Foram 10 dias de muito
encantamento naquele que muitos consideraram o espaço mais aprazível desta
edição da Bienal Internacional do Livro de São Paulo. O Espaço do Cordel e do
Repente serviu àquilo que Vinicius de Moraes chamava de arte do encontro. Quando
Lucinda Azevedo, presidente da Câmara Cearense do Livro, me convidou para fazer
a curadoria artística, não imaginava o tamanho da responsabilidade. Divido com
Arlene Holanda, Crispiniano Neto, Rouxinol do Rinaré, Delma, Zé e todos que
ajudaram na construção do projeto e em sua realização, a alegria de ter feito
parte de uma equipe que jamais desafinou.
Cordel, repente, xilogravura,
coco, ciranda, narração de histórias, cantigas, parlendas, trava-línguas,
cantoria, mamulengo, chula, samba de roda fizeram parte de um cardápio
generosamente servido ao longo da feira. A justa homenagem a dois grandes nomes
do cordel, o pesquisador Joseph Luyten e o poeta Antônio Teodoro dos Santos,
que batizaram o prêmio concedido pela CCL a poetas e divulgadores da nossa
arte, mostrou-se adequada, pois ambos residiam em São Paulo. Luyten, nascido na
Holanda, estabelecido inicialmente no Recife, à rua Motocolombó, na mesma casa
em que morou Leandro Gomes de Barros, a estrela mais fulgurante da constelação
do cordel, foi um dos grandes pesquisadores do cordel. Teodoro, nascido em
Jaguarari, na Bahia, migrou para São Paulo e ajudou a sedimentar o cordel na
capital bandeirante, contribuindo sobremaneira com a editora Prelúdio (hoje
Luzeiro).
Não podemos esquecer de Luís
Antônio Torelli, presidente da Câmara Brasileira do Livro, entidade que organiza
a Bienal. Sem o seu aval, nada disso teria acontecido. E nem de José Xavier
Cortez que, há muito tempo, reivindica a presença do cordel numa feira do porte
da Bienal de São Paulo.
Aos meus amigos, companheiros de
arte, reitero minha gratidão. Por muitas vezes, me vi debaixo do umbuzeiro que
ficava nos fundos da casa em que nasci na Ponta da Serra, na Bahia, lendo a
História de Juvenal e o Dragão e outros clássicos do cordel. É preciso sempre
olhar para trás para dar um passo adiante. E, sem essa evocação da memória
afetiva, o cordel será apenas um amontoado de rimas e mais nada.
Gratidão!
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Apresentação de Paulo Araújo na abertura do Espaço do Cordel. |
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José Santos e Jonas brincando de poesia. |
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Jô Oliveira. |
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Genildo Costa e Paulo Araújo |
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Arlene Holanda dedica livro à pequena fã. |
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Mestres da cantoria: Sebastião Marinho e Geraldo Amancio. |
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Luciano Tasso e Lucinda Marques. |
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Com o jovem multiartista Rafael Brito. |
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Xamgai e Lucinda Marques |
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Lucélia conta histórias. |
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Paiva Neves, Valdério Costa, Marco Haurélio e Leila Freitas. |
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Moreira de Acpiara, Stênio Diniz, Chico Pedrosa, Lucinda Marques, Dideus Sales,Bráulio Tavares, Rafael Brito, Rouxinol do Rinaré, Lirinha, Crispiniano Neto, Paulo de Tarso e Paulo Araújo. Agachados: Zé Lourenço, Sapiranga, Antônio Francisco, Marco Haurélio e Antônio Barreto. |
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Lucélia Borges. |
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Eraldo Miranda, Fábio Santos, Lucélia e este que vos escreve. |
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Com Antonio Barreto, El Barretón. |
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Klévisson Viana, Rouxinol do Rinaré, Cacá Lopes, Varneci Nascimento, Arievaldo Viana, Crispiniano Neto e Rafael Brito. |
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José Walter Pires, Marco Haurélio, Antonio Barreto e Raissa. |
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Josué Campos, Costa Senna e Eugenio Leandro. |
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Dois mestres: Chico Pedrosa e Bule-Bule. |
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Rafael Brito e Luiz Carlos Bahia. |
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Rosi, Paulo Araújo, Bule-Bule, Lucinda e Assis Angelo. |
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Socorro Lira em apresentação memorável. |
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Dideus Sales e Fátima Ferreira |
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Luiz Wilson, Pedro Monteiro, Paulo Viana e Marco Haurélio. |
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