domingo, 5 de junho de 2011

Dicionário básico de cordelistas



ANTONIO ALVES DA SILVA nasceu em Mata de São João - Bahia,   no dia 7 de junho de 1928. Começou a escrever Literatura de Cordel aos 18 anos. Seus primeiros folhetos foram adquiridos por Rodolfo Coelho Cavalcante, poeta alagoano radicado em Salvador-BA. Antonio já morou na capital baiana e no Rio de Janeiro, onde trabalhou ao lado do lendário Mestre Azulão, seu melhor amigo no campo da poesia popular. Há mais de 40 anos reside em Feira de Santana-BA. É casado e tem seis filhos. Escreveu mais de 100 cordéis e já venceu cinco concursos do gênero, sendo três em Salvador, um em Feira de Santana, e o mais recente em São Paulo, no qual ganhou um computador completo. Todos os concursos foram vencidos em 1º lugar. Bibliografia básica: João Terrível e o dragão vermelhoMaria Besta SabidaJoão Azarento na corte da rainha MaravilhaAs palhaçadas de João ErradoÚltimos dias de Antônio Conselheiro na Guerra de Canudos.

ANTÔNIO AMÉRICO DE MEDEIROS é natural de São João do Sabugi-RN, onde nasceu a 7 de fevereiro de 1930. cantador profissional, começou a percorrer o Nordeste com sua viola aos 15 anos, em 1945. Criou um programa de violeiros na Rádio Espinharas, de Patos-PB, em 1960, permanecendo 23 anos no ar. Em 1977 escreveu seu primeiro romance História completa da Cruz da Menina, do qual já publicou diversas edições. Mesmo durante a maior crise da Literatura de Cordel, que aconteceu no período de 1988 a 1998, manteve sua banca de folhetos no Mercado Público de Patos, sempre com um estoque acima de 200 títulos, inclusive obras de autores consagrados como Leandro Gomes de Barros, José Pacheco e José Camelo de Melo Resende. Nessa atividade, permanece até os dias de hoje.
Antônio Américo segue a linha dos velhos mestres, escrevendo histórias longas e bem feitas, geralmente de 48 páginas. São de sua autoria os seguintes títulos: A moça que mais sofreu na Paraíba do Norte A vida de Antônio SilvinoLampião e a sua história contada em cordel, Os mestres da Literatura de CordelO marco do SabugiHistória da Guerra de Juazeiro do Padre Cicero em 1914, A fada do Bosque Negro e a Princesa de SafiraO fracassado ataque de Lampião a MossoróA vida de Lampião - intriga, luta e cangaçoHistória completa da Cruz da Menina.
(Por Arievaldo Viana)

 

Antônio Carlos de Oliveira Barreto, mais conhecido como ANTÔNIO BARRETO, é natural da cidade de Santa Bárbara no sertão baiano, graduado em Letras Vernáculas, especialista em Psicopedagogia e Literatura Brasileira. Professor, poeta e cordelista, sua verve poética inspira-se na cultura popular, na natureza, na poesia e, em especial, nas pessoas, no cotidiano e na realidade como revelam alguns de seus folhetos de circunstância, além de temáticas que fazem referência à educação, problemas sociais, futebol, humor, biografias e pesquisas. Compõe, ainda, toadas, xotes e baiões. Sua vasta obra tem sido divulgada em jornais, revistas e na Internet, ora por meio de seu blog pessoal, ora por outros meios. Atualizado, o poeta apropria-se das tecnologias na divulgação do seu trabalho e atua ainda como professor, profere palestras, recitais e oficinas por meio da literatura de cordel em diversas escolas públicas, particulares, universidades e outras instituições, além de participar de colóquios, seminários, congressos e festivais de poesia e cultura popular no Brasil e no exterior.  

 

ANTÔNIO FRANCISCO TEIXEIRA DE MELO nasceu em Mossoró-RN aos 21 de outubro de 1949. É filho de Francisco Petronilo de Melo e Pêdra Teixeira de Melo. Antes de se dedicar só ao cordel fazia placas de carro e xilogravuras., Fez muitas viagens de bicicleta pelo Nordeste. Cresceu no bairro de Lagoa do Mato, ao qual dedicou um poema antológico em ritmo de galope à beira-mar, onde reside ainda hoje. É Bacharel em História pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN). Aos 46 anos iniciou sua carreira literária e sua primeira poesia foi “Meu Sonho”. Sua obra abrange dezenas de folhetos de cordel, reunidos em duas antologias: Dez Cordéis num Cordel Só e Por Motivos de Versos. Eleito para a Academia Brasileira de Literatura de Cordel (ABLC), ocupa a cadeira de número 15, do patroneada pelo poeta cearense Patativa do Assaré. Outro poema seu, Os animais têm razão, foi transformado em livro infantil e publicado pela editora IMEPH, de Fortaleza, Ceará.


ANTÔNIO TEODORO DOS SANTOS (O Poeta Garimpeiro), nasceu em Jaguarari, BA, em 24 de março de 1916, e faleceu em 23 de dezembro de 1981, em Senhor do Bonfim, BA, perto da sua cidade natal, Jaguarari, onde estava residindo desde 1979. Antigo garimpeiro (de onde surgiu seu cognome), foi vendedor de folhetos de versos populares, além de poeta. Autor bastante fecundo, sua obra principal foi Vida e tragédia do Presidente Getúlio Vargas (publicado pela Editora Prelúdio), da qual se venderam 280 mil exemplares, e que mereceu uma análise especial do Prof. Raymond Cantel, diretor do Instituto de Estudos Portugueses e Brasileiros da Sorbonne, Paris. Teodoro foi o grande nome dos primórdios do cordel na Prelúdio, tendo sido autor de muitos sucessos lançados pela antecessora da Luzeiro. Bibliografia básica : A grandeza de São Paulo, João Soldado, o valente praça que meteu o diabo num sacoMaria Bonita a mulher cangaçoO encontro de Lampião com DioguinhoO jogador na igrejaO Neto de José de Souza LeãoPiadas do Bocage, A Sereia do Mar Negro.

APOLÔNIO ALVES DOS SANTOS nasceu em Serraria, PB, aos 20 de setembro de 1926. Em seus documentos, no entanto, consta como nascido em Guarabira-PB, cidade para onde foi levado e onde foi criado desde a infância por seus pais, Francisco Alves dos Santos e Antonia Maria da Conceição. Começou a escrever folhetos aos vinte anos. Seu primeiro romance foi Maria Cara de Pau e o Príncipe Gregoriano, que, não podendo publicar, vendeu a José Alves Pontes, lá mesmo em Guarabira. A venda se efetuou em 1948, mas o romance só foi impresso no ano seguinte. Em 1950, tentando melhorar de vida, foi para o Rio de Janeiro, onde trabalhou na construção civil como pedreiro ladrilheiro, e, em 1960, foi trabalhar na construção de Brasília, mas sempre escrevendo e vendendo seus folhetos. É dessa época sua obra A construção de Brasília e sua inauguração, que se esgotou pouco tempo depois de publicada. Em 1961, logo após a inauguração de Brasília, voltou ao Rio de Janeiro. Passou os últimos anos em Guarabira, Paraíba, vindo a falecer em 1998, em Campina Grande. já escreveu cerca de 120 folhetos, sendo os principais O herói João CanguçuFaçanhas de LampiãoO aventureiro do NorteEpitácio e MarinaO pau de arara valenteO pistoleiro da vila, Olegário e Albertina entre o crime e o amorO noivo falso engenheiroA moça que se casou 14 vezes e continuou donzelaA morte de Leandro: saudades.

ARIEVALDO VIANA LIMA, poeta popular, radialista, ilustrador e publicitário, nasceu em Fazenda Ouro Preto, Quixeramobim-CE, aos 18 de setembro de 1967. Desde criança exercita sua verve poética, mas só começou a publicar sistematicamente os seus folhetos em 1999, quando lançou, juntamente com o poeta Pedro Paulo Paulino, uma caixa com 10 títulos chamada Coleção Cancão de Fogo. De 1988 a 1998 fez pequenas tiragens de seus folhetos em xerox, sistema bastante rudimentar, que foi completamente abolido pelo poeta após o lançamento da Coleção Cancão de Fogo. É o criador do Projeto ACORDA CORDEL na Sala de Aula, que utiliza a poesia popular na alfabetização de jovens e adultos, adotado pela Secretaria de Educação, Cultura e Desporto de Canindé-CE. Em 2000, foi eleito membro da Academia Brasileira de Literatura de Cordel, na qual ocupa a cadeira de nº 40, patronímica de João Melchíades Ferreira. Lançou pela Editora Luzeiro: O Príncipe Natan e o Cavalo MandingueiroProezas de Broca da Silveira (com Pedro Paulo Paulino), O homem da vaca e o poder do infortúnio. Arievaldo faleceu precocemente, no dia 30 de maio de 2020, com apenas 52 anos vividos, muitos títulos publicados e uma vastidão ainda inédita. É reconhecidamente um dos maiores valores da Literatura de Cordel não apenas de sua geração, mas de todos os tempos. 


Arlene Holanda nasceu em Limoeiro do Norte, Ceará. Estreou na literatura em 1995 com Abismos, saudades e delícias. Publicou o primeiro livro infantojuvenil em 2006, O fantástico mundo do cordel, que recebeu o selo “Altamente Recomendável” da FNLIJ. A ele seguiram-se outros doze títulos para crianças e jovens, além de cinco para adultos e participações em publicações coletivas. Atua ainda como ilustradora, produtora cultural e arte-educadora, tendo ministrado oficinas de cordel, criação literária, ilustração e outras sobre o valor da cultura, da arte e da literatura na educação. Seus livros têm sido selecionados com muita frequência para programas de governo e escolas públicas e particulares de todo o Brasil.

 
Antônio Ribeiro da Conceição, nome artístico Bule Bule, nascido em 22 de outubro de 1947, na Cidade de Antônio Cardoso no Estado da Bahia, musico, escritor, compositor, poeta, cordelista, repentista, Ator e cantador.Ao longo dos seus mais de trinta e oito anos de carreira gravou  seis Cd’s  (Cantadores da Terra do Sol Série Grandes Repentistas do NordesteA fome e A vontade de ComerSó Não Deixei de SambarRepente Não Tem Fronteiras e Licutixo), quatro livros editados (Bule Bule em Quatro EstaçõesGotas de SentimentoUm Punhado de Cultura popular, Só Não Deixei de Sambar), mais de oitenta cordéis escritos, participação em vários seminários como palestrante, varias peças teatrais e publicitárias agraciadas pelo Prêmio Colunista. Milhares de apresentações durante a sua carreira. Atualmente ocupa o cargo de Gerente de Cultura da Prefeitura Municipal de Camaçarí, diretor da Associação Baiana de Sambadores e Sambadeiras do Estado da Bahia e da Ordem Brasileira dos Poetas da Literatura de Cordel. Recentemente foi premiado com o Prêmio Hangar De Música no Rio Grande do Norte junto com Margaret Menezes e Ivete Sangalo. (Fonte: Site do artista)

CÍCERO VIEIRA DA SILVA nasceu em 31 de maio de 1936 em Alagoa Nova, Paraíbae morreu em fevereiro de 2008, em Duque de Caxias (RJ). Começou a escrever em 1952, época em que produziu cerca de trinta romances para a Folhetaria Santos, de propriedade Manoel Camilo, sediada em Campina Grande- PB. Em 1958 ganhou a medalha de ouro como o melhor glosador no Festival de Poetas populares de Salvador-BA, e em 1984 obteve um prêmio no Concurso Leandro Gomes de Barros. Fixou-se, desde os anos de 1950 em Caxias – RJ. Casado, pai de oito filhos, Cícero Vieira, que também era conhecido como Mocó. Escreveu mais de 50 folhetos, alguns dos quais ainda inéditos. Dentre aqueles que publicou, destacam-se: Um Amor Supliciado nas Grades da Detenção; Um Cidadão Generoso Traído pela ConsorteA Sofredora do Bosque ou Uma Noiva PerdidaA Filha de Uma Mendiga na Esquina do PecadoA Vitória de uma InocenteOs Sofrimentos de Elisa ou Os Prantos de uma EsposaOs Martírios do Nortista Viajando para o SulA Morte do Presidente Getúlio VargasA filha de um pirataOs olhos de dois amantes por cima da sepultura. 
CAETANO COSME DA SILVA nasceu em Nazaré da Mata, PE, no dia 25 de novembro de 1927. Autor muito fecundo, seus temas favoritos são histórias dramáticas, algumas delas continuações de outras obras conhecidas (A filha da louca do jardim, O filho de João de Calais). Compôs também algumas pelejas. É falecido. Viveu na cidade paraibana de Campina Grande, onde mantinha uma banca de raízes e ervas medicinais. Alguns títulos: O assassino da honra ou A louca no jardimJerônimo, o grande herói do sertão, Lágrimas de amor ou A vingança de um condenadoGalileu e os castigos do céuO filho do herói João de Calais.

