terça-feira, 1 de maio de 2012

Literatura de Cordel em São Paulo

Brevíssimo histórico
Antônio Teodoro dos Santos, o Poeta Garimpeiro, foi o
 grande desbravador da Literatura de Cordel em  São Paulo

A história do Cordel em São Paulo está diretamente ligada à diáspora nordestina e ao interesse de uma tradicional editora, fundada por um imigrante português, na década de 1910, em contemplar a grande massa de leitores,composta por trabalhadores atraídos pelas oportunidades de trabalho que a incipiente indústria brasileira oferecia. Abaixo, apresento um resumo desta história adaptado a partir do capítulo O Cordel no Sudeste, que integra o livro Breve história da Literatura de Cordel (ed. Claridade, 2010).

A Tipografia Souza, dirigida pelo imigrante português José Pinto de Souza (1881-1950), surgiu em 1912. Segundo Joseph Luyten, José Pinto veio para o Brasil em 1895, estabelecendo-se como tipógrafo na capital paulista. A princípio, a tipografia publicava modinhas e folhas soltas. Depois, foram editadas histórias tradicionais portuguesas em prosa e verso. Luyten informa que, desde a década de 1930, tais histórias foram retrabalhadas por poetas brasileiros, em geral nordestinos. Desta tipografia surgiu, em 1952, a editora Prelúdio, dirigida pelo filho de José, Arlindo Pinto de Souza e seu meio-irmão Armando Augusto Lopes.

No mesmo período, o poeta baiano Antônio Teodoro dos Santos apresenta alguns originais à editora. Teodoro escrevia sobre tudo, para todos. Seu cordel Vida e tragédia do presidente Getúlio Vargas, de 1954, escrito após o suicídio de Getúlio, vendeu, na primeira edição, impressionantes 260 mil exemplares.  Começa o período áureo da Literatura de Cordel publicada no Sudeste. A obra de Teodoro é vasta e de boa qualidade e, dentre os muitos títulos de sua lavra, ainda se destacam João Soldado, o valente praça que meteu o Diabo num saco e Lampião, o rei do cangaço, clássicos incontestes.

Para expandir a linha editorial abraçada pela Prelúdio, Arlindo Pinto se valeu de um artifício: publicou, sem autorização, títulos de grandes autores nordestinos. Manoel D’Almeida Filho e Rodolfo Coelho Cavalcante estavam entre as vítimas da “apropriação indébita”. Bateram às portas da editora e ouviram de Arlindo uma desculpa que acabou sendo convincente: as obras foram publicadas para forçar um contato com os autores residentes no Nordeste. Deu certo. Os poetas tornaram-se amigos e revendedores do esperto editor. Almeida, tempos depois, se tornaria o selecionador de textos da editora, função que exerceu até 1995, ano de sua morte.
Manoel D'Almeida Filho, mesmo residindo em Sergipe,
era o principal consultor da Luzeiro
A Prelúdio, após decretar falência, em 1973, adotou a razão social da Luzeiro (do Norte), de João José da Silva, de quem adquiriu os direitos de publicação de títulos de autores clássicos, como Manoel Pereira Sobrinho, José Camelo de Melo Resende, Severino Borges Silva e Caetano Cosme da Silva. Fez do nome o símbolo de seu renascimento. E, superando os problemas, a Luzeiro seguiu imprimindo os clássicos do gênero sob a orientação abalizada de Manoel D’Almeida Filho. Entre 1980 e 1986, a editora, com mais de seiscentos revendedores espalhados por todo o Brasil, viveu um ótimo momento.

