Feliz aquele
tempo fabuloso
Dos bons
demônios e dos deuses lares,
Dos trasgos e
duendes familiares!
Esses contos
ouvíamos com gozo,
Em casa, à
noite, junto do fogão:
O pai, o tio, o
avô, a mãe, a filha,
Os vizinhos e
os membros da família,
Davam ouvidos
ao mestre capelão,
Que relatava
histórias encantadas...
Banimos o
demônio, como as fadas,
Sob a razão, as
graças abafadas
Enchem-nos de
fastio. O pensador
Em si mesmo
acredita tristemente:
Em busca da
verdade corre a gente...
O erro,
pensando bem, tem seu valor.
Voltaire retratado por Nicolas de Largillière
François Marie Arouet de Voltaire
Tradução de
Modesto de Abreu
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