 

DELARME MONTEIRO DA SILVA ( DELARME, nos acrósticos ) nasceu aos 17 de abril de 1918, em Recife, PE, cidade onde residia  ao morrer em 1994. Aos 20 anos, em 1938, publicou seu primeiro romance em versos (A feiticeira do bosque), impresso na tipografia de João Martins de Athayde; a partir dessa data ficou trabalhando com Athayde, como aprendiz de tipógrafo, e ao mesmo tempo editando seus trabalhos, todos assinados, pelos quais recebia 200$000 (duzentos mil réis) em folhetos, que ele mesmo revendia. Chegou ao cargo de gerente da tipografia, e era muito conceituado entre os poetas do Nordeste, por seus dotes de cultura e inspiração. Delarme é autor de uma obra extensa e de muito boa qualidade. De sua excelente bibliografia destacamos: O Enjeitado de OrionO Mistério dos Três AnéisO Sino da Torre NegraO Morcego HumanoA Fada e o Guerreiro. É indubitavelmente um dos poucos autores de cordel que merecem o qualificativo de gênio, tendo composto uma obra vibrante, cheia de descrições minuciosas e aprofundamento psicológico das personagens.

João Gomes de Sá e Eneias Tavares dos Santos
ENEIAS TAVARES DOS SANTOS (ENEIAS ou TAVARES, entre outros pseudônimos, nos acrósticos), nasceu em Marechal Deodoro, AL, aos 22 de novembro de 1931. Filho de agricultores, teve instrução primária incompleta, e, já adulto, estudou música, desenho e pintura, não chegando a completar os estudos por razões econômicas. Aprendeu xilogravura sozinho, tendo realizado, entre inúmeros outros trabalhos, uma Via-Sacra para a Galeria de Arte de Aracaju-SE. Na Bahia, em 1947, travou conhecimento com a Literatura de Cordel, e, ao voltar para Alagoas, tornou-se vendedor de folhetos. Em 1953 escreveu seu primeiro livro – O cavalo Ventania –, seguido depois de O cangaceiro Isaías, O pai traidor, A carta de Satanás a Roberto Carlos (seu maior êxito comercial) e muitos outros. Até 1973 foi servente do Conservatório de Música de Sergipe; Foi funcionário do Museu Théo Brandão, em Maceió, AL.Teve vários títulos lançados pela Editora Luzeiro, alguns até hoje reeditados: A briga de dois matutos por causa de um jumento, A morte, o enterro e o testamento de João Grilo, A verdadeira história de Chico Xavier, A vingança de uma fada e um anão misterioso, A recompensa do Diabo, Carta do Satanás a Roberto Carlos, Lamentação de um cavalo indo para o matadouro, O amor entre a verdade e o punhal, O homem que pagou a promessa enganando o santo, O prêmio da consciência, O rapaz que desejava ser cachorro, Teres e proezas de Eneias.


EXPEDITO SEBASTIÃO DA SILVA nasceu em Juazeiro do Norte-CE, em 20 de janeiro de 1928 (dia de São Sebastião) e viveu toda a sua vida na terra do Padre Cícero, até falecer no dia 8 de agosto de 1997. Além de bom poeta, foi tipógrafo e revisor da gráfica de José Bernardo da Silva, tendo assumido, com a morte deste, a gerência da Tipografia São Francisco, rebatizada nos anos 70 como Literatura de Cordel José Bernardo da Silva e posteriormente como Lira Nordestina, denominação que permanece até hoje.
De origem camponesa, conseguiu frequentar a escola, chegando a concluir a quarta série ginasial. Durante os anos escolares começou a rascunhar seus primeiros poemas, o que acabou chamando a atenção de José Bernardo da Silva, o grande editor de Juazeiro. Seu primeiro folheto, intitulado A moça que depois de morta dançou em São Paulo, data de 1948. Por essa época, o chefe da oficina tipográfica era o poeta e xilógrafo Damásio Paulo da Silva, que incentiva o jovem Expedito a continuar produzindo. Cuidadoso com a rima e, principalmente, com a métrica, Expedito costumava a revisar a obra de outros poetas que imprimiam seus folhetos na "Lira". Chegou a receber elogios de Patativa do Assaré, que o comparou ao lendário João Martins de Athayde. Nos últimos anos de sua existência, Expedito mostrava-se triste com a visível decadência da literatura de cordel e da Lira Nordestina, empresa à qual dedicou toda a sua vida. A Lira continua decadente, mas o cordel ganhou um novo alento com o surgimento de novas editoras, como a Coqueiro, de Recife, e a Tupynanquim, de Fortaleza. Dentre as obras de sua autoria, destacamos as seguintes: A bruxa da meia-noite ou o reino da maldição, A marcha dos cabeludos e os usos de hoje em dia, A opinião dos romeiros sobre a canonização do Pe. Cícero, As diabruras de Pedro Malazartes, Calvário de uma mãe (ou o amor de Albertina), Em defesa do Pe. Cícero - o apóstolo do Nordeste, Estória de Paulino e Madalena, História de São Pedro e o homem orgulhoso, O Lobo do Amazonas ou Lindomar e Jacira, O prêmio da inocência, O sesquicentenário do padre Cícero Romão, Os mártires da santa fé ou Delmiro e Dorotea, Os milagres do padre Cícero, Suplício de um condenado, Trechos da vida completa de Lampião(Por Arievaldo Viana)


EVARISTO GERALDO nasceu a 28 de setembro de 1968, em Quixadá, Ceará. De uma família de 11 irmãos, em que cinco são poetas, com Evaristo não poderia ser diferente. Como cordelista tem vários trabalhos publicados pela Tupynanquim Editora, como O Príncipe que Fez de Tudo Para Mudar o Seu Destino e O Conde Mendigo e a Princesa Orgulhosa,  além de alguns inéditos. Para a coleção Clássicos em Cordel, da editora Nova Alexandria, adaptou A dama das camélias de Alexandre Dumas Filho.


FIRMINO TEIXEIRA DO AMARALl, segundo informação do pesquisador Ribamar Lopes, nasceu na localidade de Bezerro Morto, então pertencente a Amarração, hoje Luís Correia, Piauí, em 1896, e faleceu em 1926, na cidade de Parnaíba, Piauí. Outras fontes o apresentam como natural de Tutoia, Maranhão ou, ainda, Parnaíba, Piauí. Ainda muito jovem fixou-se em Belém do Pará, tornando-se o principal autor da Editora Guajarina, fundada pelo pernambucano Francisco Lopes. A sua obra mais famosa, a Peleja do Cego Aderaldo com Zé Pretinho do Tucum, foi escrita por volta de 1916, com o fito de ajudar Aderaldo, à época doente, a angariar algum recurso. Nesta obra, Firmino introduz uma modalidade até então desconhecida do universo da cantoria: o trava-língua. O personagem Zé Pretinho, confundido com um homônimo natural do Crato, Ceará, inventor do galope à beira-mar, é fictício. Além do folheto citado, são de autoria de FirminoFesta dos bichos ou as aventuras de um porco embriagado (também publicado pela Luzeiro), Peleja de cego Aderaldo com Jaca Mole, primo de Zé PretinhoO casamento do bode com a raposaBataclanHistória de Carlos e AdalgisaA princesa Magalona e seu amante PierrePeleja de João Peroba com o menino Pericó(que com 8 anos de idade venceu um antigo cantador), Peleja do Cego Aderaldo com Frankalino.

FRANCISCO DAS CHAGAS BATISTA nasceu no município de Teixeira, PB, aos 5 de maio de 1882, sendo filho de Luís da França e de Cosma Felismina Batista. Em 1900, mudou-se para a cidade de Campina Grande, onde trabalhou carregando água e lenha, e foi operário da Estrada de Ferro de Alagoa Grande. Começou a escrever suas histórias rimadas em 1902. Em 1909 casou-se com Hugolina Nunes da Costa, filha de seu tio materno, o cantador Hugolino Nunes da Costa. Morou em Guarabira e depois na capital do estado da Paraíba, onde se fixou, estabelecendo-se com a Livraria Popular Editora, na Rua Barão do Triunfo, que sobreviveu até 1932. Foi autor de inúmeros folhetos rimados, e fez coletâneas de poetas populares (A lira do poetaPoesias escolhidas e Cantadores e poetas populares). Considera-se sua melhor obra o folheto Antonio Silvino, vida, crimes e julgamento, publicado até hoje pela Luzeiro de São Paulo. Atribuem-se a ele ainda História de Dimas, o Bom Ladrão e História da Imperatriz Porcina. Faleceu aos 26 de janeiro de 1930, em João Pessoa, PB.

FRANCISCO DE SOUZA CAMPOS nasceu em Timbaúba, PE, aos 26 de setembro de 1926. Poeta popular, residente em São Lourenço, PE, Francisco é irmão dos poetas Manoel e José de Souza Campos. Escreve sobre temas tradicionais, e a maioria de suas obras são folhetos de 8 páginas. Enfrentando a morte é geralmente considerada sua obra de maior fôlego.

FRANCISCO FIRMINO DE PAULA nasceu em Pilar, Paraíba, a 2 de abril de 1911 e faleceu em Recife, Pernambuco, a 3 de dezembro de 1067. Construiu uma máquina de impressão, depois vendida a José de Souza. Começou a escrever por volta de 1926.Dois de seus folhetos lançados originalmente pela tipografia Luzeiro do Norte, do Recife foram relançados pela Luzeiro paulista: História do Boi Leitão ou O Vaqueiro que não Menti O Herói do Ar.

FRANCISCO SALES DE ARÊDA ( FSALES nos acrósticos ) nasceu aos 26 de outubro de 1916, em Campina Grande, PB, passando a residir em Caruaru, PE. Poeta popular e vendedor de folheto nas feiras, foi também cantador de 1940 a 1954. Em suas obras, explorava temas de bravura, encantamento e astúcia, mas escreveu três obras sobre motivos políticos, tendo como personagem o ex-presidente Getúlio Vargas. Durante muito tempo viveu da renda de uma barraca de folhas e raízes de plantas medicinais, na feira de Caruaru. Arêda faleceu no dia 20 de dezembro de 2005.
Bibliografia básica: A mal-assombrada peleja de Francisco Sales com o Negro VisãoAs presepadas de Pedro MalazarteO Coronel Mangangá e o seringueiro do norteO encontro de Antônio Cobra Choca com o Sertanejo ValenteO encontro do irmão do Negrão do Paraná com o seringueiro do Norte, O Homem da vaca e o poder da fortuna, O negrão do Paraná e o seringueiro do NorteO Príncipe João Sem Medo e a Princesa da Ilha dos DiamantesO romance de João Besta e a Jia da LagoaOs três irmãos caçadores e o macaco da montanha. 

 

 
Gerardo Carvalho Frota (PARDAL) – nasceu em 1957 em Campo Maior (PI). Escritor, Poeta cordelista e trovador. Filósofo com especialização em Tecnologia Educacional. Bacharel em Comunicação Social (Jornalismo) pela Universidade Federal do Ceará – UFC -em 2004. Em 1991 foi agraciado com o 1º Lugar com o folheto A Morte da Natureza em concurso promovido pela Academia Brasileira de Literatura de Cordel – ABLC.  Premiado nos Jogos Florais da União Brasileira de Trovadores – UBT nos anos de 1992, 93, 94, 95. Em 1994. Em 2010, foi recebeu o Prêmio Mais Cultura Patativa do Assaré pelo Ministério da Cultura, com o livro Cultivos da Terra cantados em versos populares. Recebeu da Seduc/CE o prêmio Paic, com o cordel A borboleta Lilica e o grilo Criqui que integra a coleçãoPaic/prosa e poesia. Sócio fundador do Centro Cultural do Cordelistas do Nordeste - CECORDEL, em Fortaleza (CE). Atualmente, é presidente da entidade. Como cordelista representou o Cecordel em 2005, no 1º Congresso Internacional de Literatura de cordel em João Pessoa, Paraíba.
Bibliografia: Francisco do Povo - ontem e hoje (1987), Editora Vozes, Guerra dos Bárbaros e A Voz que Canta o SertãoA Morte da NaturezaMarcados para morrer pela terraA morte da pena de morte. Participou das Bienais do Livro acontecidas em Fortaleza (CE).

