Sábado, 4 de outubro, no Espaço do Emirado de
Sharjah, convidado de honra da 25ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo,
participei de um painel com o Professor Abdulaziz Al-Musallam, Presidente do
Sharjah Institute for Heritage (Instituto para o Patrimônio de Sharjah), grande
referência nos estudos sobre os contos folclóricos no mundo árabe. A conversa,
mediada por Marwa al Aqrobi, presidente do UAE Board on Books for Young People
(UAEBBY), girou em torno das narrativas com versões comuns aos nossos países. E,
assim como no Brasil, com dezenas de versões registradas de "Maria
Borralheira" (ATU 510A), também em Sharjah, um conto de magia similar à
Cinderela aparece com especial destaque na tradição oral.
Depois da atividade, o Professor
Abdulaziz, gentilmente, nos acompanhou até o Espaço do Cordel e Repente, no
momento em que Socorro Lira lançava o seu livro A Língua que a Gente Fala (IMEPH). Também esteve conosco Aisha
Rashid ALhesan Alshamsi, diretora do Arab Heritage Center.
E, na segunda, 6 de agosto, fui
convidado, junto ao escritor e contador de histórias Fábio Lisboa, para uma
reunião no Espaço de Sharjah. A proverbial hospitalidade árabe, que
nós, nordestinos, herdamos, manifestou-se mais uma vez. E também a generosidade, pois, ao final, para
minha surpresa, recebi das mãos do Dr. Abdul Aziz Al Musallam, uma medalha de
honra ao mérito. Tal premiação deve-se ao meu trabalho de recolha, catalogação,
salvaguarda e publicação de contos de tradição oral em nosso país.
Agradeço ao Dr. Abdul Aziz, grande referência nos estudos do folclore de seu país, de
quem partiu o convite, a Ali Al Shemmari, membro do UAEBBY, e à Fundação
Nacional do Livro Infantil e Juvenil (FNLIJ), na pessoa de Beth Serra, que
mediou os contatos por ocasião da montagem do painel sobre Contos Folclóricos
do Brasil e do Mundo Árabe.
A todos, minha eterna (e terna)
gratidão.
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