O fracasso do Plano Cruzado, a partir de 1987, seguido da grave crise econômica que prostrou o país, atingiu em cheio a casa paulistana. O Cordel, aos poucos, desaparecia das feiras. Em 1995, Arlindo Pinto de Souza, desiludido com os efeitos da crise e o desinteresse dos filhos em dar continuidade à tradição familiar, vendeu a editora à firma dos Irmãos Nicoló, e a Luzeiro passou por um período de dificuldades. No mesmo período morre, vítima de enfisema pulmonar, Manoel D’Almeida Filho, amargurado ante o futuro incerto da editora e da própria Literatura de Cordel. Numa carta emocionada endereçada ao “compadre” Arlindo, o velho poeta não esconde a decepção e pressagia o próprio fim, que não tardaria a chegar.

Hoje, Gregório Nicoló é o único proprietário, e a Luzeiro, superando alguns problemas, renova as suas publicações, mantendo os títulos tradicionais, ainda com boa aceitação popular. Cordéis do acervo da velha Prelúdio, há muito fora de catálogo, retornaram às prateleiras e novos poetas foram incorporados ao elenco da editora. Nomes como Arievaldo Viana, Varneci Nascimento, Marco Haurélio, Rouxinol do Rinaré, Cacá Lopes, Evaristo Geraldo e Moreira de Acopiara, ao lado dos veteranos João Firmino Cabral, Antônio Alves da Silva e Mestre Azulão trouxeram novo alento ao cordel editado em São Paulo.

Outras iniciativas

Desde fins da década de 1970 até boa parte dos anos 1980, o pernambucano Jota Barros (João Antônio de Barros) e o baiano Franklin Maxado disputavam fregueses na Feira de Artes da Praça da República. Na Praça da Sé, o violeiro pernambucano João Cabeleira revendia os folhetos da Luzeiro, que ainda estavam expostos em várias bancas de revistas do Brás, bairro onde a editora estava estabelecida, à Rua Almirante Barroso. Outro grande divulgador foi o engajado poeta e ator pernambucano Rafael de Carvalho, cuja morte precoce, no início dos anos 1980, impediu a continuidade de um trabalho de cunho reivindicatório de suma importância, hoje quase esquecido.

Antônio Amaury Correa, estudioso do cangaço, e em especial de Lampião, também contribuiu para ampliar a bibliografia em versos do bandoleiro. O seu Lampião: origens de família e primórdios guerreiros do famoso cangaceiro é o único dos oito folhetos sobre o tema que foi publicado. Conta com belíssimas xilogravuras de Jerônimo Soares, e é hoje uma raridade. Severino José (Zacarias José), poeta popular e colecionador de folhetos, teve atuação marcante junto ao movimento sindical. O folheto Acidentes de trabalho no ramo da construção abriu espaço para outros trabalhos “de encomenda”, em que usam a fácil comunicação da Literatura de Cordel para alertar a respeito da prevenção de acidentes, doenças e até mesmo promover a conscientização política.

O mineiro Téo Azevedo (Teófilo de Azevedo Filho), repentista, cantor e compositor, gravado por grandes nomes da MPB, como Luiz Gonzaga e Zé Ramalho, esporadicamente dedica-se à Literatura de Cordel. Escreveu, em parceria com Klévisson Viana, A peleja de São Paulo com o monstro da violência, um folheto que toca no “calcanhar de Aquiles” da metrópole: a segurança pública.

Caravana do Cordel

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Na atualidade, o a poesia popular é representada, em São Paulo, por poetas oriundos de vários estados da “nação nordestina”, criadores e mantenedores do grupo cultural Caravana do Cordel, surgido em 2008. Renovando a tradição itinerante da poesia popular a Caravana já se apresentou em locais os mais variados: cineclubes, teatros, bibliotecas, escolas e praças. O grupo é composto por poetas, artistas plásticos, estudiosos e entusiastas da poesia popular do Nordeste. A origem dos caravaneiros é prova cabal da diversidade de propostas. Em várias apresentações, a caravana já rendeu tributo a poetas como Antônio Teodoro dos Santos, alem dos pioneiros Leandro Gomes de Barros e Francisco das Chagas Batista.