INACIO CARIOCA nasceu em Carpina, Pernambuco, a 22 de fevereiro de 1932. Seu nome de Batismo é Ailton Francisco da Silva, sendo mudado para Inácio Francisco da Silva e, por fim, Inácio Carioca. Sua obra mais conhecida é o Romance de João Cambadinho e a Princesa do Reino de Mira-Mar, negociado com João José da Silva, então diretor da tipografia Luzeiro do Norte. Outros títulos de sua bibliografia: O Amor de Juvanete e a Ingratidão do Príncipe LourivalOs Homens Voadores da Terra até a LuaSidraque e Juscelina.

IZABEL NASCIMENTO, sergipana de Aracaju, escreve folhetos de cordel desde a infância, inspirada por seu pai, o pernambucano Pedro Amaro do Nascimento, cantador e poeta de bancada, e por sua mãe, Ana Santana, professora e revisora de textos que, recentemente, também revelou-se cordelista. Nascida no Dia do Folclore, 22 de agosto, sempre esteve ligada à Cultura Popular. Pedagoga, desenvolveu o projeto “Literatura de Cordel em Sala de Aula” em escolas da zona rural em Maruim (SE). É também artista plástica, tendo iniciado em 2012 um trabalho de pinturas muralistas, inspirado nas xilogravuras dos folhetos de feira. Coordena as ações da Casa do Cordel, espaço cultural que leva o nome de seu pai, fundado em 2013. Participou, em 2014, do Festival Internacional do Brasil na Áustria, onde lançou quatro de seus títulos na Embaixada do Brasil, em Viena Preside atualmente a Academia Sergipana de Cordel (ASC), fundada em 2017. É a idealizadora do Projeto Saúde Mental em Cordel, uma série de vídeos apresentados pela TV Aperipê (SE), retratando as doenças mentais mais comuns no Brasil (2018). Ministra palestras e oficinas e divulga grande parte de seu trabalho nas redes sociais, incluindo o Cordel do Whatsapp, que ficou conhecido em todo o país. Publicou, entre outros, os seguintes folhetos: Paraíba do Sul, o testamento de um rio, Receita da boa mulher, A história do soldado que bateu na professora e virou jumento, Saúde mental em cordel e ABC do Nordeste. Organizou, também, o livro Antologia das mulheres do cordel sergipano, reunindo a produção feminina de seu estado. 


JOÃO ANTÔNIO DE BARROS ( JOTABARROS ) nasceu aos 24 de junho de 1935, em Glória de Goitá, PE. Marceneiro, entalhador, xilógrafo, poeta repentista e escritor de Literatura de Cordel, residia em São Paulo desde 1973, vivendo exclusivamente da venda de livretos de cordel e das cantigas de improviso, ao som da viola. Grande divulgador da poesia nordestina, foi presença constante na imprensa paulista. Folhetos lançados pela Editora Luzeiro: Lampião e Maria Bonita no paraíso, Lampião, governo geral do inferno.

JOÃO DAMASCENO NOBRE, que assinava seus folhetos sob o pseudônimo Amador Silvestre, nasceu dia 6 de maio 1910, na Fazenda Bebedouro, distrito de Serraria, município de Inhambupe, estado da Bahia. Em 1917, acompanhando a família, foi trabalhar na lavoura cacaueira no mesmo estado em que nasceu.  Em 1955, publicou seu primeiro folheto, As Aflições do Presente e as Glórias do Porvir. Publicou pela extinta editora Prelúdio, antecessora da Luzeiro, de São Paulo, As Profecias do Boi MisteriosoO Cisne Misterioso, A História do Perverso Barba Roxa e O Quengo de Pedro Malazarte no Fazendeiro, sendo este último reeditado há quase cinquenta anos, o que lhe garante o status de clássico da literatura de cordel.



JOÃO FIRMINO CABRAL nasceu em Itabaiana, SE, a 1º de janeiro de 1940. Agricultor desde menino, começou já na juventude a demonstrar interesse pelas letras: comprava então folhetos de literatura de Cordel , que usava como cartilha, pois com eles aprendeu a ler. Aos 17 anos descobriu sua vocação poética e escreveu uma Profecia do Padre Cícero. Dai por diante não lhe faltou mais inspiração, e todas as obras de sua autoria são bem aceitas pelo povo. Mora atualmente em Aracaju, vivendo exclusivamente da venda de folhetos de Literatura de Cordel. Bibliografia básica: A coragem de um vaqueiro em defesa do amorAmor e martírio de uma escravaEntre o amor e o cangaçoHistória, vida e morte Luiz GonzagaO encontro de Lampião com o Coronel Pinga-FogoO exemplo do ateu e o vaqueiro que tinha fé em DeusO monstro sem almaOs heróis do destino e o monstro da Mata EscuraA revolta de um escravo e Lampião: herói ou bandido?

JOÃO GOMES DE SÁ nasceu em Água Branca, no sertão alagoano, e mora em São Paulo. É formado em Letras (Português-Inglês) pela Universidade Federal de Alagoas (UFAL).Em 1977trabalhou como bolsista da Funarte no Museu de Antropologia e Folclore Dr. Théo Brandão, dessa mesma Universidade. Foi aí, na verdade, que conheceu as manifestações de cultura espontânea de seu povo. E é por isso que, volta e meia, o que escreve revela influência do folclore da região. Morando em São Paulo há algum tempo, além de suas atividades como professor de Português, dá orientações técnicas sobre o folclore e escreve poesia popular e literatura de cordel – muitas vezes, para ilustrar suas aulas. Utilizando elementos da cultura popular escreveu e editou Ressurreição do Boi, Canto Guerreiro e Meu Bem-Querer e os cordéis A Briga de Zé Valente com a Leide Catapora e A Luta de um Cavaleiro contra o Bruxo Feiticeiro. Para a coleção Clássicos em Cordel, da editora Nova Alexandria, adaptou O corcunda de Notre-Dame, de Victor Hugo. Pela mesma editora, lançou Alice no País das Maravilhas em Cordel.

JOÃO JOSÉ DA SILVA nasceu em 24 de junho de 1922, em Vitória de Santo Antão, PE. Filho de agricultores, revelou-se poeta desde menino. Aos 10 anos de idade já improvisava versos para seus amigos e conhecidos. Por falta de recursos, só conseguiu nessa época fazer o curso primário, vindo a se aperfeiçoar somente na meia idade, como autodidata. Em 1947 se tornou profissional da poesia, escrevendo então seu primeiro livro em versos, O macaco misterioso. Escreveu mais de 164 obras, distinguindo-se entre as mais procuradas O macaco misterioso e A fera de Petrolina. Viveu em Recife, PE, onde chefiou sua família trabalhando no ramo de Literatura de Cordel, `frente da tipografia Luzeiro do Norte, até início da década de 1970. Faleceu em 1997.Folhetos lançados pela Editora Luzeiro: A condessa Rosa NegraA fera de PetrolinaO caçador sertanejo.

JOÃO LUCAS EVANGELISTA, mais conhecido como LUCAS EVANGELISTA, nasceu em 6 de maio de 1937, em Crateús, CE. Aos 19 anos, abandonou todas as outras atividades, para viver somente de Literatura de Cordel. Tem mais de 60 trabalhos publicados, entre poemas, folhetos e romances, todos de grande aceitação popular, tendo também gravado dois discos de poemas populares. Além de poeta, é compositor, cantor, violonista, pintor e sócio da U.P.I. (União dos Profissionais da Imprensa). Viveu durantes muitos anos em Taguatinga do Norte, DF, usando como transporte uma perua, transformada em biblioteca volante da cultura popular, e equipada para sua hospedagem e palco de trabalho. Participa ativamente na divulgação da poesia popular, fazendo palestras e seminários em escolas de todos os níveis. Hoje, reside em sua cidade natal. Folhetos lançados pela Editora Luzeiro: As aventuras de João DesmanteladoO menino das abelhas e a formiga encantada.

JOÃO MARTINS DE ATHAYDE nasceu em Ingá de Bacamarte, PB, em 1880, e faleceu em Recife, PE, no ano de 1959. Durante sua vida como poeta, instalado em Recife com gráfica própria, foi o maior editor de folhetos de seu tempo, entre 1920 e 1950. Editava também obras de outros poetas, compradas ou adquiridas por permuta. Em 1950 vendeu os direitos da gráfica para José Bernardo da Silva, estabelecido com a tipografia São Francisco em Juazeiro do Norte, CE, que passou a editar toda a coleção comprada. Athayde, bom poeta, bom glosador, notabilizou-se em versejar romances em prosa e filmes de sucesso. Entre seus vários sucessos, distinguem-se O Conde de Monte Cristo, em dois volumes, com os títulos Romance de um sentenciado e Vingança de um sentenciadoO prisioneiro de Zenda, com o título O prisioneiro do Castelo da Rocha NegraAmor de perdição, com o mesmo título, e muitos outros, sempre com títulos sugestivos e versificação de primeira categoria. João Martins de Athayde foi figura controvertida e chegou a ser elogiado por Mário de Andrade e por Tristão de Ataíde, recebendo até votos para Príncipe dos Poetas Brasileiros (quando da eleição e Guilherme de Almeida). Foi acusado de comprar originais de dezenas de poetas populares e publicá-los sem mencionar os nomes dos autores, fato que tem ocasionado sérias dificuldades na identificação da autoria de histórias rimadas da Literatura de Cordel.

JOÃO MELCHÍADES FERREIRA DA SILVA nasceu em Bananeiras-PB aos 7 de setembro de 1869 e faleceu em João Pessoa-PB, no dia 10 de dezembro de 1933. Foi sargento do exército. Combateu na Guerra de Canudos (1897) e na questão do Acre (1903). Autodenominado O CANTOR DA BORBOREMA, com este cognome figura na Romance da Pedra do Reino, de Ariano Suassuna. Embora cantasse, não era repentista nato, conforme Átila Almeida e José Alves Sobrinho. Envolveu-se na maior controvérsia da história da Literatura de Cordel, ao publicar como obra sua o ROMANCE DO PAVÃO MISTERIOSO, de José Camelo de Melo Resende, com quem chegou a cantar. Mas Melchíades, poeta imaginoso, é autor de obras originais que estão entre as mais apreciadas por leitores de várias gerações, a exemplo da História do valente sertanejo Zé GarciaCombate de José Colatino com o Carranca do Piauí e Roldão no leão de ouro.

JOAQUIM BATISTA DE SENA nasceu no dia 21 de maio de 1912, em Fazenda Velha, do termo de Bananeiras, hoje pertencente ao município de Solânea-PB. Faleceu no distrito de Antônio Diogo (Redenção-CE) no início da década de 90. Autodidata, adquiriu vasto conhecimento sobre cultura popular e era um defensor intransigente da poesia popular nordestina. Começou como cantador de viola, permanecendo três anos neste ofício, no final da década de 30.
No início da década de 1940, vendeu um sítio de sua propriedade e adquiriu sua primeira tipografia, que funcionou algum tempo na cidade de Guarabira-PB, transferindo-se depois para Fortaleza, onde atuou durante muitos anos. Na capital cearense, sua tipografia adotou o nome de Graças Fátima. O poeta explicava a razão desse título: durante a passagem da imagem peregrina de Nossa Senhora de Fátima pelo Nordeste, na década de 50, ele conseguiu ganhar muito dinheiro vendendo folhetos sobre a visita da santa, ampliando consideravelmente seus negócios. Por essa época, foi vítima de um naufrágio da Baía de Quebra-Potes (Maranhão). Salvou-se nadando, mas perdeu uma mala de folhetos, contendo diversos originais.
 
