O escritor e pesquisador da LIJ e da cultura popular brasileira, Fabiano Moraes, mostra que ecletismo é com ele mesmo. De sua página no Facebook, Pharmacopeia Literária, vem a indicação de leitura de meu livro A Roupa Nova do Rei (Ou O Encontro de João Grilo com Pedro Malazarte), da Editora Volta e Meia. Um detalhe: a indicação vem em martelo agalopado, modalidade estrófica da cantoria de viola nordestina. Abusado e talentoso esse Fabiano!
Respondi, também em martelo, ao meu irmão de arte capixaba:
Fabiano, em
martelo agalopado,
Comprovou que conhece a nossa arte,
Juntou Grilo com Pedro Malazarte,
Sem tropeço de rima ou pé quebrado.
Que o cordel, amplamente divulgado,
Chegue a muitos quadrantes do país,
Frutifique, pois tem funda raiz,
Que dá nó em cabeça até de prego,
Esse fardo com prazer sempre carrego
E, com ele, confesso, sou feliz.
Comprovou que conhece a nossa arte,
Juntou Grilo com Pedro Malazarte,
Sem tropeço de rima ou pé quebrado.
Que o cordel, amplamente divulgado,
Chegue a muitos quadrantes do país,
Frutifique, pois tem funda raiz,
Que dá nó em cabeça até de prego,
Esse fardo com prazer sempre carrego
E, com ele, confesso, sou feliz.
Mas, não se dando por satisfeito, ele arrematou:
Marco
Haurélio, agradeço a gentileza,
Vinda de sua grande sapiência
Nessa arte (ou bem mais) nessa ciência
De fazer galopar verso em beleza,
Pois bem sei que é de sua natureza
Amarrar em cordéis os estribilhos
E acender em palavras belos brilhos
De uma tradição mais que milenar
Espalhando por terras, céus e mar
Nossa bela cultura aos nossos filhos.
Vinda de sua grande sapiência
Nessa arte (ou bem mais) nessa ciência
De fazer galopar verso em beleza,
Pois bem sei que é de sua natureza
Amarrar em cordéis os estribilhos
E acender em palavras belos brilhos
De uma tradição mais que milenar
Espalhando por terras, céus e mar
Nossa bela cultura aos nossos filhos.
Enfiei a viola no saco, agradecido demais, e fui cantar noutra freguesia.
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