sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Heróis da Távola Redonda em versos de Cordel



Recriada por artistas de várias épocas, na literatura e, depois, no cinema, a lenda do rei Artur ainda hoje fascina e emociona. Os outros personagens da saga, a exemplo do mago Merlin, dos cavaleiros Lancelote e Persival e da rainha Guinever, também exercem fascínio e estão presentes no imaginário de muitos povos. Agora, Cícero Pedro de Assis apresenta em sextilhas de cordel a sua versão da história. Rei Artur e os cavaleiros da Távola Redonda em cordel, com ilustrações do conceituado xilogravador Erivaldo Ferreira da Silva. O livro integra a coleção Clássicos em Cordel, da editora Nova Alexandria.


Quem é Cícero Pedro de Assis



Cícero Pedro de Assis é pernambucano, nascido em Caruaru aos 18 de julho de 1954. Membro da Academia Brasileira de Literatura de Cordel, ocupa a cadeira de nº 30, cujo patrono é o grande poeta paraibano José Galdino da Silva Duda. Radicado na cidade de São Paulo desde 1970, é poeta atuante. Dr. Cilso, como costuma se apresentar, escreveu outras adaptações para o cordel como As aventuras de Robinson Crusoé e Aventuras de Simbá, o marujo (Editora Luzeiro).





Trecho inicial do livro


A paixão é sentimento
Que deixa o peito arrasado
Porque sem dó cega os homens,
Isso é fato consumado.
Há quem cometa loucura
Quando está apaixonado.

Uso a força de meus versos,
Que espero que não se esconda,
Pra falar do rei Artur
E a Távola Redonda,
Formada de cavaleiros,
Forçosos qual brava onda.

Quando Uther Pendragon
Era rei da Inglaterra,
Muitas vezes ocorria
Lá no seu reinado guerra,
Deixando visível marca,
Como incêndio numa serra.

Uma delas contra o duque
De Tintagil foi mantida,
Destruindo cruelmente
O bem maior que é a vida,
Que deve ser respeitada
E com amor protegida.

Pendragon, com muito tino,
Fez proposta pela paz
Ao duque de Tintagil,
Com modo muito loquaz.
Não queria ali mais guerra,
O que só tristeza traz.

Indo ao castelo real,
O duque de Tintagil
Levou consigo a esposa.
Mostrando-se o rei gentil,
Pendragon sentiu por ela,
Logo um desejo febril.

Tinha o nome de Igraine
A mulher apaixonante.
Porém o duque notando
Do rei por ela o semblante,
Partiu sem que lhe avisasse.
Não ficou mais um instante.

Logo que soube do duque
A partida repentina,
O rei muito enfureceu-se,
Quase que não se domina.
Mandou chamá-lo de volta
Sob ameaça ferina.

(...)

Nota: A obra Rei Artur e os cavaleiros da Távola Redonda, de Cícero Pedro de Assis, será lançada dia 26 de novembro, às 15h, na Livraria Cortez (rua Bartira, 317).
Para visualizar as primeiras páginas do livro, clique aqui.