Em 1973 vendeu sua gráfica e sua propriedade literária para Manoel Caboclo e Silva e tentou estabelecer-se no Rio de Janeiro, também no ramo da literatura de cordel, mas não foi bem sucedido. De volta ao Ceará, ainda editou alguns folhetos de sucesso, como o que escreveu em parceria com Vidal Santos, sobre o desastre aéreo da Serra da Aratanha (Pacatuba-CE), onde morreu, dentre outros, o industrial Edson Queiroz.  Sena era um grande poeta, de verve apurada e rico vocabulário. Conhecia bem os costumes, a fauna, a flora e a geografia nordestina, motivo pelo qual seus romances são  ricos em descrições dessa natureza. Pode-se dizer que com a sua morte, fechou-se um ciclo na poesia popular nordestina e o gênero "romance" perdeu um de seus maiores poetas.
Dentre as suas obras de maior relevância, destacamos: A filha noiva do pai, ou amor culpa e PedrãoA morte comanda o cangaçoAs 7 espadas de dores de Maria Santíssima, Elias e Antonieta (2 volumes), Entre o amor e a morteEstória de Joãozinho, o filho do caçadorEstória de Manoel Seguro e Manoel XexeiroEstória de Vicente e GuiomarHistória de Braz e AnáliaHistória de João Valente e o dragão de três cabeçasHistória de Manoel Nu e a rabeca mágicaHistória do assassinato de Manoel Machado e a vingança de seu filho SamuelHistória do debate do papa de Roma com Roberto CarlosHistória do príncipe João Corajoso e a princesa do reino Não Vai NinguémHistória dos três irmãos lavradores e os três cavalos encantadosOs amores de Rosinha e as bravuras de João Grande ou os valentões do Teixeira.
(Por Arievaldo Viana)

JOAQUIM LUIZ SOBRINHO  nasceu em Jatobá do Brejo, município de Belo Jardim, PE. Começou a vender folhetos de Literatura de Cordel na feira de Belo Jardim, ocasião em que escreveu a sua primeira obra, O Príncipe que trouxe a sina de morrer enforcado, conseguindo com ela muito sucesso. Dessa oportunidade em diante não parou mais de escrever. Muitos de seus folhetos ainda permanecem inéditos. Faleceu em idade bastante avançada De sua autoria a editora Luzeiro relançou os folhetos História do menino dos bodinhos e a Princesa interesseiraO príncipe que trouxe a sina de morrer enforcadoOs Martírios de uma Mãe ou A Desventura de um Filho Ingrato.

JOSÉ ALVES PONTES nasceu em 8 de fevereiro de 1920, no município de Pilar, PB. Filho de João Alves Pontes e Cândida Alves Pontes, ajudou seu pai na agricultura até os 23 anos de idade, mas sempre teve vocação para a poesia popular. Com o falecimento do pai em 1948, começou a vender folhetos de cordel nas feiras vizinhas. Empregou-se na tipografia A Folha, em Itabaiana, PB, depois em outra gráfica situada em Timbaúba, PE, das quais saiu como gráfico profissional. Em 1951 foi morar em Guarabira, PE, passando a trabalhar na tipografia de Manoel Camilo dos Santos até 1957; em seguida, passou a trabalhar por conta própria com uma máquina manual que ele mesmo construiu, de ferro e madeira. Economizando, em poucos anos conseguiu comprou uma máquina impressora, e em 1962 instalou sua tipografia , chamada Tipografia e Folhetaria Pontes" Especializou-se então em publicar seus próprios folhetos, e também trabalhos de encomenda para todo o Nordeste e demais regiões do país. Foi muito caprichoso na confecção dos folhetos de Literatura de Cordel. Escreveu apenas dois folhetos: História de Geraldo e Silvina e Ronaldo e Antonieta, os quais tiveram grande sucesso, com milhares de exemplares impressos e várias edições esgotadas. Em 1985, por questões financeiras, vendeu sua tipografia. Trabalhou de empregado e revisor na tipografia de um amigo seu, lá mesmo em Guarabira, PB, onde faleceu aos 11 de novembro de 2009.

JOSÉ CAMELO DE MELO RESENDE (JOSÉ CAMELO) nasceu na povoação de Pilõezinhos, município de Guarabira, PB, e morreu em Rio Tinto, PB, aos 28 de outubro de 1964. Foi filho de Manuel Alves. Poeta popular, cantador, carpinteiro e xilógrafo, era, segundo Átila Almeida e José Alves Sobrinho, homem imaginoso e brilhante. Começou a versar romances por volta de 1923, mas não escrevia suas composições: guardava-as na memória para cantá-las onde se apresentasse. Meteu-se em situações atrapalhadas; entre 1927 e 1929, por causa de uma delas, fugiu para o Rio Grande do Norte. Foi nessa época que João Melquíades, ajudado por Romano Elias, se apossou dos originais de O pavão misterioso, publicando-os como obra sua; tornando-se o romance um dos maiores sucessos da Literatura de Cordel em todos os tempos. O caso gerou uma polêmica que dura até hoje (apesar de já estar provada e documentada a verdadeira autoria). Além de O pavão misterioso, José Camelo foi autor de vários romances que se tornaram clássicos no gênero: Aprígio Coutinho e NeusaA verdadeira história de Joãozinho e MariquinhaCoco-Verde e MelanciaHistória de três cavalos encantados e três irmãos camponesesO Bom Pai e o Mau FilhoPedrinho e JulinhaUma das maiores proezas que Antônio Silvino fez no sertão de Pernambuco.

JOSÉ COSTA LEITE nasceu em Sapé - PB, em 27 de julho de 1927. Filho de Paulino Costa Leite e Maria Rodrigues dos Santos. Poeta popular e xilógrafo, vive em Condado - PE. Representou o Brasil em Paris, em 2005, por ocasião da celebração do Ano do Brasil na França. Sua obra é das mais extensas da Literatura de Cordel e inclui títulos como A Garça MisteriosaA Peleja de Zé Pretinho com Manoel RiachãoO Dicionário do Amor e Peleja de Ivanildo Vila Nova com Guriatã do Norte.

JOSÉ FAUSTINO VILA NOVA nasceu em Caruaru, Pernambuco, a 30 de março de 1911, e morreu na mesma cidade, a 24 de abril de 1969. Cantador e poeta popular, pai do famoso repentista Ivanildo Vila Nova, seu forte eram as histórias de valentia, a exemplo de O sertanejo Antônio Cobra ChocaZé Mendonça, o Sertanejo Valente e O Nero do Amazonas.

JOSÉ GALDINO DA SLVA DUDA ( ZÉ DUDA ) nasceu em 1866 e faleceu em 1931. Foi almocreve e comboieiro, tendo se tornado depois cantador famoso. É o autor da História de D. Genevra, "versada" de um trecho do Decameron de Giovanni Boccacio, com uma fidelidade que surpreendeu o folclorista Luís da Câmara Cascudo. São de sua autoria clássicos como: Os martírios de Genoveva e Bernardo e D. Genevra.

Foto: Renan Oliveira
JOSÉ JOÃO DOS SANTOS (AZULAO, nos acrósticos), mais conhecido como MESTRE AZULÃO, nasceu em Sapé – PB, a 08 de janeiro de 1932. Filho de João Joaquim dos Santos e de Severina Ana dos Santos. Aos 17 anos, na carroceria de um pau-de-arara, embarcou para o Rio de Janeiro, onde foi um dos fundadores da Feira de São Cristóvão. Cantador e poeta popular dos melhores, começou a ser conhecido após uma apresentação no programa de rádio de Almirante, no início da década de 1950. Como cantador já se apresentou na Europa e nos Estados Unidos. Após o atentado de 11 de setembro de 2001, escreveu o folheto O Terror nas Torres Gêmeas, pois, pouco tempo antes, havia se apresentado no World Trade Center. É autor, entre outros, dos seguintes folhetos: A Deusa e o CaçadorA Escravidão ModernaPeleja de Azulão com Zé LimeiraO Homem do Arroz e o Poder de JesusO Mártir de San Quentin – ChessmanPeleja de Azulão com PalmeirinhaA Moda do ChifreOs Loucos da ModaO Trem da Madrugada, A Vitória de Renato e o Amor de Mariana.

JOSÉ MARIA GONZAGA VIEIRA (Gonzaga de Canindé) nasceu em Canindé no dia 20 de setembro de 1946, e faleceu na mesma cidade no dia 16 de abril de 2016. Autodidata, militou na imprensa escrita e falada. Pertenceu à Associação de Arte e Cultura de Canindé. Foi correspondente de vários grêmios culturais de Fortaleza, Natal, Campina Grande e Brasília. É autor de quase duas dezenas de folhetos rimados, com destaque para A história de Aparecida, a menina perdida nas matas do Amazonas. Participa do projeto Acorda Cordel na Sala de Aula, criado pelo poeta Arievaldo Viana e implantado em Canindé, em parceria com a Secretaria de Educação do Município.
Começou escrevendo folhetos de oito páginas, principalmente no gênero ABC, tendo publicado O abc do Mobraldos Tubarõesdo Consumidor e outros de cunho político e social. No gênero romance, seu melhor trabalho é A lida de Conrado e a honradez sertaneja, que foi ampliado de 16 para 32 páginas pelo poeta Arievaldo Viana. Habitante de um dos maiores centros religiosos do Nordeste, já escreveu diversos folhetos tendo São Francisco das Chagas de Canindé como tema principal. É citado em artigo da escritora francesa Sylvie Deb's, publicado na revista Latitude, da Universidade de Sorbonne. Também já teve a sua obra pesquisada por outra francesa, Martine Kunz, que reside atualmente em Fortaleza. É autor, além dos citados, dos seguintes folhetos: Assim era São FranciscoCanindé, da lenda a realidadeHistória do romeiro da cruzLula: de retirante a presidente, A via-sacra em cordelEncontro de são Francisco com Padim Ciço do JuazeiroCapitão Pedro Sampaio da Serra Branca(Por Arievaldo Viana)
JOSÉ PACHECO DA ROCHA (ou JOSÉ PACHECO, conforme é mais conhecido) nasceu no município de Correntes. PE, e morreu em Maceió. AL, aos 27 de abril de 1954. Deixou uma filha, Julieta Pacheco Rocha, que vive no estado do Rio de Janeiro. Além de poeta popular bastante fecundo, caracterizado pela jocosidade e variedade de temas de suas composições, dedicou-se a várias atividades paralelas : trabalhou em feiras, ora vendendo folhetos, ora comerciando gêneros alimentícios. Segundo informações de sua filha, chegou também a ser proprietário de um circo. Morreu pobre, mas não à míngua, como se tem divulgado. Bibliografia básica: A chegada de Lampião no infernoA grande briga de Lampião com a moça que virou cachorraA guerra e a corrupção geralA intriga do cachorro com o gatoA morte do famigerado LampiãoDiscussão de Joaquim Sertanejo e Francisco Peia-OnçaHistória de Vicente e JosinaHistória do caçador que foi ao infernoLampião e a velha feiticeiraA festa dos cachorrosO grande debate de Lampião com São PedroO prazer do rico e o sofrimento do pobreOs mamadores da negra dum peito sóOs prantos de Cacilda e a vingança de RaulOs sofrimentos de CristoPeleja de um cantador de coco com o Diabo.
JOSÉ SOARES DO NASCIMENTO nasceu em Caruaru, PE, em 9 de outubro de 1906. Bom cantador e poeta popular, viveu muito tempo em Caruaru. Em sua obra distinguem-se: História de Josina, a menina perdidaSaudades do sertãoO túmulo de Pedro de Souza. etc.

JOSÉ WALTER PIRES é sociólogo, advogado, educador, cordelista por paixão, nascido em Ituaçu, sertão da Bahia, cidadão brumadense, enfoca em seus cordéis o imaginário sertanejo, além de temas sociais, educativos, históricos e de conteúdos específicos. Membro da Academia Brasileira de Literatura de Cordel, ocupando a cadeira 21, patronímica de Joaquim Batista de Sena, com posse em 21 de agosto de 2010. Sócio Correspondente do Instituto Histórico Geográfico de Montes Claros/MG, com mais de cinquenta títulos publicados, além de crônicas do cotidiano nos jornais Tribuna do Sertão e Jornal do Sudoeste, palestrante e intenso participante de projetos culturais e atividades literárias regionais e estaduais. Publicou recentemente o romance de exemplo As noventa e nove moedas de ouro, na coleção Reinos do Cordel, do Armazém da Cultura, de Fortaleza, Ceará.

Josenir Amorim Alves de Lacerda — Josenir Lacerda — nasceu em Crato (CE) no dia 16 de janeiro de 1953. Com trabalho alicerçado na cultura popular, tem publicados vários cordéis, entre eles O matuto e o orelhão, O segredo de Marina, e O linguajar cearense, obra reeditada recentemente pela Tupynanquim Editora e incluída em livros didáticos. São de sua lavra também De volta ao passado, A fábula do peru, O menino que nasceu falando, A danação de Julita, entre outros. É uma das fundadoras de Academia de Cordelistas do Crato, na qual a cadeira n° 03. Recentemente tomou posse na Academia Brasileira de Literatura de Cordel. Sua obra foi recentemente homenageada pela Editora IMEPH, de Fortaleza, que a incluiu na coleção 10 Cordéis nota 10, coordenada por Arlene Holanda. 

