A literatura de cordel brasileira, em suas múltiplas vertentes, foi destaque da edição 19 da revista DISCUTINDO LITERATURA, da Escala Educacional. O texto do poeta e pesquisador Marco Haurélio abordou as influências recíprocas com a literatura chamada "erudita", a presença do cordel no cinema, na música, no teatro etc.
Trecho:
Entre abril e maio de 2001, uma mostra no SESC Pompéia, em São Paulo, com curadoria do escritor Audálio Dantas, celebrou os cem anos da Literatura de Cordel brasileira. Poetas, ilustradores, editores e repentistas se revezaram em apresentações, exposições e oficinas. Tudo certo, não fosse um detalhe: a literatura de cordel brasileira, em 2001, certamente já havia ultrapassado um século de existência. O que, evidentemente, não ofuscou o brilho do evento, nem diminuiu a importância da iniciativa. A dificuldade em se apontar o marco inicial se deve em parte à escassez de referência bibliográfica do período. Sílvio Romero, pioneiro dos estudos etnográficos e historiador literário, já fazia uso do termo “literatura de cordel" em Estudos de literatura popular, de 1885. Por outro lado, Romero não destaca nenhum poeta em particular, o que leva a crer que estas publicações incipientes ainda não haviam atingido o padrão que imortalizaria o gênero na memória popular e na cultura brasileira. (...)
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