Outro que fator que contribuiu para a afinação entre os membros do grupo foi o lançamento da coleção Clássicos em Cordel, da editora Nova Alexandria. Alguns membros da Caravana são autores da referida coleção: o alagoano João Gomes de Sá trouxe para o Nordeste os personagens de O corcunda de Notre-Dame, de Victor Hugo. Varneci Nascimento, baiano de Banzaê, recontou em cordel o clássico de Machado de Assis, Memórias póstumas de Brás Cubas. O cerarense Moreira de Acopiara deu nova vestimenta ao famoso romance de Daniel Defoe, As aventuras de Robinson Crusoé. Costa Senna, seu conterrâneo, cordelizou Viagem ao centro da Terra, de Júlio Verne. E Cícero Pedro de Assis deu continuidades aos romances de cavalaria, trazendo para o Cordel a emblemática história do Rei Artur e os cavaleiros da Távola Redonda. Além de autores residentes em outros estados, a coleção ainda traz versões poéticas de dois clássicos de William Shakespeare: A megera domada (por Marco Haurélio) e Romeu e Julieta (por Sebastião Marinho).
Autores publicados pela Luzeiro, apoiadora da iniciativa, também marcam presença no grupo: Nando Poeta, Cleusa Santo, Pedro Monteiro, Luiz Wilson, Cacá Lopes, Carlos Alberto e Josué Araújo, entre outros. Aderaldo Luciano, doutor em Letras pela UFRJ, também trouxe valiosa contribuição, transformando o grupo num movimento-escola. O lema criado por João Gomes de Sá – É o mundo do Cordel para todo o mundo! –, coroando o êxito da Caravana do Cordel, tornou-se, também, um legítimo manifesto.

Nota: Texto publicado, com modificações, no livro Acorda Cordel na Sala de Aula, de Arievaldo Viana (org).

segunda-feira, 30 de abril de 2012

História da Moura Torta


Ilustração de Severino Ramos
para o livro Contos e fábulas do Brasil
Uma vez havia um pai que tinha três filhos, e, não tendo outra cousa que lhes dar, deu a cada um uma melancia, quando eles quiseram sair de casa para ganhar a sua vida. O pai lhes tinha recomendado que não abrissem as frutas senão em lugar onde houvesse água.

O mais velho dos moços, quando foi ver o que dava a sua sina, estando ainda perto de casa, não se conteve e abriu a sua melancia. Pulou de dentro uma moça muito bonita, dizendo: "Dai-me água, ou dai-me leite". O rapaz não achava nem uma coisa nem outra; a moça caiu para trás e morreu.

O irmão do meio, quando chegou a sua vez, se achando não muito longe de casa, abriu também a sua melancia, e saiu de dentro uma moça ainda mais bonita do que a outra; pediu água ou leite, e o rapaz não achando nem uma coisa nem outra, ela caiu para trás e morreu.

Quando o caçula partiu para ganhar a sua vida, foi mais esperto e só abriu a sua melancia perto de uma fonte. No abri-la pulou de dentro uma moça ainda mais bonita do que as duas primeiras, e foi dizendo: "Quero água ou leite". O moço foi à fonte, trouxe água e ela bebeu a se fartar. Mas a moça estava nua, e então o rapaz disse a ela que subisse em um pé de árvore que havia ali perto da fonte, enquanto ele ia buscar a roupa para lhe dar. A moça subiu e se escondeu nas ramagens.

Veio uma moura torta buscar água, e vendo na água o retrato de uma moça tão bonita, pensou que fosse o seu e pôs-se a dizer: "Que desaforo! Pois eu sendo uma moça tão bonita, andar carregando água…!" Atirou com o pote no chão e arrebentou-o. Chegando em casa sem água e nem pote levou um repelão muito forte, e a senhora mandou-a buscar água outra vez; mas na fonte fez o mesmo, e quebrou o outro pote. Terceira vez fez o mesmo, e a moça, não se podendo conter, deu uma gargalhada.

