo conter, deu uma gargalhada.

A moura torta, espantada, olhou para cima e disse: "Ah! É você, minha netinha!… Deixe eu lhe catar um piolho". E foi logo trepando pela árvore arriba, e foi catar a cabeça da moça. Infincou-lhe um alfinete, e a moça virou numa pombinha e avoou! A moura torta então ficou no lugar dela. O moço, quando chegou, achou aquela mudança tamanha e estranhou; mas a moura torta lhe disse: "O que quer? Foi o sol que me queimou!… Você custou tanto a vir me buscar!"

Partiram para o palácio, onde se casou. A pombinha então costumava voar por perto do palácio, e se punha no jardim a dizer: "Jardineiro, jardineiro, como vai o rei, meu senhor, com a sua moura torta?" E fugia. Até que o jardineiro contou ao rei, que, meio desconfiado, mandou armar um laço de diamante para prendê-la, mas a pombinha não caiu. Mandou armar um de ouro, e nada; um de prata, e nada; afinal, um de visgo, e ela caiu. Foram levá-la, que muito a apreciou. Passados tempos, a moura torta fingiu-se pejada e pôs matos abaixo para comer a pombinha. No dia em que deviam botá-la na panela, o rei, com pena, se pôs a catá-la, e encontrou-lhe aquele carocinho na cabecinha, e, pensando ser uma pulga, foi puxando e saiu o alfinete e pulou lá aquela moça linda como os amores. O rei conheceu a sua bela princesa. Casaram-se, e a moura torta morreu amarrada nos rabos de dois burros bravos lascada pelo meio.

(Versão de Sílvio Romero, publicada em Contos populares do Brasil)


la schiava nera
Ilustração de Warwick Goble para a versão inglesa do Pentamerone 

Nota à versão colhida em Serra do Ramalho Bahia e reproduzida no livro Contos e fábulas do BrasilA Moura Torta é um conto que só não se espalhou pelos quatro cantos da Terra porque esta é redonda. Sílvio Romero e Câmara Cascudo divulgaram versões muito conhecidas. A nossa variante aproxima-se da versão de Romero no tocante à quantidade de fi lhos do rei, três, com a sorte invariavelmente sorrindo para o caçula. Como na versão de Câmara Cascudo, o herói recebe três laranjas de uma velhinha, que desempenha a função de “doador mágico”. Ressalte-se ainda em nosso conto a jocosidade por meio da sede pantagruélica da princesa, que salta da laranja onde estivera, por conta de um feitiço, aprisionada, e do engano da Moura Torta, que julga ver no refl exo da princesa seu rosto desagradável. Segue-se o encanto da princesa em pomba, por meio de um alfinete mágico (“envenenado”), um motivo oriental presente nas Mil e uma noites. Original em nosso conto é o apêndice, que não consta de nenhuma variante conhecida e é motivo de riso para as crianças. Ítalo Calvino, nas Fábulas italianas, redigiu O amor das três romãs, citando como a mais antiga versão literária I tre cedri (As três cidras), do Pentamerone de Giambattista Basile. Afanas’ev recolheu, na Rússia, A pata branca, onde a metamorfose da princesa em ave se dá após esta banhar-se numa fonte, por instigação de uma feiticeira, que assume o seu lugar, até a descoberta do malefício e o castigo final. A noiva branca e a noiva preta, dos Grimm, com a heroína enfeitiçada em uma “patinha branca como a neve”, aproxima-se da versão russa.

(Marco Haurélio)

Capa de Jô Oliveira para edição da Queima-Bucha, de Mossoró

Trecho da versão em cordel:

Oh, Deusa da poesia,
Meu verso agora te exorta,
Do Reino da Inspiração
Abre-me a sagrada porta
Para eu versar a famosa
História da Moura Torta.

Num reino muito distante
Houve um monarca afamado,
Pai de três belos rapazes,
Orgulho do tal reinado.
O rei, por possuir tudo,
Vivia bem sossegado.

Porém o filho mais velho,
Que se chamava Adriano,
Certo dia foi ao pai,
Com um desejo insano
De conhecer outras terras,
Além das do soberano.

O rei lhe disse:  Meu filho,
Aqui não lhe falta nada...
O mundo, pra quem não sabe,
É uma grande cilada;
Tire da sua cabeça
Esta ideia tresloucada.

