Navegando com o Cordel
terça-feira, 28 de julho de 2009
Pedro Monteiro estreia na Literatura de Cordel
O poeta, ator teatral e agitador cultural Pedro Monteiro estreou com o pé direito na Literatura de Cordel, com o precioso folheto Chicó, o Menino das Cem Mentiras.
Pedro foi buscar inspiração nos contos populares para compor a célebre figura do mentiroso presente em todas as literaturas de todas as épocas.
E me concedeu a honra de ilustrar o seu livrinho, o seu arrecife de estreia:
Meu estimado leitor,
Peço aqui vossa atenção
Pra falar dum Coronel,
Um homem sem coração,
Que se rende a um menino,
Como segue a narração:
O Coronel atendia
Por nome de Nicanor,
Era um sujeito perverso
Do coração sem amor,
Que oprimia e matava
O povo trabalhador.
Aos berros ele dizia,
Batendo forte no peito,
Que o desígnio da morte
Era o seu maior feito,
E só quem ele queria
À vida tinha direito.
Do jovem ao ancião,
No chicote ele tratava,
E quando ouvia um não,
A sua ira aumentava,
Mesmo que fosse mulher,
Sem piedade a matava.
Como todos têm seu dia,
O Nicanor teve o dele.
Estando preocupado
Com um assunto que ele
Preferia nem lembrar
Para não se sujar nele.
Buscando descontração,
Mandou rodar a notícia,
Prometendo pagar bem
Pra quem, com muita perícia,
Fosse lhe contar lorotas,
Que não tivesse malícia
(...)
O folheto Chicó, o Menino das Cem Mentiras será lançado no dia 1º de Agosto, no Espaço Cineclubista da Rua Augusta, 1239, durante a segunda reunião da Caravana do Cordel.
Bem-vindo, Pedro!
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Um comentário:
Cenário de uma história
que muito me fortalece,
primeira dedicatória
a gente jamais esquece.
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