Navegando com o Cordel
segunda-feira, 2 de maio de 2011
Mestre Severino
Severino Borges Silva era um prodígio.
Foi cantador de prestígio e poeta de bancada dos maiores.
Nasceu em 1919, em Aliança, Pernambuco.
Morreu em 1991, em Timbaúba, no mesmo estado.
Os que o conheceram contam que, nos últimos anos, enfrentou problemas financeiros e de saúde gravíssimos.
Chegou a pedir que Arlindo Pinto de Souza, diretor da editora Luzeiro, que publicava parte significativa de sua obra, lhe enviasse algum dinheiro.
Não obteve, segundo o seu conterrâneo Jota Barros, qualquer resposta.
São de sua lavra O Verdadeiro Romance do Herói João de Calais, Amor de Mãe, A Princesa Anabela e o Filho do Lenhador, O Romance da princesa do Reino do Mar Sem Fim etc.
Particularmente, gosto demais de um romance dele, O Cavaleiro das Flores.
Pequena obra-prima, traz em sua abertura versos primorosos.
Um hino de exaltação à Natureza.
Severino Borges escrevia seus romances como quem escreve um roteiro cinematográfico.
Com rubricas certeiras e diálogos primorosos.
Todos os títulos citados foram publicados, originalmente, em Recife, pela tipografia de João José da Silva, a Luzeiro do Norte.
Há 20 anos, Mestre Severino nos deixou.
Seu legado poético, no entanto, permanece.
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