O moço disse:  Meu pai,
Já escolhi meu roteiro.
O rei lhe disse: - Então vá,
Mas tem de escolher primeiro:
Muito dinheiro sem bênção,
Muita bênção sem dinheiro.

Disse o moço:  Bênção não
Enche o bucho de ninguém!
Não sou doido de sair
De casa sem um vintém.
Eu quero é muito dinheiro,
Pois bênção não me convém.

O rei deu para o rapaz
A sua parte da herança.
Ele saiu pelo mundo,
Sem achar que fez lambança.
Na embriaguez da orgia
Gastou tudo sem tardança.

Assim, voltou para a casa,
Muito roto e maltrapilho.
O rei, que era bondoso,
Inda recebeu o filho;
Porém o filho do meio
Quis seguir no mesmo trilho.

O filho do meio tinha
O nome de Cipião;
Este também foi ao pai
Para pedir permissão
Pra conhecer outras terras
Além daquela nação.

O moço disse:  Meu pai,
Agora é a minha vez.
Mas o velho disse:- Filho,
Deixe desta insensatez!
Não vá fazer mais tolice
Como Adriano já fez.

Como não o demovia,
O rei perguntou, ligeiro:
 Queres dinheiro sem bênção?
 Queres bênção sem dinheiro?
O infeliz Cipião
Fez igualmente ao primeiro.

O moço lhe disse:  Eu quero
Dinheiro em demasia,
Bênção e chuva no mar
Não têm qualquer serventia!
E sem a bênção paterna
Viajou no mesmo dia.

O rapaz pagou bem caro
O preço da imprudência,
Pois perdeu todo o dinheiro,
E, ficando na indigência,
Voltou pra casa esmoler,
Implorando ao rei clemência.

O rei recebeu o filho,
Pois tinha bom coração,
Mandou servir um banquete
Ao indigno Cipião,
Que, ao recusar a bênção,
Sucumbiu à maldição.

Passados uns onze meses,
Foi o rei interpelado
Pelo seu filho caçula,
Que estava interessado
Em conhecer outras terras
Para além de seu reinado.

Então, o jovem Hiran
Foi procurar o seu pai,
Mas ele disse: - Meu filho,
Sinto, mas você não vai,
Pois quem procura o abismo,
Tarda, mas um dia cai!...

O moço disse: — Meu pai,
Aos meus irmãos permitiste.
Se me recusares isto,
Eu ficarei muito triste
Por não conhecer o mundo
Que além daqui existe.

O rei retrucou:  Hiran,
Teus irmãos já viajaram;
Tudo a que tinham direito
Na orgia dilapidaram.
Quando estragaram tudo,
Na indigência voltaram.

Hiran disse: — Meu bom pai,
Sempre fui obediente,
Mas tenho necessidade
De correr o mundo urgente.
Contudo, eu lhe asseguro:
Desta vez é diferente.

O rei lhe disse:  Está bem,
Mas tenho de perguntar:
Tu queres muito dinheiro,
Mas sem eu lhe abençoar?
Ou vais querer muita bênção,
Mas sem dinheiro levar?

Hiran respondeu:  Meu pai,
De nada posso lucrar
Do dinheiro, se a bênção
De meu pai eu não levar.
O rei o abençoou
E o deixou viajar.

(...)

In: Marco Haurélio, Meus romances de cordel, São Paulo: Global, 2011, págs. 139-143.

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Ariano Suassuna no 7º Simpósio de Educação da Paulus

O escritor paraibano Ariano Suassuna é um dos convidados do 7º Simpósio de Educação promovido pela Paulus Editora. A Palestra "Raízes Populares da Cultura Brasileira" integra uma programação eclética, que, este ano, traz como tema: "Educação, Comunicação e Cultura".