KLÉVISSON VIANA nasceu em 1972, em Quixeramobim, Sertão Central do Ceará. É cartunista, poeta, editor, membro da ABLC-Academia Brasileira de Literatura de Cordel (RJ) e presidente da AESTROFE –Associação de Escritores, Trovadores e Folheteiros do Estado do Ceará. Artista que transita por vários gêneros da poesia popular, através da sua Tupynanquim Editora já publicou uma centena de títulos de sua autoria e mais de quatrocentas obras de outros autores. É autor do infantojuvenil Os Miseráveis em Cordel (ed. Nova Alexandria). No campo da literatura de cordel, escreveu ainda: O romance da quenga que matou o delegadoO cangaceiro do futuro e o jumento espacialO príncipe do Oriente e o pássaro misteriosoA chegada de Michael Jackson no portão celestial (com João Gomes de Sá), João da Viola e a princesa interesseiraPedro Malasartes e o urubu adivinhão e vários outros folhetos.

LEANDRO GOMES DE BARROS nasceu no município de Pombal, PB, em 19 de novembro de 1865 , e morreu em Recife, PE, em 4 de março de 1918. Disputa com Pirauá o pioneirismo na publicação de histórias versadas em folhetos. Até os 15 anos viveu em Teixeira, centro de poesia popular; mudou-se então para Pernambuco, tendo vivido então em Vitória, Jaboatão e Recife. Começou a escrever em 1889, e sempre viveu do que lhe rendiam suas histórias versadas; escrevendo e vendendo folhetos sustentou enorme família. Câmara Cascudo o descreve como: "baixo, grosso, de olhos claros, bigodão espesso, meio corcovado, risonho contador de anedotas... parecia mais um fazendeiro que um poeta...". De espírito crítico, satírico e contestador, em seus versos criticou os desmandos de seu tempo, principalmente os políticos, religiosos e os referentes à interferência estrangeira no Nordeste. Não há certeza quanto ao número de suas obras, mas sabe-se que foram muitas e de boa qualidade, tanto que são reimpressas e procuradas até hoje. Depois de sua morte, sofreu (infelizmente) o processo habitual de se apossarem da autoria de suas obras, adulterando o acróstico final, quando havia, e omitindo o seu nome. É o maior clássico da poesia popular brasileira, consideram-no o primeiro sem segundo. Dentre os muitos títulos legados à posteridade, destacamos: A batalha de Oliveiros com FerrabrásA confissão de Antonio SilvinoA força do amorA morte de Alonso e A vingança de MarinaA prisão de Oliveiros e seus companheirosA peleja de Leandro Gomes com uma velha de SergipeComo Antônio Silvino fez o diabo chocarDonzela TeodoraHistória da Índia NeciHistória de João da CruzHistória do Boi MisteriosoHistória de Roberto do DiaboJuvenal e o dragãoO cachorro dos mortosOs sofrimentos de AlziraPeleja de Manoel Riachão com o DiaboSuspiros de um sertanejoVida e testamento de Cancão de Fogo.

LUIZ DA COSTA PINHEIRO nasceu em Goianinha, RN, e faleceu em Fortaleza, CE. Seus trabalhos foram publicados, inicialmente, pela Guajarina de Belém do Pará. É autor de grandes romances, como Perdidos no desertoABC da Saudade, História de João Jogador, O casamento de Lusbel, História do boi mandingueiro e o cavalo misterioso, O papagaio misteriosoOs sofrimentos de Jobão e O negrão do Piauí.

MANOEL APOLINÁRIO PEREIRA nasceu em Pernambuco e morreu em 1955, em Juazeiro do Norte, CE. Poeta popular de boa inspiração, sobressaiu-se nos romances, embora tenha se dedicado a outros gêneros, esporadicamente. Dois de seus romances foram relançados pela Editora Luzeiro: Horácio e Enedina entre o amor e o orgulhoO filho de Evangelista do Pavão Misterioso.

MANUEL CAMILO DOS SANTOS, cantador violeiro, poeta popular, tipógrafo, xilógrafo, datilógrafo, horoscopista, escritor e editor nasceu no dia 9 de junho de 1905, no Município de Guarabira (PB). Foi criado na agricultura, mas a partir dos 18 anos dedicou-se ao comércio ambulante com uma tropa de burros de seu pai. Em 1936, já morando na capital João Pessoa e trabalhando como marceneiro, adota a cantoria como profissão, porém em 1940 abandona essa profissão, transfere-se para Campina Grande e lá inicia sua vida de poeta popular. 
Todavia, em 1942 retorna para Guarabira, desta vez para instalar a Tipografia e Folhetaria Santos, que se expande e leva seu proprietário a transferi-la, em 1953, para Campina Grande. Próspera, a Folhetaria faz de Manuel Camilo um editor bem sucedido e, em 1957, tendo adquirido novos equipamentos, ele a reinaugura com o nome de A Estrella da Poesia.
Obra em francês
Tendo publicado, de autoria própria, mais de 150 folhetos, teve como obra-prima, segundo o pesquisador Átila de Almeida, o folheto Viagem a São Saruê, que teve uma versão para o francês, Voyage a São Saruê, feita pela professora Idelete Muzart. No dia 8 de abril de 1987, faleceu em Campina Grande. Orígenes Lessa o chamava de “outro gigante do Nordeste” ou “uma das mais extraordinárias figuras dessa literatura (de cordel): Manuel Camilo dos Santos”.
Em sua homenagem, durante os festejos do maior São João do mundo, no Arraial Sítio São João, em Campina Grande, é instalada uma casa-folhetaria na qual ficam abertos para visitação pública peças e maquinários da Estrella da Poesia.Muitos foram os seus títulos reeditados, entre eles podemos citar o clássico Viagem a São Saruê, As palhaçadas de BiuO sabido sem estudo e O filho de Garcia. Se no primeiro folheto o autor se desvia das temáticas tradicionais (cangaço, pelejas, religião), e viaja em sonhos que, segundo Orígenes Lessa, é uma versão sertaneja do Vou-me embora pra Pasárgada, de Manuel Bandeira; no último folheto, conforme a opinião de Augusto de Campos, produz um poema de vanguarda, uma “concreção”. 
(Por Maurilio Antonio Dias de Sousa )

MANOEL CÂNDIDO DA SILVA nasceu em Piancó, PB, no dia 10 de setembro de 1922 e morreu em 22  de agosto de 2005. A sua biografia, publicada no romance Manassés e Marili, pela Editora Luzeiro, aponta que Manoel Cândido "foi poeta popular, vendedor de folhetos e ourives, e, ao tornar-se pastor evangélico, renunciou ao cordel." Sua filha Ruth Diana, no entanto, afirma que, apesar de não publicar mais cordéis, o poeta jamais deixou de escrever. Ainda segundo a biografia escrita pelo professor Hélio Cavenaghi, "residia à Rua Alto de Aracaju, 229, em Propriá, Sergipe." Suas obras mais famosas são: Jônatas e MauriceiaEdgar e EstelitaRisoleta e JuvinoManassés e Marili entre a luta e o amor.

MANOEL MONTEIRO DA SILVA (em arte, MANOEL MONTEIRO) nasceu em Bezerros, Pernambuco, no dia 4 de Fevereiro de 1937, e faleceu em Belém do Pará, a 7 de junho de 2014. Foi um dos mais inspirados poetas populares brasileiros, e um dos grandes responsáveis pela difusão da literatura nas escolas. Propagandista do NOVO CORDEL, reivindicando a atualização dos temas e a adequação da linguagem aos novos tempos, imprescindíveis à sobrevivência da literatura popular em verso. Detalhista, meticuloso, abordava em seus folhetos temas variados e polêmicos, com surpreendente objetividade. Dentre os muitos títulos de sua autoria, destacam-se: O Castigo da Soberba; Uma Tragédia de Amor; Peleja de Manoel Camilo com Manoel Monteiro; Padre Cícero: Político ou Padre? Cangaceiro ou Santo?. Morou durante quase toda a sua vida em Campina Grande – PB, divulgando a cultura e a história do estado que o acolheu através do Projeto Paraíba, Sim Senhor!, no qual apresentava resumos biográficos de ilustres filhos deste estado. Era membro da Academia Brasileira de Literatura de Cordel, onde ocupava a Cadeira de número 38, patroneada pelo poeta pernambucano Manoel Tomaz de Assis.


MANOEL D’ALMEIDA FILHO nasceu em Alagoa Grande, Paraíba, a 13 de outubro de 1914 e faleceu em Aracaju, Sergipe, a 8 de junho de 1995. Filho de Manoel Joaquim D’Almeida e Josefa Pastora da Conceição. Durante algum tempo foi cantador; porém é como poeta de bancada que se sobressaiu com uma obra extensa e de admirável qualidade. O seu primeiro folheto foi escrito em 1936: A Menina que Nasceu Pintada com as Sobrancelhas Raspadas. Por muitos anos manteve uma banca de folhetos em Aracaju, cidade em que viveu a maior parte de sua vida, exercendo salutar influência sobre um grupo de bons poetas da região, lutando pela atualização e correção da literatura de cordel. Em 1955 ajudou Rodolfo Coelho Cavalcante a organizar o primeiro Congresso de Trovadores e Violeiros, realizado em Salvador. Por esta ocasião, entrou em contato com a Editora Prelúdio (antecessora da Luzeiro) de São Paulo, onde publicaria boa parte de sua obra. Entre os muitos títulos que legou à posteridade destacam-se: A Sorte do Amor, Rufino, o Rei do BarulhoPadre Cícero, o Santo do JuazeiroOs Quatro sábios do reinoA Vitória de Floriano e a Negra FeiticeiraVicente, o Rei dos LadrõesJesus e o Mestre dos MestresJosafá e MarietaO Monstro MisteriosoO Feitiço Por Cima de FeiticeiroO Lobisomem EncantadoA Noiva do DiaboOs Três Conselhos da SorteO Comprador de BarulhoQuando a Coragem TriunfaOs Amigos do Barulho e o Bandido Carne FritaO Sacrifício do Amor e o Noivo RessuscitadoO Homem que numa Hora Passou Cem Anos AndandoO Príncipe enterrado Vivo e a Rainha JusticeiraOs Dois Amigos LeaisA Camponesa e o Príncipe EncantadoO Vaqueiro do Barulho, A Luta de Zé do Caixão com o Diabo. As suas obras sobre o cangaço ocupa lugar privilegiado na poesia popular destacando na sua extensa bibliografia Os Cabras de Lampião, a obra-prima do autor e, indubitavelmente, a melhor biografia em versos sobre o famoso cangaceiro. Almeida era revisor e selecionador de textos da Editora Luzeiro. Seu desaparecimento, em 1995, deixou uma lacuna impossível de ser preenchida. Em numero de versos, sua obra é a mais extensa da poesia popular brasileira.


MANOEL PEREIRA SOBRINHO (PEREIRA, MANOEL PEREIRA ou MANOEL nos acrósticos) nasceu no Distrito de Passagem, município de Patos de Espinhara, PB, aos 6 de agosto de 1918. Poeta popular, entre 1948 e 1956 foi editor em Campina Grande, PB. Nos fins da década de 50, mudou-se para São Paulo, ligando-se à Editora Prelúdio (antecessora da Editora Luzeiro), para a qual reescreveu romances de Leandro e de outros autores famosos, conservando os títulos originais. Sua produção é muito grande, e nela se destacam os romances. Caracterizou-se por dizer o que pensava em termos rudes, tendo às vezes sido malquisto por isso. Sobrinho, Morto em 1996, é um dos grandes versificadores da história do cordel.
Folhetos lançados pela Editora Luzeiro: A escrava do destinoDimas e Madalena nos labirintos da sorteHelena, a virgem dos sonhosOs sofrimentos de Célia ou As três espadas de doresRosinha e SebastiãoTiradentes, o Mártir da Independência.

