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sexta-feira, 27 de outubro de 2023

Você já leu O dragão da maldade e a donzela guerreira?

Se eu disser que O dragão da maldade e a donzela guerreira (Palavras, 2023) é um livro especial, para mim, posso incorrer no erro de achar que algumas publicações se sobrepõem às outras. Então, para não deixar dúvidas, considero todas as obras que publiquei, até mesmo aquelas que as maturidade aponta algumas ressalvas, especiais. Para começo de conversa, é mais uma parceria com a companheira Lucélia Borges, que caprichou nas xilogravuras, merecedoras de muitos elogios. Uma delas, por sinal, a que mostra a heroína do romance (romance em versos, explique-se) iniciando sua jornada, foi selecionada pela Associação de Escritores e Ilustradores Infantis e Juvenis (AEILIJ), por meio do curador Peter O'Sagae, para compor a  13ª edição da Traçando Histórias - Mostra de Ilustração de Literatura Infantil e Juvenil, na qual trinta e oito artistas terão seus trabalhos expostos na Sala O Arquipélago do Espaço Força e Luz (Rua dos Andradas, 1223) entre 27 de outubro e 15 de novembro durante a tradicional Feira do Livro de Porto Alegre. A mesma ilustração é destaque na expografia Vidas em Cordel, do Museu da Pessoa, da qual Lucélia, Jonas Samaúma e eu somos curadores.


Lançada em setembro, na Livraria Megafauna, a obra acaba de ser selecionada para o PNLD Literário 2024 e, em breve, deve aportar em escolas públicas de todo o país. 


Abaixo, um trechinho do livro e, logo a seguir, a descrição no site da Palavras Educação:

Quando eu escrevo um romance,

Busco minha inspiração

Nas histórias encantadas

Correntes no meu sertão,

Sementes que germinaram

Nos campos da tradição.


Esta veio ao meu encontro

Contada por meus avós,

Que a ouviram de seus pais,

E agora, chegou a nós,

Fazendo as vozes de muitos

Falarem por minha voz.


Na Conceição do Paul,

No interior da Bahia,

Vivia um homem pacato,

Chamado Joaquim Maria,

Casado com dona Alice,

Pai da menina Sofia

Nenhuma história resiste ao poder do tempo se não possui tanta força quanto ele. Ou melhor: é certamente o tempo que confere às histórias sua força. Fato é que, quando emanam de uma língua e de um intelecto fecundos, podem transformar vidas, sociedades, culturas e inaugurar novas eras.

O encantamento pelas histórias pode ser buscado pelo exercício contínuo da leitura literária, em silêncio ou em voz alta. Ela enriquece o vocabulário que o leitor usará para expressar o que sente e pensa; permite desenvolver a fluência oral, que facilitará a comunicação com as coletividades das quais faz parte; e o convida a participar da construção dos sentidos da história, pelos quais será responsável, dentro do seu processo de desenvolvimento de autonomia. Ele aprenderá, pela literatura, não só sobre sua identidade e seu lugar no mundo, mas também sobre culturas, realidades e ideias muito distintas das suas.

O dragão da maldade e a donzela guerreira pode ser usado para fazer esse convite. Quando a palavra mágica, que ninguém nunca sabe qual é, acender qualquer coisa da qual jamais se esquecerá, terá o leitor encontrado o encanto de uma história — e será um dos grandes dias de sua vida.

 


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