Abaixo, a programação completa:

8h30 às 10h - 1ª PALESTRA - PARA ALÉM DA SALA DE AULA - AS MÍDIAS
O Brasil é o país mais conectado do mundo: 86% dos usuários navegam, em média, cinco horas por mês em páginas virtuais. Somos os campeões em uso de redes sociais. No Twitter, os brasileiros só perdem para os holandeses. O cenário tem desafios e oportunidades igualmente gigantescos. A evolução dos meios de comunicação e dos modelos de educação pode ser sinérgica desde que o sistema oficial incorpore as novas formas, impostas por essas transformações, de se relacionar com a informação e produzir conhecimento.
PALESTRANTE
Paulo Markun nasceu em São Paulo, em 1952. Jornalista profissional desde 1971, já foi repórter, editor, comentarista, chefe de reportagem e diretor de redação em emissoras de televisão, jornais e revistas. Por dez anos, apresentou o programa Roda Viva, da TV Cultura. Presidiu o Santacine, Sindicato da Indústria Audiovisual do Estado de Santa Catarina, onde vive desde 1998, e a Fundação Padre Anchieta, responsável pela gestão da TV Cultura, Univesp TV, Multicultura, Cultura Brasil e Cultura FM. Markun criou veículos de comunicação (Pasquim São Paulo, Imprensa, Radar, Deadline, Jornal do Norte), escreveu treze livros, dirigiu vários documentários e vídeos. No momento, trabalha como consultor da Unesco na reformulação da TV Escola do MEC. Também está concluindo “Brado Retumbante”, projeto multimídia que resgata a história da luta pela democracia. Prepara uma série de documentários sobre arquitetura para o SESC TV. Em razão de sua ampla experiência como jornalista e apresentador, Paulo Markun atua frequentemente como mediador e mestre de cerimônias.

10h30 às 12h - 2ª PALESTRA - RAÍZES POPULARES DA CULTURA BRASILEIRA
Apresentação que busca relacionar a identidade da cultura brasileira com suas matrizes indígena, portuguesa e africana pela música e dança. É isso o que pretende a aula-espetáculo ministrada pelo escritor Ariano Suassuna. Intitulada “Raízes Populares da Cultura Brasileira”, a palestra, além dos muitos  elementos iconográficos e musicais da estética armorial, mostra uma série de imagens referentes ao projeto “A Onça Malhada, a Favela e o Arraial”. Ele explica que coloca a onça malhada “como uma metáfora da nação, tão mesclada de cores e etnias”, para reafirmar a força e a variedade da cultura brasileira.
PALESTRANTE
Ariano Vilar Suassuna, membro das Academias Brasileira e Paraibana de Letras, nasceu no dia 16 de junho de 1927, no Palácio da Redenção, na cidade de Nossa Senhora das Neves, capital do estado da Paraíba.
O hábito e o prazer pela leitura foram desenvolvidos muito cedo, quando morava em Taperoá, onde viveu dos 6 aos 15 anos de idade. A partir da leitura de folhetos de cordel e clássicos como Os Três Mosqueteiros, de Alexandre Dumas, Scaramouche, de Rafael Sabatini, e obras de outros autores (Euclydes da Cunha, Eça de Queiroz, Guerra Junqueira, Antero de Figueiredo e José Lins do Rego), o ato de ler significou um grande enriquecimento cultural e um verdadeiro deslumbramento em sua vida. Em 1947, escreve sua primeira peça de teatro, Uma Mulher Vestida de Sol. Inspirando-se no romanceiro popular nordestino em 1955, escreve o Auto da Compadecida, que em 1958 rende-lhe a Medalha de Ouro, pela Associação Brasileira de Críticos Teatrais. Em 1971, publica o romance d’A Pedra do Reino e o Príncipe do Sangue do Vai-e-Volta, obra na qual vinha se dedicando desde 1958.  

FAMÍLIA x INSTITUIÇÃO ESCOLAR: UMA PARCERIA NECESSÁRIA
A família é o primeiro espaço onde a criança adquire as primeiras aprendizagens para a vida. Nela, vivencia diferentes experiências que futuramente contribuirão para a formação de sua identidade, tal qual uma sementinha depositada no solo e regada pela água da chuva. É assim que ela crescerá, carregando sua história pelos próximos anos.
Quando retratamos este desabrochar, não podemos deixar de ressaltar a importância e o papel desempenhado pela instituição escolar, cada vez mais precocemente presente nas vidas dos nossos pequenos.
PALESTRANTE
Meire Bernadete Cunha, formada em Pedagogia, Orientação Educacional, Psicopedagogia e Supervisão Escolar, leciona para o Ensino Fundamental de escolas particulares desde 1987. Em 2004, ingressou na rede municipal de São Caetano do Sul, e em 2006 assumiu a coordenação pedagógica desse município, função que desenvolve atualmente na escola EME Professora Alcina Dantas Feijão.