MARCO HAURÉLIO nasceu na localidade Ponta da Serra, município de Riacho de Santana, sertão baiano, no dia 05 de julho de 1974. Filho de Valdi Fernandes Farias e Maria Fernandes de Souza Farias. Poeta, pesquisador de cultura popular, é, atualmente, editor da Nova Alexandria, de São Paulo, pela qual coordena a Coleção Clássicos em Cordel. Para esta coleção adaptou A megera domada, de William Shakespeare, e O  Conde de Monte Cristo, de Alexandre Dumas. Licenciou-se em Letras Vernáculas pela Universidade do Estado da Bahia-UNEB, Campus VI - Caetité. Autor, entre outros, de Galopando o Cavalo PensamentoA maldição das sandálias do pão-duro Abu Kasem, editados pela Tupynanquim, de Fortaleza, Ceará. Ministra palestras e oficinas sobre cordel e cultura popular. Vários títulos seus foram lançados pela Editora Luzeiro: A briga do major Ramiro com o DiaboA idade do diaboAs Três Folhas da SerpenteO herói da Montanha NegraNordeste, terra de bravosHistória de Belisfronte, o filho do pescadorHistória da Moura TortaO romance do príncipe do reino do Limo VerdeSerra do Ramalho, um Brasil que o Brasil precisa conhecerPresepadas de Chicó e Astúcias de João GriloO Cordel: sua história, seus valores (com João Gomes de Sá) e Os Três Conselhos SagradosAutor, ainda, dos livros infantis A lenda do Saci-Pererê em cordelTraquinagens de João Grilo (estes dois pela Paulus Editora), O príncipe que via defeito em tudo (Acatu) e Os três porquinhos em cordel(Nova Alexandria). Pesquisador da cultura popular, reuniu várias histórias contadas pelo povo nas antologias Contos folclóricos Brasileiros (Paulus) e Contos e fábulas do Brasil (Nova Alexandria). O melhor de sua produção poética foi reunido no livro Meus romances de cordel  (Global Editora).

MARIA DAS NEVES BATISTA PIMENTEL nasceu na capital da Paraíba, posteriormente chamada de João Pessoa, 02 de agosto de 1913, e faleceu no dia 15 de outubro de 1994. Era filha do grande poeta cordelista Francisco das Chagas Batista e de Hugolina Nunes da Costa. Publicou, em 1938, o cordel O violino do diabo ou o valor da honestidade, constando como a grande pioneira neste gênero entre as mulheres. Na época, diante do preconceito e do conservadorismo, optou por usar o pseudônimo Altino Alagoano creditando seus títulos a Altino de Alencar Pimentel, seu esposo. Em 1993, em entrevista concedida a Maristela Mendonça, ela explicou a razão: “Todos os folhetos que foram vendidos na Livraria de meu pai ou que foram impressos, tinham nome de homem, eram homens que faziam, não existia naquele tempo, folheto feito por mulher, e eu, para que não fosse a única, né? Meu nome aparecesse no folheto, não fosse eu a única, então eu disse: – Eu não vou botar meu nome. Aí meu marido disse: – Coloque Altino Alagoano”.

Obras publicadas (todas sob o pseudônimo Altino Alagoano):  O Corcunda de Notre Dame, baseado no romance homônimo de Victor Hugo; O amor nunca morre, inspirado no romance Manon Lescaut, do Abade Prévost; e O violino do diabo ou o Valor da Honestidade, inspirado no romance O violino do diabo, de Enrique Pérez Escrich, autor do célebre O Mártir do Gólgota

Maria de Lourdes Aragão Catunda, mais conhecida como DALINHA CATUNDA, nasceu em Ipueiras (CE) no dia 28 de outubro de 1952 e radicou-se, ainda jovem, no Rio de Janeiro. É filha de Espedito Catunda de Pinho e Maria Neuza Catunda. é uma cordelista, declamadora e contadora de histórias. Traz no sangue o dom artístico, pois a mãe era poetisa e a tia contadora de histórias. É membro da Academia Brasileira de Literatura de Cordel (ABLC), ocupando a cadeira 25 patroneada por Juvenal Galeno. Pertence a outras entidades, como a Academia Ipuense de Letras, Ciências e Artes (AILCA), e é sócia benemérita da Academia dos Cordelistas do Crato. Mantém, com Rosário Pinto, colega da ABLC, o blogue Cordel de Saia, pioneiro por chamar a atenção para a produção feminina na Literatura de Cordel. 

 

MARIA ILZA BEZERRA nasceu no dia 22 de dezembro de 1959, em Fronteiras, Piauí. Alfabetizada pela sua mãe costureira, o seu primeiro contato com o mundo da leitura foi por meio dos romances de cordel, dentre eles: Iracema,  de Alfredo Pessoa de Lima, O Macaco Misterioso, de João José da Silva, O Pavão Misterioso e Coco-Verde e Melancia, de José Camelo de Melo Resende, que lia diariamente para seus pais e vizinhos idosos. Mais tarde descobriu os clássicos da literatura, dentre eles William Shakespeare, de quem adaptaria, depois, para o cordel, a tragédia Romeu e Julieta, lançada pela Editora Luzeiro. Graduada em Letras-Português-Inglês-Literatura. Especialista em Literatura Brasileira, Ensino e Comunicação e Cultura. Com sua itinerância estudantil: Fronteiras-PI, Teresina-PI, Campos Sales-CE, Picos-PI, Araripina-PE, Maceió-AL. Em 1986 mudou-se para Maceió-AL, onde morou 13 anos. Em 2000 retornou para sua cidade de origem, onde morou por 5 anos. Em 2005, fixou-se em Teresina, onde reside atualmente com seus três filhos.

Mariane Bigio Nascimento, que assina seus cordéis como Mariane Bigio e Mari Bigio, nasceu em Recife (PE) no dia 16 de dezembro de 1987. Graduada em Comunicação Social com habilitação em Rádio e TV pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e pós-graduada em Cultura e Comunicação na AESO Faculdade Integradas Barros Melo, Mariane estreou na arte do cordel declamando nos mercados públicos por influência de José Honório, fundador da União dos Cordelistas de Pernambuco (Unicordel). Em 2008 formou, com as amigas Susana Morais, Cida Pedrosa e Silvana Menezes, o Grupo Vozes Femininas e assim participam de recitais, inclusive para crianças em ações que lançaram luzes sobre a produção feminina no cordel. Em 2012, quando lançou uma coletânea de cordéis infantis para ler e colorir, premiada pelo Ministério da Cultura (MinC). Dentre a sua obra, que já é vasta, destacam-se: Um Cordel para Muitos Chapéus (Edições Bagaço, PE, 2015), Dentro do Bucho, Um Bicho! (Evoluir, SP, 2015), Hortência (Editora Coqueiro, Prefeitura do Recife, 2015), O Baú de Surpresas (IMEPH, CE, 2016), O Quebra-Nozes em Cordel (IMEPH, CE, 2016).


MINELVINO FRANCISCO SILVA nasceu na Fazenda Olhos D'água de Belém, município de Mundo Novo, BA, aos 29 de novembro de 1926, e faleceu em Itabuna, BA, no dia em que fazia aniversário, no ano de 1998. Além de trovador, era xilógrafo, fotógrafo e tipógrafo. Incansável batalhador pelos direitos dos poetas populares, em 1956 apresentou um projeto à Câmara de Vereadores de Itabuna, dando a denominação de Rua dos Trovadores a uma das vias públicas da cidade. Lutou também para conseguir o direito de aposentadoria para os trovadores. Profundamente religioso, místico até, denominava-se O Trovador Apóstolo. Muito fecundo, sua obra aproxima de meio milhar de folhetos. É falecido. Vários títulos de sua lavra foram lançados pela Editora Luzeiro: A segunda vida de Cancão de FogoAntônio Conselheiro e a Guerra de CanudosEncontro de Cancão de Fogo com Pedro MalazarteHistória do bicho de sete cabeçasHistória do gigante Quebra-Osso e o castelo mal-assombradoHistória do valente João Acaba-Mundo e a serpente negraHistória do vaqueiro DamiãoJoão Valente e a montanha malditaO Cangaceiro do NordesteO Martim Tomba-Serra e o gigante do deserto.

MOREIRA DE ACOPIARA nasceu em julho de 1961, no Sítio Cantinho, município de Acopiara, interior do Ceará, onde viveu até os 20 anos de idade. Foi alfabetizado pela mãe, entre os trabalhadores da fazenda e a leitura de livros de bons autores como Graciliano Ramos, Machado de Assis, Patativa do Assaré, entre outros. Poeta estudioso e conhecedor da cultura popular brasileira, exímio declamador, Moreira de Acopiara frequentemente tem sido convidado para proferir palestras e ministrar oficinas e workshops sobre literatura de cordel, xilogravura e repente, nos quatro cantos do Brasil. Autor de quase uma centena de folhetos e de vários livros de poemas e infantojuvenis, como As Aventuras de Robinson Crusoé (Nova Alexandria), Medo: eu, hem! e Cordel em Arte e Versos (Duna Duetto).

NATANAEL DE LIMA ( NDELIMA nos acrósticos ) nasceu aos 11 de janeiro de 1922, na então vila ( hoje cidade ) de Fagundes, município de Campina Grande, PB. De família pobre, não pôde estudar, e começou a vida como agricultor. Em 1940 cantava emboladas. Em 1942 comprou uma viola, por influência do cantor violeiro Manoel Fabrício da Silva (Asa Branca), com quem passou a cantar no sertão paraibano, ganhando renome em pouco tempo. Em 1946 publicou seu primeiro livro, O Brasil em decadência, que teve grande êxito em todo o Nordeste; em seguida publicou Zuzu e CarmelitaJosino e NestorinaJoão sem DireçãoGenival e Belinha e muitos outros. Em 1950, vindo ao Rio de Janeiro, conquistou o primeiro lugar cantando no programa Onde está o poeta, de Almirante; ainda nessa viagem ganhou um prêmio, desafiando seis poetas cantadores no Teatro João Caetano. Voltando à Paraíba, negligenciou a poesia e foi trabalhar como carpinteiro, na construção civil. É falecido. Folhetos lançados pela Editora Luzeiro: O ferreiro das três idades, O escravo fielO romance de João sem Direção.

NEZITE ALENCAR nasceu no sítio Olho D’água dos Guálteres, distrito de Quixariú-Campos Sales-CE. É graduada em História pela Universidade Regional do Cariri, com especialização em História do Brasil. Professora aposentada, escreve poesia desde a adolescência. Publicou em 1987 seu primeiro livro Em Forma de Coração, seguido por Flor do Mato (poesia) em 2006. Na Coleção Cordel da Editora Paulus tem três títulos publicados: Canudos, o movimento e o massacre em cordel, Tiradentes e a Inconfidência Mineira e Afro-Brasil em cordel. Pela mesma editora lançou recentemente o paradidático Cordel das Festas e Danças Populares. Foi selecionada para o Prêmio Mais Cultura de Literatura De Cordel - 2010, do Ministério da Cultura, com o livro infantil Juanito e o monstro marinho. Membro da Academia dos Cordelistas do Crato desde 2006, Nezite ocupa a cadeira 21.

 

Maria Nilza Dias Pereira, mais conhecida como NILZA DIAS, nasceu em Guarujá, São Paulo, e foi criada na cidade de Poções, interior baiano. Filha de nordestinos, na infância e juventude, bebeu na fonte da cultura local em suas mais variadas manifestações, com destaque para a literatura de cordel. Radicada na Grande São Paulo desde 1996, é graduada em Pedagogia e Letras e professora da rede pública. Como autora participou das coletâneas
Visão Poética 2020 e Intenções Poéticas, além de outras antologias. Como cordelista, tem diversas publicações, entre elas Multidão Solitária, Luas de Mulher, A Lenda da Cachorra Helena e A Viúva e o Juiz. É autora, ainda, de uma versão rimada do romance Orgulho e Preconceito, de Jane Austen, (Editora Florear), e de uma adaptação ainda inédita do romance Úrsula, de Maria Firmina dos Reis. Além de dialogar com a literatura clássica, sua obra discute questões raciais e de gênero e contribui com a divulgação da cultura popular brasileira por meio do resgate amoroso das memórias de infância. 

Francisco Paiva das Neves, em arte PAIVA NEVES, nasceu no dia 1º de dezembro de 1963, na cidade de Cedro, Sertão do Centro-Sul do Ceará.  Ao completar 15 anos, em 1978, veio morar em Fortaleza e, desde 1989, reside em Maracanaú. Seu primeiro contato com a poesia e a arte popular foi por meio de manifestações como reisado, aboio, embolada, repente, histórias de trancoso e leituras de romance de cordel. Em 1999, editou Cadente estrela e, em 2005, publicou outro livro de poemas, Retrato urbano, ambos com ilustrações e prefácio de Audifax Rios. É sócio-fundador da SOPOEMA (Sociedade dos Poetas de Maracanaú) e membro de AESTROFE (Associação de Escritores, Trovadores e Folheteiros do Estado do Ceará).  Seu primeiro folheto de cordel, O último macho do mundo foi editado pela Tupynanquim Editora, de Fortaleza. É autor também de uma elogiada versão do clássico O príncipe e o mendigo, de Mark Twain, para a coleção Clássicos em Cordel, da editora Nova Alexandria. 