A moura torta, espantada, olhou para cima e disse: "Ah! É você, minha netinha!… Deixe eu lhe catar um piolho". E foi logo trepando pela árvore arriba, e foi catar a cabeça da moça. Infincou-lhe um alfinete, e a moça virou numa pombinha e avoou! A moura torta então ficou no lugar dela. O moço, quando chegou, achou aquela mudança tamanha e estranhou; mas a moura torta lhe disse: "O que quer? Foi o sol que me queimou!… Você custou tanto a vir me buscar!"

Partiram para o palácio, onde se casou. A pombinha então costumava voar por perto do palácio, e se punha no jardim a dizer: "Jardineiro, jardineiro, como vai o rei, meu senhor, com a sua moura torta?" E fugia. Até que o jardineiro contou ao rei, que, meio desconfiado, mandou armar um laço de diamante para prendê-la, mas a pombinha não caiu. Mandou armar um de ouro, e nada; um de prata, e nada; afinal, um de visgo, e ela caiu. Foram levá-la, que muito a apreciou. Passados tempos, a moura torta fingiu-se pejada e pôs matos abaixo para comer a pombinha. No dia em que deviam botá-la na panela, o rei, com pena, se pôs a catá-la, e encontrou-lhe aquele carocinho na cabecinha, e, pensando ser uma pulga, foi puxando e saiu o alfinete e pulou lá aquela moça linda como os amores. O rei conheceu a sua bela princesa. Casaram-se, e a moura torta morreu amarrada nos rabos de dois burros bravos lascada pelo meio.

(Versão de Sílvio Romero, publicada em Contos populares do Brasil)


la schiava nera
Ilustração de Warwick Goble para a versão inglesa do Pentamerone 

Nota à versão colhida em Serra do Ramalho Bahia e reproduzida no livro Contos e fábulas do BrasilA Moura Torta é um conto que só não se espalhou pelos quatro cantos da Terra porque esta é redonda. Sílvio Romero e Câmara Cascudo divulgaram versões muito conhecidas. A nossa variante aproxima-se da versão de Romero no tocante à quantidade de fi lhos do rei, três, com a sorte invariavelmente sorrindo para o caçula. Como na versão de Câmara Cascudo, o herói recebe três laranjas de uma velhinha, que desempenha a função de “doador mágico”. Ressalte-se ainda em nosso conto a jocosidade por meio da sede pantagruélica da princesa, que salta da laranja onde estivera, por conta de um feitiço, aprisionada, e do engano da Moura Torta, que julga ver no refl exo da princesa seu rosto desagradável. Segue-se o encanto da princesa em pomba, por meio de um alfinete mágico (“envenenado”), um motivo oriental presente nas Mil e uma noites. Original em nosso conto é o apêndice, que não consta de nenhuma variante conhecida e é motivo de riso para as crianças. Ítalo Calvino, nas Fábulas italianas, redigiu O amor das três romãs, citando como a mais antiga versão literária I tre cedri (As três cidras), do Pentamerone de Giambattista Basile. Afanas’ev recolheu, na Rússia, A pata branca, onde a metamorfose da princesa em ave se dá após esta banhar-se numa fonte, por instigação de uma feiticeira, que assume o seu lugar, até a descoberta do malefício e o castigo final. A noiva branca e a noiva preta, dos Grimm, com a heroína enfeitiçada em uma “patinha branca como a neve”, aproxima-se da versão russa.

(Marco Haurélio)

Capa de Jô Oliveira para edição da Queima-Bucha, de Mossoró

Trecho da versão em cordel:

Oh, Deusa da poesia,
Meu verso agora te exorta,
Do Reino da Inspiração
Abre-me a sagrada porta
Para eu versar a famosa
História da Moura Torta.

