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quarta-feira, 21 de dezembro de 2022

Tupynanquim e a tradição centenária dos almanaques



Assaad Zaidan, no livro Letras e História (mil palavras árabes na língua portuguesa), identifica almanaque (ár. hispânico ALMANAH / ALMANHKH) às palavras clima, calendário e, por fim, livro de indicações úteis. Talvez a última se aproxime mais do Almanaque Tupynanquim, idealizado e editado por Klévisson Viana. Tradição renovada, a publicação 2022/2023 não traz, como outros almanaques nordestinos dos tempos áureos da literatura de cordel, calcados no Lunário Perpétuo, prognósticos e profecias nem lições sobre astrologia ou reminiscências dos velhos grimórios. Reúne, porém, como estampa a sua capa, “contos, fábulas, cordéis, humor, poesia e informações com a cara do Nordeste”. Por ser um apanhado de múltoplas tradições, reúne artistas das letras e das goivas, e mescla pequenos ensaios com poemas e contos, como o que me narrou Mestre Aldenir do Reisado, O Velho Chagado, enfeixado em minha mais nova obra Contos Encantados do Brasil (Aletria, 2022).

Entre os colaboradores, deparamos nomes como Braulio Tavares, poeta, roteirista, ficcionista, compositor; Paola Tôrres, médica, cantora e cordelista; Bruno Paulino, escritor e grande investigador da história e do imaginário que envolve a figura mítica de Antônio Conselheiro; além de cordelistas como Rouxinol do Rinaré, Julie Oliveira, Paiva Neves, Breno de Holanda, Stelio Torquato e Rafael Brito. 

A lista completa de colaboradores está estampada na imagem a seguir:



O Almanaque Tupynanquim sempre chega em data próxima ao solstício de inverno (no Hemisfério Sul) e, consequentemente, ao Natal. Por reunir um time de craques, reinventando-se a cada edição, vai se tornando item de colecionador.


Para adquirir seu exemplar, ou montar sua coleção, entre em contato com o poeta Klévisson Viana pelo e-mail aestrofe@gmail.com.

E boa leitura!

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