PAULO NUNES BATISTA nasceu em João Pessoa, Paraíba, em 1924 e faleceu em Anápolis, Goiás, no dia 1º de dezembro de 2019, com 95 anos. Cordelista, advogado e jornalista, é filho do famoso poeta Francisco das Chagas Batista, irmão de Sebastião Nunes Batista, pesquisador emérito da Literatura Popular em Verso, e de Maria das Neves Batista Pimentel, a primeira mulher a publicar um folheto no Brasil. O autor desfruta de grande prestígio na Literatura de Cordel, tendo seu nome citado na Grande Enciclopédia Delta Larousse. Seus textos poéticos foram traduzidos até para o japonês. Escreveu e editou dezenas de livros, sendo, no cordel, o ABC a modalidade que mais abraçou. Autor, entre outros títulos, de Zé Bico Doce, o Rei da MalandragemOs Crimes do GoianãoAs Astúcias de BertoldoAs Novas Proezas de João GriloUm Drama nas Selvas do AmazonasO Negrinho do PastoreioAs Lábias de Coré MãozinhaO Desafio de João Fava com Juca BaiacuO Negrinho do Pastoreio etc. 

PEDRO MONTEIRO, filho dos lavradores Raimundo Monteiro de Carvalho e Maria Verônica de Carvalho, nasceu aos 25 de Março de 1956, em Campo Maior, Piauí. Teve uma infância tipicamente roceira ouvindo contos e histórias à luz de lamparina e, principalmente, nos terreiros enluarados. Têm raízes fincadas em solos "brasis" nordestinos, onde viveu até seus dezessete anos, e depois, na periferia paulistana, adquirindo largas experiências, inserido nas lutas por justiça social e desenvolvimento humano. Tudo isso, acrescido de muito esforço na observação dos sentidos e nas centenas de livros devorados caprichosamente. Apreciador e divulgador do cordel, do teatro, e de outras formas de expressão da arte e da cultura popular. Atuou como ator nas peças: Saúde! Salve-se quem puder e em Danação, entre outras. Publicou pela Editora Luzeiro os cordéis: Chicó, o menino das cem mentiras e pela Editora Tupynanquim João Grilo, um presepeiro no Palácio, que integra a Antologia do cordel brasileiro (a ser publicada pela Global Editora).

Joaquim Batista de Sena, Rodolfo, 
Alberto Porfírio e Carolino Leobas
RODOLFO COELHO CAVALCANTE nasceu em Rio Largo, AL, aos 12 de março de 1919, filho de Artur de Holanda Cavalcante e Maria Coelho Cavalcante. Morreu atropelado em frente à sua casa no bairro da Liberdade, em 1987. Aos 13 anos de idade, deixou a casa paterna. Percorreu todo o interior dos estados de Alagoas, Sergipe, Ceará, Piauí e Maranhão, como propagandista, palhaço de circo e camelô. Fixando-se em Salvador, BA, desde 1945 escreve suas histórias em versos e milita no jornalismo. Era membro fundador da Associação de Imprensa Periódica da Bahia, e filiado à Associação Baiana de Imprensa. Trovador entusiasta, fundou A voz do trovador, O trovador e Brasil poético, órgãos do movimento trovadoresco. Tem idealizado e realizado muitos movimentos, visando à união dos cantadores. Em julho de 1955, com Manoel D'Almeida Filho e outros expoentes da poesia popular, realizou o 1º Congresso Nacional de Trovadores e Violeiros, ocasião em que foi fundada a Associação Nacional de Trovadores e Violeiros, hoje Grêmio Brasileiro de Trovadores, com sede em Salvador, BA. Sua obra é extensa e das mais variadas.
Representante da Editora Luzeiro, publicou por esta casa editorial várias obras, entre elas: A chegada de Lampião no céuABC dos namorados, do amor, do beijo, da dançaHistória do Príncipe FormosoO mundo vai se acabarQuem ama mulher casada não tem a vida segura.

Romildo Carneiro Alves (ROMILDO ALVES), o garotinho do cordel, nasceu em Riachão do Jacuípe (BA) em 18 de agosto de 1986 e reside em Feira de Santana. Filho de vaqueiro, morou muito tempo em fazenda, onde começou desenvolver seus primeiros versos. A paisagem e os costumes sertanejos forjaram um poeta que reflete em seus cordéis o orgulho em fazer parte desse cenário ímpar. Seu trabalho é elaborado numa linguagem mesclada entre “Formalidades Informais” e “Informalidades Formais”, termos que considera adequados para o seu perfil sertanejo erudito. Estudante de Letras (UEFS), expõe seus cordéis na Feira do Livro – Festival Literário de Feira de Santana – e participa de eventos em várias cidades do interior baiano, divulgando sua produção. Alguns títulos publicados: Madalena das Mercês, a Menina que Virou Cobra (2013), Oferta e Encomenda (2013), O Erro do IBGE (2014), Insegurança Pública e Outras Consequências Fúnebres (2014), Brasil um Negro por Excelência (2015) Minha Irmã e o Whatsapp (2015), UEFS – Patrimônio do Povo Baiano (2016) e O Surto no Shopping Center (2016).

Rosa Ramos Regis da Silva, mais conhecida como ROSA RÉGIS, nasceu no Sítio Jerimum, em Mamanguape (PB), atualmente Jacaraú (PB), filha de Fortunato Ramos Regis e de Maria Joaquina de Farias. Em 1966, mudou-se para Natal (RN). Rosa é Bacharel em Economia e Filosofia pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Começou a escrever poesia quando estava prestes a aposentar-se. Graduou-se em Filosofia e chamou a atenção ao apresentar seu discurso de formatura, do Bacharelado e da Licenciatura em Filosofia em cordel. É membro da Academia de Trovas do Rio Grande do Norte (ATRN); da Academia Norte-Rio-Grandense de Literatura de Cordel (ANLIC);da  Associação Cultural Casa do Cordel (ACCC); da Associação Estadual de Poetas Populares (AEPP), entre outras entidades. 


Rouxinol ao lado de sua filha, 
a também cordelista Julie Ane
ROUXINOL DO RINARÉ nasceu em Rinaré, Quixadá-CE, aos 28 de setembro de 1966. Recebeu na pia batismal o nome de Antonio Carlos da Silva. Poeta cordelista, com mais de 50 títulos publicados em cordel, a maioria pela Tupynanquim Editora. Seu trabalho como cordelista já foi citado nos principais jornais e revistas do Brasil, e também na França nas revistas LatitudesQuadrant e Infos Brésil. Seu cordel Antonio Conselheiro e a guerra de Canudos (em parceria com Queiroz de França) foi citado numa prova de história do vestibular da UFC. Foi premiado nacionalmente com o 1º lugar no I Concurso Paulista de Literatura de Cordel (2002) e 2º lugar na segunda edição do mesmo concurso, em 2003. Entre outras atividades ministra oficinas de Literatura de Cordel. Três títulos de sua autoria figuram, certamente, entre os clássicos do cordel: O Justiceiro do NorteO Alienista e O Guarda-Floresta e o Capitão de Ladrões.

SÁ DE JOÃO PESSOA nasceu em 1942 na cidade de Rio Tinto (PB). Atualmente reside no Rio de Janeiro. Desde menino ouvia cantador dizer folheto, cuja estória sempre era interrompida do meio para o fim pra atrair o comprador. “Quer saber o final? Compra!” Sendo um liso, segundo o autor, ele ficava esperando todo mundo sair pra perguntar o final. Estabelecido no Rio, fez ponto na Feira de São Cristóvão (Rio de Janeiro) e não é de vender muito folheto, mas Franklin Maxado, Drummond, Zé Andrade, Gonçalo, Orígenes Lessa e mamãe, gostaram, e ele resolveu escrever alguns. Bibliografia: A corrupção hoje em dia; Brizola presidente, pra dar jeito no Brasil; Debate entre Paulo Maluf e Ibrahim Sued; Maxado pra presidente!; O discurso do candidato; Franklin Maxado à presidência; O mundo de Zé Andrade; Partidos em Kordel (sic); Seca, Fome e Miséria; Os milagres de São Tancredo (com Franklin Maxado); Tancredo: 39 dias de agonia; A vitória de Tancredo Neves à Presidência da República; A morte de Pedro Nava; Vida e morte de Orígenes Lessa; O vampiro de Santa Teresa; O louco do volante; Está fundada a ABC (Academia Brasileira de Cordel e Cachaça); A volta do cometa Halley; Vida e amores de Porcina, a viúva de Roque Santeiro; A volta de Roque Santeiro; ABC de Roque Santeiro; Corrupção, Democracia e Eleição; O amor de Xuxa e Pelé; Louvação pra Carlos Drummond de Andrade, entre outros.

SALETE MARIA é uma cordelista feminista brasileira. Atualmente trabalha como professora do Bacharelado em Estudos de Gênero e Diversidad da Universidade Federal da Bahia-UFBA. Durante anos foi professora do Curso de Direito da Universidade Regional do Cariri-URCA, sediada no sul do Ceará, onde, por mais de uma década também foi advogada de mulheres e homossexuais vítima de violência, tendo, inclusive, peticionado em formato de cordel. É membro-fundadora da Sociedade dos Cordelistas Mauditos (sic) - um importante movimento de jovens poetas, cantadores e performers fundado no ano 2000 em Juazeiro do Norte. Em março de 2014, Salete Maria completou “20 anos de cordelírio feminista e libertário”. Nessa trajetória, teve cordéis premiados pela Fundação Cultural do Estado da Bahia-FUNCEB, recitados pela atriz Deth Haak, musicados pela cantora Socorro Lira, citados pelo jornalista Arnaldo Jabor, encomendados pelos cineastas Vagner Almeida e Orlando Pereira e referenciados por diversos pesquisadores e amantes da literatura popular e da cultura oral, deste e de outros países. Transita entre diversas linguagens, opera com signos variados e apresenta uma rima inventiva, irônica, dramático-cômica e, sobretudo, política e intertextual. Salete Maria – que aprendeu a fazer cordel com uma avó cega e analfabeta - fez uma grande revolução na literatura de cordel, sendo a maior referência feminina neste campo, ao qual se dedica de corpo e alma.(Com informações do blogue da autora, Cordelirando)

 

SÁTYRO XAVIER BRANDÃO é um poeta popular natural de Propriá, SE. Costumava assinar suas obras simplesmente como Sátyro. Faleceu na primeira metade do século XX, tendo registrado boa parte de sua sofrida existência no folheto O Exemplo da Mocidade. Fez parte das levas de sergipanos pioneiros que desbravaram o sul da Bahia, quando da introdução da cultura do cacau. Suas obras mais conhecidas são A triste sorte de Jovelina e O exemplo da mocidade.

Severina Luís de França (SILVINHA FRANÇA) nasceu aos 13.12.1979, em Guarabira (PB), filha de José Luís de França (falecido) e Maria dos Anjos André. É mãe de três filhos: Caio, Carlos Eduardo e Benjamim Gabriel. Professora de geografia, com formação pela UEPB, especialista em Ciências Ambientais pelo Cintep, pesquisadora da pré-história, na região do agreste paraibano, é, ainda, servidora pública no Município de Curral de Cima. Ativista cultural, idealizou o projeto, ARAÇACULTURA, e tem sua trajetória na vida discente marcada pelo cordel, onde aprendeu a ler com os folhetos de Cordel de José Camelo de Melo Resende, Leandro Gomes de Barros, como o imortal romance O cachorro dos mortos. Começa a escrever a partir de 2011, publicando A Princesa Encantada da Lagoa do Caju, seguido de outros cordéis, incluindo Um autista em minha vida, inspirado em seu filho. Em maio de 2020, homenageou o inesquecível músico Sivuca com o cordel SIVUCA, o poeta dos sons. Em março de 2020, reuniu e formou um grupo virtual de mulheres cordelistas, Cordel das Rosas, objetivando conhecer, estudar e escrever cordéis e estimular outras mulheres a fazerem parte desse campo de atuação literária majoritariamente masculino. 

SEVERINO BORGES SILVA nasceu aos 8 de outubro de 1919, em Aliança, PE. Faleceu em 1991. Violeiro improvisador e poeta popular de grande talento e inspiração, criou e versou muitos folhetos de Literatura de Cordel. Estudioso e inteligente, era um dos maiores improvisadores do Nordeste. Vendia folhetos, esporadicamente, pois sua maior fonte de renda era a viola, da qual tirava a manutenção de sua numerosa família. Residia em Timbaúba, PE. Adquiridos junto a João José da Silva, vários textos de sua autoria foram relançados pela Luzeiro de São Paulo: A Princesa Anabela e o filho do lenhadorAmor de mãeO cavaleiro das floresO romance da Princesa do Reino do Mar Sem FimO valente Felisberto ou O Reino dos EncantosO verdadeiro romance do herói João de CalaisPeleja de Severino Borges com Patativa do Norte.

