Passei os últimos dias lendo e
estudando o conto-tipo Eros e Psiquê, a partir de versões recolhidas por mim.
Ontem mesmo elaborei uma nota para uma destas versões, O Príncipe Dourado,
cujo início publiquei por aqui. Falo do conto mítico de Apuleio, sob o impacto
da notícia da partida inesperada de Angela Lago, que recontou-o em uma de suas
obras mais conhecidas. Psiquê, em grego, é, ao mesmo tempo, alma e borboleta.
É também, penso eu, a própria
Angela, agora, voando em direção ao Grande Mistério, ao samádi, do qual ela
falou há poucos dias, com as asas dos muitos sonhos que teceu durante sua
luminosa existência.
Um comentário:
Sou fã do cordel e do repente nordestino. Creio que os dois nasceram das décimas do cancioneiro ibero-português criada pelo Rei Dom Diniz, o Rei Trovador, as quais no século XVI foram muito usadas por Camões e outros grandes poetas. Porém antes disso os cancioneiro cantavam ao som da lira e mais tarde do alaúde. Eis porque, creio eu, os repentes na viola, parecidos com "As velhas" da Ilha Terceira que é um repente também com o nome de despique, que aqui no sul do Brasil seria o repente ao desafio. Belo espaço! Parabéns! Voltarei. Abraço fraterno. Laerte.
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