Navegando com o Cordel
sábado, 22 de maio de 2010
Viagens na minha terra
Na terra de Anísio Teixeira
No dia 13 de maio, no auditório da Universidade do Estado da Bahia - UNEB, na cidade histórica de Caetité, BA, proferi uma palestra enfocando cordel e cultura popular.
Na ocasião, foi lançado, no meu estado de origem, bem próximo ao local onde nasci, o livro "Contos Folclóricos Brasileiros" (Paulus).
A atividade, que abriu o semestre do curso de Letras na UNEB, ocorreu a partir de uma solicitação do professor Rogério Soares de Brito.
Cursei Letras Vernáculas na UNEB entre 2001 e 2005.
O professor Rogério Soares abriu as atividades
O retorno marcou, também, o reencontro com muitos professores que acompanharam parte importante de minha caminhada: Zélia, Luciete, Lucélia, Rozânia, Luzineide e Raimundo, da UNEB.
E também Helenice e Niraci, de Serra do Ramalho, ainda quando eu cursava o ensino fundamental.
Antes, no dia 12, fui recebido no aeroporto de Vitória da Conquista por Rogério Soares, da UNEB, e "seu" Adão, motorista da Universidade.
Lá estava, também, o professor da UESB Andrade Leal, que gentilmente nos convidou a conhecer o seu acervo de cordéis e artefatos os mais diversos: parte da alma do Nordeste está (bem) guardada em sua casa.
A todos, meus votos de estima e a minha gratidão.
Passagem por Igaporã
Em Igaporã, no dia 14, reencontri parte de minha família: Dinha (Alaíde, minha avó), Padim Lô (Florisvaldo, meu avô) e as tias Marinalva, Dona e Dilma.
Aproveitei para visitar D. Jesuína Pereira Magalhães, que, neste dia, estava acompanhada de seu sobrinho Lucas.
Embora a memória, antes tão prodigiosa, esteja falha, D. Jesuína não perdeu o hábito de contar histórias.
Em Igaporã, reencontrei o amigo Rovilson Ribeiro
Um amigo na Natureza
Já em Serra do Ramalho, do outro lado do São Francisco, conheci o índio Arnaldo Pataxó, artesão e contador de histórias.
Arnaldo, proveniente do sul da Bahia, vive há 31 anos na região do Caldeirão Verde, onde descobriu um sítio arqueológico protegido pelas matas, hoje praticamente destruídas.
Arnaldo luta para criar, na região, um aldeamento pataxó.
Ele se diz ameaçado por latifundiários que já se aproximaram perigosamente do local onde escolheu para viver.
Como artista, Arnaldo retrabalha a matéria bruta, imprime nela novamente a vida a partir de madeira descartada, coco seco e sementes.
Um prodígio!
Jacaré de pedra descoberto por Arnaldo numa das grutas do Caldeirão Verde
Keila e Arnaldo
A pedra do pensamento, segundo o índio Arnaldo Pataxó, traz gravados os traços da sua mão e, em consequência, do seu destino.
O Caipora, em escultura de Arnaldo, que afirma tê-lo visto nas matas ba Bahia.
Arnaldo mostra sua arte.
Arnaldo Pataxó com minha sobrinha Ilana
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