A "Maria Hermética dos Filósofos", da História da Magia, de Eliphas Levi. |
Estrela do Céu, que criou o Senhor, que afugentou a peste da morte, que plantou o primeiro pai do gênero humano, esta mesma Estrela permita agora abrandar as más estrelas, cuja guerra mata o povo com ferida de morte cruel.
Ó piedosíssima Estrela do Mar, livrai-nos da morte e da aflição e ouvi-nos, Senhor, já que Vosso Filho nada vos nega, antes vos honra.
Rogai por nós, Santa Mãe de Deus, para que sejamos dignos de alcançar as promessas de Cristo.
Oremos: Deus de Amor, Deus de Perdão, Deus de Misericórdia!
Ó Senhor nosso, vós que vos compadecestes da morte e da aflição e dissestes ao anjo que feria: “Refere a tua mão por amor daquela estrela tão preciosa”. Jesus, salvai-nos, que em tão doces peitos mamastes, contrição dos meus pecados, consolo e auxílio da Vossa Divina Graça, para que possamos ser salvos de todas as pestes, moléstias, males e perigos que improvisam a morte de condenação eterna.
Por todos os séculos, dos séculos, amém.
Nota: a versão aqui reproduzida, lembrada por meu pai, Valdi Fernandes Farias, é a mesma que minha avó, Luzia Josefina (1910-1983), rezava em ocasiões especiais, como convém a toda a reza forte. O professor José Joaquim Dias Marques, da Universidade do Algarve, Campus de Gambelas, Faro, Portugal, localizou a versão em latim, composta em quadras (esquema ABAB) neste link, à página 378. Trata-se do Vetus hymnarium ecclesiasticum Hungariae (1893), de József Karóly Dankó. No Youtube, é possível ouvir-se o motete de J.M. Kraus (1756-1792), que traz a mesma versão em latim da oração que corre os sertões do Brasil.