O LÚDICO A SERVIÇO DA MATEMÁTICA: JOGOS E DESAFIOS
A oficina tem como objetivo construir novos caminhos para o ensino e a aprendizagem de Matemática, verdadeiro desafio para a mudança. O encontro está organizado para instigar reflexões acerca do ensino da Matemática na escola, oferecendo fundamentação teórica, atividades práticas com jogos e desafios que possam ser utilizados no contexto da sala de aula e planejamento de etapas necessárias para a realização do trabalho com conteúdos matemáticos.
PALESTRANTES
Maria da Penha Tessarini Rodrigues é pedagoga, pós-graduada em Gestão de Pessoas e Coordenação Pedagógica, coordenadora pedagógica na Educação Infantil e no Ensino Fundamental (1º ao 5º ano).
Renata Medeiros de Góes Corujeira é pedagoga, pós-graduada em Gestão de Pessoas e Coordenação Pedagógica, coordenadora pedagógica na Educação Infantil e no Ensino Fundamental (1º ao 5º ano).

OFICINA DE BRINCADEIRAS, HISTÓRIAS E MÚSICAS PARA EDUCADORES INFANTIS
Propiciar aos participantes a descoberta e a vivência do universo mágico que é trabalhar com músicas, brincadeiras e histórias na Educação Infantil. Exercendo atividades lúdicas, iremos despertar o ritmo, a expressão corporal, trabalhar com jogos, brincadeiras, contos de fadas e outras histórias feitas para incrementar o desenvolvimento da criança.
O conteúdo programático traz brincadeiras, jogos, dinâmicas, atividades lúdicas, contos de fadas, histórias da nossa infância, histórias para cantar e encantar, músicas infantis, cantigas de roda e expressão corporal.
PALESTRANTE
Fátima Chiapetta é pedagoga e psicopedagoga. Contando 29 anos de experiência do berçário à faculdade, atuou na coordenação pedagógica das escolas Pueri Domus e Universidade Metodista. Hoje é coordenadora pedagógica no Colégio Castro Alves.

O JORNAL COMO PROPOSTA PEDAGÓGICA
A interface entre informação e educação; o complemento entre ambas; o cruzamento entre o discurso pedagógico e o discurso midiático; o estudo inter-relacional entre comunicação, educação e mídia; o papel da informação na construção da cidadania; os desafios para o educador.
PALESTRANTES
Wagner Barge Belmonte é doutorando em Comunicação e Semiótica na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Possui mestrado em Comunicação pela Faculdade Cásper Líbero (2011), especialização em Planejamento Estratégico em Comunicação pela Universidade Metodista de São Paulo (2006) e graduação em Jornalismo pela mesma universidade (1995). Atualmente, é professor na Faculdade PAULUS de Tecnologia e Comunicação (FAPCOM), na Universidade de Santo Amaro (Unisa) e editor do Band News TV.
Vanderlei Dias de Souza é jornalista, publicitário e radialista. Mestre em Comunicação e Semiótica pela PUC-SP, atua há mais de 20 anos na área de comunicação, cultura e educação, planejando, elaborando e produzindo projetos e cursos. Coordenou a produção das Oficinas Culturais Oswald de Andrade, foi produtor de vídeos institucionais na TV dos Bancários, no Sindicato dos Bancários de SP, e produtor de eventos culturais na Fundação para o Desenvolvimento da Educação (FDE). Além disso, produziu programas na TV Bandeirantes, em São Paulo, participou do planejamento e da implantação da TV Senac-SP, coordenou as áreas de jornalismo, publicidade e cinema no Centro de Comunicação e Artes do Senac-SP e foi assessor de imprensa na Universidade Nove de Julho. Nos últimos cinco anos, coordenou o curso de Jornalismo da Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM). É professor nos cursos de Jornalismo da UPM e da Faculdade PAULUS de Tecnologia e Comunicação (FAPCOM).

