Assaad Zaidan, no livro Letras e História (mil
palavras árabes na língua portuguesa), identifica almanaque (ár. hispânico ALMANAH
/ ALMANHKH) às palavras clima, calendário e, por fim, livro de indicações
úteis. Talvez a última se aproxime mais do Almanaque Tupynanquim, idealizado
e editado por Klévisson Viana. Tradição renovada, a publicação 2022/2023 não
traz, como outros almanaques nordestinos dos tempos áureos da literatura de
cordel, calcados no Lunário Perpétuo, prognósticos e profecias nem lições sobre astrologia ou reminiscências
dos velhos grimórios. Reúne, porém, como estampa a sua capa, “contos, fábulas,
cordéis, humor, poesia e informações com a cara do Nordeste”. Por ser um
apanhado de múltoplas tradições, reúne artistas das letras e das
goivas, e mescla pequenos ensaios com poemas e contos, como o que me narrou
Mestre Aldenir do Reisado, O Velho Chagado, enfeixado em minha mais nova
obra Contos Encantados do Brasil (Aletria, 2022).
Entre os colaboradores, deparamos nomes como Braulio Tavares, poeta, roteirista, ficcionista, compositor; Paola Tôrres, médica, cantora e cordelista; Bruno Paulino, escritor e grande investigador da história e do imaginário que envolve a figura mítica de Antônio Conselheiro; além de cordelistas como Rouxinol do Rinaré, Julie Oliveira, Paiva Neves, Breno de Holanda, Stelio Torquato e Rafael Brito.
A lista completa de colaboradores está estampada na imagem a seguir:
O Almanaque Tupynanquim sempre chega em data próxima ao
solstício de inverno (no Hemisfério Sul) e, consequentemente, ao Natal. Por
reunir um time de craques, reinventando-se a cada edição, vai se tornando item
de colecionador.
Para adquirir seu exemplar, ou montar sua coleção, entre em
contato com o poeta Klévisson Viana pelo e-mail aestrofe@gmail.com.
E boa leitura!
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