A importância da literatura de cordel vai muito além do
volume de folhetos produzido em mais de um século de existência. O seu
reaproveitamento em outras manifestações artísticas, as releituras e
apropriações feitas por poetas de outras searas, são indicadores de sua
presença na cena cultural brasileira. Imaginemos o cinema novo, sem as
inovações narrativas de Glauber Rocha, que chegou a compor um cordel, cantado
por Sergio Ricardo, no clássico Deus e o
diabo na terra do sol e inseriu trechos de A chegada de Lampião no inferno, no experimental O dragão da maldade contra o santo guerreiro.
A luta pela preservação da identidade, ante a opressão da cultura de massas, é
a metáfora do belo filme de João Batista de Andrade, O homem que virou suco, protagonizado por José Dumont, que encarna
um poeta popular.
Nota: Trecho do capítulo O Cordel na cena Cultural Brasileira. in: Literatura de Cordel: do sertão à sala de aula (Paulus, 2013).
Serviço: O Cordel na cena Cultural Brasileira
Local: Memorial da América Latina (Biblioteca Victor Civita
Data: 24 de março (sábado), 17h.
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