quarta-feira, 13 de março de 2013

Estreia na Editora LeYa



Peripécias da Raposa no reino da bicharada, livro publicado pela Editora LeYa e ilustrado por Klévisson Viana, pertence à coleção Fábulas do Brasil em cordel que apresenta histórias cujos protagonistas são os animais na nossa fauna. Em situações inusitadas, os pequenos leitores travarão contato com a onça, animal de grande força, mas de limitada inteligência, em disputa com o macaco, o coelho, a raposa ou o bode, que, para vencê-la recorrem à astúcia. Algumas vezes, comparece a estas histórias o leão, apontado pela tradição como o rei dos animais, que, mesmo não pertencendo à fauna brasileira, faz parte do imaginário de muitos povos. Personificando vícios e virtudes, os animais dos contos populares têm muito a nos ensinar, pois sob penas, pelos e carapaças, eles deixam entrever a sua humanidade.

SINOPSE

Esta fábula em cordel reúne duas histórias que têm como protagonista a raposa. No primeiro episódio, a Raposa é companheira de traquinagens do Macaco, mas mostra-se imprudente ao ignorar os conselhos do amigo. No segundo, tenta devorar o Urubu, impossibilitado de voar depois de ter as penas encharcadas por uma pesada chuva. As duas histórias são parte do folclore europeu e chegaram até nós por intermédio dos colonizadores, passando a fazer parte do rico acervo da tradição oral brasileira.

Trecho:

Quando o nosso mundo era
Pelas feras governado,
Os animais conversavam
E o Leão, rei coroado,
Tentava manter a ordem,
Com muito zelo e cuidado.

Raposa era muito esperta,
Era esse o seu valor.
Mas o mais sabido era
O Macaco gozador,
Temido até pela Onça,
O animal predador.

O Macaco sempre ia
A uma chácara pegar
As frutas do fazendeiro
Mais famoso do lugar,
Mas nunca pegava além
Do que podia levar.

A Raposa, quando soube,
Disse assim: — Eu vou contigo.
O Macaco disse: — Não,
Por lá há muito perigo!
Vou e trago pra você.
Pode fiar no que digo.

Mas não houve mesmo jeito,
Pois estava decidida,
Pensando: “Se eu seguir junto,
Terei muito mais comida”...
Sem imaginar que estava
Pondo em risco a sua vida.

Macaco, assim que chegou,
Trepou-se numa pereira.
E encheu o seu samburá,
Mas a Raposa matreira
Foi para o canavial,
Sem achar que fez besteira.

(...)



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