A literatura de cordel brasileira vive um momento singular. As editoras tradicionais Luzeiro, de São Paulo, e Tupynanquim, de Fortaleza, não se cansam de lançar novos títulos e reeditar clássicos consagrados. Apesar de continuar firme e forte no Nordeste, seu berço, o cordel alçou vôos consideráveis e, em pleno século XXI, saltou da maleta do folheteiro para o catálogo de grandes e médias editoras do centro-sul.
Uma iniciativa louvável é a da Hedra, que, sob supervisão do saudoso pesquisador Joseph Luyten, criou a série Biblioteca de Cordel, que reúne nomes como Zacarias José, autor de versões poéticas da Divina Comédia e de Robinson Crusoé. Na mesma coleção, nomes históricos como Rodolfo Coelho Cavalcante, João Martins de Athayde e os poetas da nova geração, Klévisson Viana e Rouxinol do Rinaré.
Outras iniciativas do meio editorial mostram que o cordel, revigorado, atinge um público bem diferente daquele que se deliciava com a leitura dos grandes romances de Leandro Gomes de Barros, patrono da poesia popular e insuperável no gênero. Costa Senna, músico, ator e poeta cearense, com a ajuda do traço peculiar de Jô Oliveira, refaz sua trajetória na antologia Caminhos Diversos: Sob os Signos do Cordel (Global, 2008). Arievaldo Viana, cearense criador do projeto Acorda Cordel na Sala de Aula, em parceria com o mesmo Jô, lançou pela Cortez A Ambição de Macbeth e A Maldade Feminina, impressionante versão do drama de William Shakespeare, em livro infanto-juvenil adotado pelo Programa Nacional de Bibliotecas da Escola – PNBE 2009. Klévisson Viana, seu irmão, foi contemplado no mesmo programa com sua adaptação de Os Miseráveis, de Victor Hugo, lançado pela editora paulistana Nova Alexandria, como volume inaugural da Coleção Clássicos em Cordel.
Da mesma Coleção, mais dois títulos entraram na seleção: O Corcunda de Notre-Dame, do poeta alagoano radicado em São Paulo, João Gomes de Sá; e A Megera Domada, comédia impagável do teatro shakespeariano cordelizada por Marco Haurélio, que coordena o Projeto, que ainda inclui duas versões de obras-primas do gênio Machado de Assis: Memórias Póstumas de Brás Cubas, de Varneci Nascimento, e O Alienista, de Rouxinol do Rinaré. A Espanhola Inglesa, novela exemplar do gênio espanhol Cervantes, ganhou roupagem nordestina pelas mãos do veterano Manoel Monteiro, um dos mais festejados autores da atualidade. O PNBE selecionou ainda outra obra oriunda do estro de um poeta nordestino: Cordel em Arte e Versos, do poeta e conferencista cearense Moreira de Acopiara, parceria vitoriosa das editoras Acatu/Duna Duetto. Fechando o rol, Minhas Rimas de Cordel (Editora Uno), do paulistano César Obeid.
Uma iniciativa louvável é a da Hedra, que, sob supervisão do saudoso pesquisador Joseph Luyten, criou a série Biblioteca de Cordel, que reúne nomes como Zacarias José, autor de versões poéticas da Divina Comédia e de Robinson Crusoé. Na mesma coleção, nomes históricos como Rodolfo Coelho Cavalcante, João Martins de Athayde e os poetas da nova geração, Klévisson Viana e Rouxinol do Rinaré.
Outras iniciativas do meio editorial mostram que o cordel, revigorado, atinge um público bem diferente daquele que se deliciava com a leitura dos grandes romances de Leandro Gomes de Barros, patrono da poesia popular e insuperável no gênero. Costa Senna, músico, ator e poeta cearense, com a ajuda do traço peculiar de Jô Oliveira, refaz sua trajetória na antologia Caminhos Diversos: Sob os Signos do Cordel (Global, 2008). Arievaldo Viana, cearense criador do projeto Acorda Cordel na Sala de Aula, em parceria com o mesmo Jô, lançou pela Cortez A Ambição de Macbeth e A Maldade Feminina, impressionante versão do drama de William Shakespeare, em livro infanto-juvenil adotado pelo Programa Nacional de Bibliotecas da Escola – PNBE 2009. Klévisson Viana, seu irmão, foi contemplado no mesmo programa com sua adaptação de Os Miseráveis, de Victor Hugo, lançado pela editora paulistana Nova Alexandria, como volume inaugural da Coleção Clássicos em Cordel.
Da mesma Coleção, mais dois títulos entraram na seleção: O Corcunda de Notre-Dame, do poeta alagoano radicado em São Paulo, João Gomes de Sá; e A Megera Domada, comédia impagável do teatro shakespeariano cordelizada por Marco Haurélio, que coordena o Projeto, que ainda inclui duas versões de obras-primas do gênio Machado de Assis: Memórias Póstumas de Brás Cubas, de Varneci Nascimento, e O Alienista, de Rouxinol do Rinaré. A Espanhola Inglesa, novela exemplar do gênio espanhol Cervantes, ganhou roupagem nordestina pelas mãos do veterano Manoel Monteiro, um dos mais festejados autores da atualidade. O PNBE selecionou ainda outra obra oriunda do estro de um poeta nordestino: Cordel em Arte e Versos, do poeta e conferencista cearense Moreira de Acopiara, parceria vitoriosa das editoras Acatu/Duna Duetto. Fechando o rol, Minhas Rimas de Cordel (Editora Uno), do paulistano César Obeid.