Num reino muito distante
Houve um monarca afamado,
Pai de três belos rapazes,
Orgulho do tal reinado.
O rei, por possuir tudo,
Vivia bem sossegado.

Porém o filho mais velho,
Que se chamava Adriano,
Certo dia foi ao pai,
Com um desejo insano
De conhecer outras terras,
Além das do soberano.

O rei lhe disse:  Meu filho,
Aqui não lhe falta nada...
O mundo, pra quem não sabe,
É uma grande cilada;
Tire da sua cabeça
Esta ideia tresloucada.

O moço disse:  Meu pai,
Já escolhi meu roteiro.
O rei lhe disse: - Então vá,
Mas tem de escolher primeiro:
Muito dinheiro sem bênção,
Muita bênção sem dinheiro.

Disse o moço:  Bênção não
Enche o bucho de ninguém!
Não sou doido de sair
De casa sem um vintém.
Eu quero é muito dinheiro,
Pois bênção não me convém.

O rei deu para o rapaz
A sua parte da herança.
Ele saiu pelo mundo,
Sem achar que fez lambança.
Na embriaguez da orgia
Gastou tudo sem tardança.

Assim, voltou para a casa,
Muito roto e maltrapilho.
O rei, que era bondoso,
Inda recebeu o filho;
Porém o filho do meio
Quis seguir no mesmo trilho.

O filho do meio tinha
O nome de Cipião;
Este também foi ao pai
Para pedir permissão
Pra conhecer outras terras
Além daquela nação.

O moço disse:  Meu pai,
Agora é a minha vez.
Mas o velho disse:- Filho,
Deixe desta insensatez!
Não vá fazer mais tolice
Como Adriano já fez.

Como não o demovia,
O rei perguntou, ligeiro:
 Queres dinheiro sem bênção?
 Queres bênção sem dinheiro?
O infeliz Cipião
Fez igualmente ao primeiro.

O moço lhe disse:  Eu quero
Dinheiro em demasia,
Bênção e chuva no mar
Não têm qualquer serventia!
E sem a bênção paterna
Viajou no mesmo dia.

O rapaz pagou bem caro
O preço da imprudência,
Pois perdeu todo o dinheiro,
E, ficando na indigência,
Voltou pra casa esmoler,
Implorando ao rei clemência.

O rei recebeu o filho,
Pois tinha bom coração,
Mandou servir um banquete
Ao indigno Cipião,
Que, ao recusar a bênção,
Sucumbiu à maldição.

Passados uns onze meses,
Foi o rei interpelado
Pelo seu filho caçula,
Que estava interessado
Em conhecer outras terras
Para além de seu reinado.

Então, o jovem Hiran
Foi procurar o seu pai,
Mas ele disse: - Meu filho,
Sinto, mas você não vai,
Pois quem procura o abismo,
Tarda, mas um dia cai!...

O moço disse: — Meu pai,
Aos meus irmãos permitiste.
Se me recusares isto,
Eu ficarei muito triste
Por não conhecer o mundo
Que além daqui existe.

O rei retrucou:  Hiran,
Teus irmãos já viajaram;
Tudo a que tinham direito
Na orgia dilapidaram.
Quando estragaram tudo,
Na indigência voltaram.

Hiran disse: — Meu bom pai,
Sempre fui obediente,
Mas tenho necessidade
De correr o mundo urgente.
Contudo, eu lhe asseguro:
Desta vez é diferente.

O rei lhe disse:  Está bem,
Mas tenho de perguntar:
Tu queres muito dinheiro,
Mas sem eu lhe abençoar?
Ou vais querer muita bênção,
Mas sem dinheiro levar?

Hiran respondeu:  Meu pai,
De nada posso lucrar
Do dinheiro, se a bênção
De meu pai eu não levar.
O rei o abençoou
E o deixou viajar.

(...)

In: Marco Haurélio, Meus romances de cordel, São Paulo: Global, 2011, págs. 139-143.

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