SEVERINO GONÇALVES DE OLIVEIRA (também conhecido por Cirilo de Oliveira, ou simplesmente Cirilo, como usava nos acrósticos), foi xilógrafo e trovador. Na temática de suas obras de Literatura de Cordel, predominam a religião e a bravura. Morreu assassinado no município de Gravatá, estado de Pernambuco. Alguns títulos de sua lavra: A vitória do príncipe Roldão no Reino do PensamentoAs perguntas do rei e as respostas de CamõesCidrão e Helena.

SEVERINO MILANÊS DA SILVA nasceu em Bezerros, Pernambuco. Foi cantador e poeta popular, e entre suas obras merecem destaque: A greve dos animaisHistória de Luís e NoêmiaHistória do Valentão do MundoPeleja de Severino Pinto com Severino Milanês, entre outras.  Seu mestre foi o grande poeta paraibano José Galdino da Silva Duda. Segundo o professor Roberto Benjamin, "Sua produção é bastante diversificada. É autor do Forte Pernambucano, escrito na década de 40, um marco, gênero de poema mais longo realizado pelos poetas de gabinete, isto é, por aqueles que só escreviam e em geral não eram cantadores, ampliando ainda mais seu campo de ação, já que possuía fama de grande repentista e glosador." 

 

SILVINO PIRAUÁ DE LIMA, cantador e poeta popular, nasceu em Patos, Paraíba, em 1848 e morreu em Bezerros, Pernambuco, em 1913, vitimado pela varíola. Acompanhava o famoso Romano do Teixeira em suas andanças pelo Norte e Nordeste. Foi o popularizador do romance rimado, no Nordeste brasileiro. Autor dos seguintes folhetos, entre muitos outros: História de Zezinho e MariquinhaHistória do capitão do navioTrês moças que quiseram casar com um só moçoA vingança do sultãoDescrição da ParaíbaDescrição do AmazonasHistória da Princesa Rosa.

VÂNIA FREITAS (Maria Vânia F. de Alencar Carvalho Frota) – cordelista, trovadora, atriz, nasceu em 1948, Fortaleza (CE), filha do poeta Alencar (1905-1959). Licenciada em Letras, com especialização na área da de administração pública. Embora tenha abraçado a literatura de cordel há alguns anos, é possuidora de rica poética. Vários títulos publicados, desses muitos são citados em artigos de jornais e em monografias. Tem os cordéis Viva mais alegre saudável com a plantas medicinais no livro Romaria de Versos de Francisca Pereira dos Santos (Fanka), Expressão Gráfica e Editora Ltda, Fortaleza(CE), 2008; Do pau de arara à presidência da República no livro Lula na Literatura de Cordel, editora Imeph, Fortaleza (CE), 2009. Também desenvolve a técnica de arte plástica. Como cordelista representou o Cecordel em 2005, no 1º Congresso Internacional de Literatura de cordel em João Pessoa, Paraíba. Em 2005 e 2007, representou a mesma entidade no  Congresso Cearense de Folclore em Limoeiro do Norte(CE). No I Encontro Mestres do Mundo na mesma cidade. Esteve presente no II Festival de Trovadores e Repentistas em Quixadá (sertão central).  Participou das Bienais Internacionais do Livro acontecidas em 2006 e 2008 em Fortaleza(CE). Em 2007, Recebeu a estatueta de São Gonçalo no III Festival de Trovadores e Repentistas em Senador Pompeu (CE). Em 2007, recebeu o I Prêmio Construindo a Igualdade de Gênero na Cultura Popular Nordestina em João Pessoa (PB). É esposa do poeta cordelista Gerardo Carvalho (Pardal).

 

VARNECI SANTOS DO NASCIMENTO nasceu em Banzaê, Bahia, no dia 24 de abril de 1978. Revelação da poesia popular, Varneci é autor de mais de 150 folhetos de cordel, muitos dos quais contam histórias bíblicas. Seu primeiro folheto foi escrito em 1998. Graduado em História pela Universidade Estadual da Paraíba, profere palestras sobre literatura de cordel em diversos espaços culturais,. Atualmente, reside em São Paulo, onde presta serviço à editora Luzeiro, especialmente na seleção de títulos a serem publicados. Autor, entre outros, dos seguintes títulos: O massacre de CanudosA morte e a justiçaCangaço – um movimento socialVisita de Lampião a Padre Cícero no Céu, Os dez mandamentos do preguiçoso, A mãe abandonada. Para a Coleção Clássicos em Cordel, da editora Nova Alexandria, escreveu Memórias póstumas de Brás Cubas A escrava Isaura.

VICENTE VITORINO DE MELO nasceu em Limoeiro-PE, em 16 de novembro de 1917. Foi cantador de viola até 1950. A partir daí começou a escrever folhetos e publicar um almanaque anual de astrologia - o Almanaque do Nordeste, que existe desde 1952. Seu primeiro folheto data de 1948: O exemplo da asa branca profetizado por Frei Damião. Reside atualmente em Caruaru-PE e possui alguns originais ainda inéditos. Um deles foi publicado pela Tupynanquim Editora: O príncipe Alípio - ou o julgamento de Satanás, no  qual Vicente demonstra ser um bom poeta de bancada. Sua obra mais conhecida é A discussão de um crente com um cachaceiro, um dos clássicos do gênero. São de sua autoria, além dos já citados, os seguintes folhetos: A filha da peregrinaA firmeza de Alzira e o heroísmo de ZezinhoExemplo dos quatro conselhosHistória de Alexandrino e Aulina,  História de Luizinho e o velho feiticeiroHorrores que a Asa Branca trazJoão Sabido e o cacetinho mágicoO horror da carestia(Por Arievaldo Viana)

NotaPor dois anos trabalhei na editora Luzeiro, lançando novos autores, relançando clássicos de autores como Leandro Gomes de Barros e Delarme Monteiro da Silva e organizando o acervo. Outra tarefa foi a atualização biobibliográfica, continuando o trabalho do saudoso professor Hélio Cavenaghi (1924-1984). Parte desta pesquisa, com algumas adaptações, está aqui reproduzida. As outras fontes a que recorri, como o professor Maurílio Dias e o cordelista e pesquisador Arievaldo Viana, aparecem creditadas abaixo da nota biográfica. Este Dicionário, embora não se pretenda completo, será constantemente atualizado.

Fontes:

ALMEIDA, Átila, ALVES SOBRINHO, José. Dicionário biobiliográfico de repentistas e poetas de bancada. João Pessoa: Editora universitária, 1978.

CASCUDO, Luís da Câmara. Vaqueiros e cantadores. Belo Horizonte: Itatiaia; São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 1984.

HAURÉLIO, Marco. Literatura de Cordel: do sertão à sala de aula. 2ª ed. São Paulo: Paulus, 2019. 

LIMA, Egídio Oliveira. Folhetos de Cordel. João Pessoa: Editora Universitária, 1978.

LOPES, José Ribamar (org.). Literatura de Cordel; antologia. Fortaleza: Banco do Nordeste do Brasil, 2004.

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16 comentários:

Gerardo Frota disse...

Olá, poeta Marco Hauélio!
Paz e bem!

Li uma boa parte deste blog. Achei muito importante a postagem dos nomes dos poetas, dos mestres, dos novos e recentes,
Sou o peota Gerardo (PARDAL), atual presidente do CECORDEL do qual sou sócio fundador Este ano estaos completando 25 ANOS. EStAMOS PROGRAMANDO UMA SIGNIFICATIVA FESTA COMEMORATIVA. Já nos encontramos aqui em Fortaleza. Escrevo cordel desde 1998, quando escrevi um livro sobre São Francsico de Assis em cordel, editado pela Ed.Vozes. Folheitos,já tenho escrito mais de 80 títulos. folhtos na sua maioria, temáticos: Meio ambiente trânsito, cordel para criança (histórias infantis. Como não tenho como múblicar em grande tiragem, me viro, xerocando. GOSTARIA COMO FAZER PARA DIVULGAR MEU TRABLAHO NESTE BLOG. GOSTARIA TAMBEM DE PARTICIPAR DO DICIONÁRIO.

UM ABRAÇO AMIGO

DO POETA PARDAL

Gerardo Frota disse...

Sou o Pardal:
fiz um comentário recentemente e não coloquei o meu contato

meu e-mail: pardalcordel@yahoo.com.br

abraços

Pardal

Criatura Maligna disse...

Grande Minervino... Minha avó faleceu no mesmo dia e foi enterrada ao lado dele no Cemitério Campo Santo de Itabuna.
Pena que seu trabalho nunca tenha recebido o devido reconhecimento pelo poder público local.

Parabéns pela postagem!

Anônimo disse...

Que Dicionário perfeito, maravilhoso...sou cordelista mas não faço parte dele. Quais são os critérios para fazer parte dele?
Sou MARIA ILZA BEZERRA, piauiense, autora de cordel, dentre eles o Romeu e Julieta, editado pela Luzeiro.

Nelson Lima disse...

Poxa! Que riqueza é o movimento cordeliano no Brasil. Esse blog é arretado de bom e muito útil...vou recomenda-lo a tantos quanto possa...parabéns.

Marlene disse...

Como sempre, estou buscando referencias nas ricas informações do poeta Marco Haurélio!!
Forte abraço!! Obrigada por compartilhar dessa linda e riquíssima arte!

Marlene disse...

Como sempre, buscando referencias junto aos conhecimentos do autor Maro Haurélio!! Obrigada por compartilhar de tão rica história da literatura de cordel!!! um forte abraço!

Edgar Borges disse...

Parabéns pelo dicionário.
Abraços literários de Roraima.

Josué do Cordel disse...

Tem critérios?

marcohaurelio disse...

Sim. É explicado na nota final e está explícito no título que usa a palavra "básico".

Josué do Cordel disse...

Parabéns pelo trabalho. Pode se tornar uma fonte confiável e ampla para a busca de informações sobre o assunto. Na verdade creio que estamos precisando de um site cordel tipo Google.

Romildo Alves disse...

Grandes nomes vi nesse dicionário
Muito embora esteja incompleto
Pois das letras do nosso alfabeto
Tem poetas nascendo a todo horário.
Desde um gênio da história, um lendário,
Às mais jovens promessas dessa escrita
O Cordel tem uma lista infinita
De autores pra serem inseridos
Mas os rumos estão bem definidos
E a chegada será muito bonita.

Romildo Alves, o Garotinho do Cordel

Romildo Alves disse...

Não sei se seria muita pretensão minha, mas enfim, se julgares digno acrescentar o meu nome à lista, aqui vai a minha ficha:

Romildo Carneiro Alves (Romildo Alves), o garotinho do cordel, nasceu em Riachão do Jacuípe em 18 de agosto de 1986 e reside em Feira de Santana, Bahia. Filho de vaqueiro morou muito tempo em fazenda, onde começou desenvolver seus primeiros versos.
A paisagem e os costumes sertanejos lhes forjaram um poeta que reflete em seus cordéis o orgulho em fazer parte desse cenário ímpar. Seu trabalho é elaborado numa linguagem mesclada entre “Formalidades Informais” e “Informalidades Formais”, termos que considera adequados para o seu perfil sertanejo erudito.
Estudante de Letras (UEFS) Expõe seus cordéis na Feira do Livro: Festival Literário de Feira de Santana e participa de eventos em várias cidades do interior baiano, divulgando sua produção. Títulos desse autor: “Madalena das Mercês a Menina que Virou Cobra” (2013), “Oferta e Encomenda” (2013), “O Erro do IBGE” (2014), “Insegurança Pública e Outras Consequências Fúnebres” (2014), “Brasil um Negro por Excelência” (2015) “Minha Irmã e o Whatsapp” (2015), “UEFS – Patrimônio do Povo Baiano” (2016) e “O Surto no Shopping Center” (2016).

José Edimar Mendes Barbosa disse...

Senti falta dos nomes de: Francisco Peres de Sousa, Piripiri - PI.(Chico dos Romances) José Ribamar de Barros Pinho, Coroatá MA. mora em Timon - MA.(Barripi)Joaquim Mendes Sobrinho, Pedro II - PI. mora em Teresina - pi.(Joames) Pedro Nonato Costa, Alto Longá - PI.(Pedro Costa)

Alexandra Lacerda disse...

Parabéns pelo lindo e confiável trabalho.
Foi um prazer conhecer seu blogue.

Alexandra Lacerda disse...

Parabéns pelo lindo e confiável trabalho. Foi um prazer conhecer seu blogue!