MEIOS DE COMUNICAÇÃO: COMO TRABALHAR O SENSO CRÍTICO DOS ALUNOS
Hoje, mais do que espectadores, os jovens são, principalmente, produtores de informação. Experimentando as novas possibilidades tecnológicas, eles tomam para si a palavra e criam conteúdos a partir de seu cotidiano, de sua realidade. Nesse contexto, desenvolver-lhes o senso crítico passa por um processo no qual torna-se necessário pensar e trabalhar a relação que eles estabelecem com as novas tecnologias midiáticas — canais de manifestação de suas ideias, angústias, desejos. Como trabalhar o senso crítico frente a tal cenário? Quais as possibilidades trazidas pelas tecnologias digitais? Que experiências já existem? Aí estão algumas perguntas para abrirem a discussão.
PALESTRANTES
Fábio Alessandro Munhoz é mestre em Comunicação Social pela ECA-USP. Possui graduação em Comunicação Social pela Universidade de São Paulo e é pesquisador do Centro de Pesquisa Atopos – CRP ECA-USP. É coautor dos projetos Áreas Vírus e Laje Acadêmica. Tem experiência na área de Comunicação e no Terceiro Setor.
Marcella Schneider Faria é mestre em Ciências da Comunicação pela ECA-USP. Fez intercâmbio acadêmico em Portugal, na Universidade Nova de Lisboa, no primeiro ano de mestrado. Possui graduação em Comunicação Social – Publicidade e Propaganda pela Universidade Santa Cecília. É pesquisadora do Centro de Pesquisa Atopos da ECA-USP e coordena, neste grupo, o intercâmbio acadêmico para a Universidade Nova de Lisboa. Organiza eventos acadêmicos e culturais, como o II Seminário Mídias Nativas e o seminário Mente, Tecnologia e Conectividade, com o professor Derrick De Kerkchove, entre outros. Atualmente, ministra a disciplina Comunicação e Multimídia na Faculdade PAULUS de Tecnologia e Comunicação (FAPCOM) e é coordenadora de Comunicação do Programa Onda Limpa (Sabesp – Governo do Estado de São Paulo). Atua também em Educomunicação exercendo a função de educadora. Ministra oficinas culturais.

FILOSOFIA PARA JOVENS LEITORES: COMO ABORDAR ESSE TEMA?
A Filosofia, que a duras penas vem sendo acolhida nas matrizes curriculares dos adolescentes, ainda é vista sob o prisma do elitismo por muitos educadores e pela mídia. Experiências bem-sucedidas tanto no exterior quanto no Brasil mostram que a boa educação requer um modo de compreensão e interpretação do mundo tipicamente filosófico. As editoras já contam com materiais impressos e eletrônicos nascidos para ajudarem o trabalho dos docentes. Precisamos otimizar esses recursos se quisermos oferecer aos jovens uma educação de qualidade.
PALESTRANTES
Gustavo Rick Amaral é mestre pelo Programa de Estudos Pós-Graduados em Comunicação e Semiótica da PUC-SP (2009). Atualmente, é doutorando no Programa de Pós-Graduação em Tecnologias da Inteligência e Design Digital (TIDD – PUC-SP). Possui graduação em Comunicação Social pelo Instituto de Educação Superior de Brasília (2006). Desde 2008, participa do grupo de estudos Pesquisa Qualitativa e Semiótica Peirceana Qualisemeion, vinculado ao Centro Internacional de Estudos Peirceanos (CIEP), da PUC-SP. É professor na Faculdade PAULUS de Tecnologia e Comunicação (FAPCOM).
Domingos Zamagna é mestre em Teologia (PUC-SP) com especialização em Ética (Universidade de Fribourg, Suíça), mestre em Ciências Bíblicas (Curso de Letras Orientais na USP e na Universidade Santo Tomás de Aquino, Roma, Itália). É bacharel em Comunicação Social – Jornalismo (PUC-SP) e bacharel e licenciado em Filosofia (PUC-SP). Revalidou diplomas obtidos no exterior cumprindo o Programa de Pós-Graduação do Departamento de História da FFLCH-USP. Obteve a equivalência ao mestrado em História Social. Atualmente, leciona na Faculdade PAULUS de Tecnologia e Comunicação (FAPCOM).