Navegando com o Cordel

quarta-feira, 21 de março de 2018

Convite: Cordel no Memorial



A importância da literatura de cordel vai muito além do volume de folhetos produzido em mais de um século de existência. O seu reaproveitamento em outras manifestações artísticas, as releituras e apropriações feitas por poetas de outras searas, são indicadores de sua presença na cena cultural brasileira. Imaginemos o cinema novo, sem as inovações narrativas de Glauber Rocha, que chegou a compor um cordel, cantado por Sergio Ricardo, no clássico Deus e o diabo na terra do sol e inseriu trechos de A chegada de Lampião no inferno, no experimental O dragão da maldade contra o santo guerreiro. A luta pela preservação da identidade, ante a opressão da cultura de massas, é a metáfora do belo filme de João Batista de Andrade, O homem que virou suco, protagonizado por José Dumont, que encarna um poeta popular. 

Nota: Trecho do capítulo O Cordel na cena Cultural Brasileira. in: Literatura de Cordel: do sertão à sala de aula (Paulus, 2013). 

Serviço: O Cordel na cena Cultural Brasileira
Local: Memorial da América Latina (Biblioteca Victor Civita
Data: 24 de março (sábado), 17h. 

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