domingo, 2 de dezembro de 2012

Palmeirim de Inglaterra é lançado na Livraria da Vila


O livro História dos combates, amores e aventuras do valoroso cavaleiro Palmeirim de Inglaterra (FTD) foi lançado na Livraria da Vila da Fradique Coutinho. Além do Palmeirim, foi lançado, da mesma editora, de autoria de José Santos, o livro Quadrinhas para miúdos. O bom público presente ainda foi brindado com uma performance do grande artista Valdeck de Garanhuns, que a pedido dos autores, Marco Haurélio e José Santos, leu trechos do Palmeirim de Inglaterra.

Agradeço a todos os presentes, autores, editores, amigos, artistas da letra e da voz, professores, pesquisadores, gente que faz do Brasil um país de tantos matizes.

As fotos abaixo ajudam a contar um pouco dessa história:

Com José santos e e o editor Jorge Henrique Bastos.
Gregório Nicoló, eminência parda do cordel, Diretor da Luzeiro.

Com Neusa Borges, Lucélia e Ana Rita.

Pedro Monteiro e Luciano Tasso à espera de 
exemplares autografados
Dani, Wanderson Nicoló e a pequena Melissa.


Clarice, Luciano, com sua mãe Lúcia.
José santos ouve atento D. Ramon Nascimento.
A Mala do Folheteiro, organizada por Selma Maria.
Valdeck de Garanhuns dá o ar de sua graça 
declamando trechos da obra.
O editor Danial Abreu, Telma Queiroz e o responsável por este blog.
Com a pesquisadora Francisca Batista Barbosa e sua peque grande Sara.
Davi, que, escrevendo, é um Golias.
João "Capitão" Gomes de Sá, Aldy Carvalho e ele, Pedro Ivo.
Com Lucélia e José Santos.
Luiz galdino, grande nome da literatura infantojuvenil, ao ladode José Santos.
Duda Albuquerque, editor da LeYa, exibe o seu exemplar do Palmeirim.
Moreira de Acopiara e Luciano Tasso põem a conversa em dia.
Selma e José decoram a Mala do Folheteiro.
José, Valéria Cordero e a pequena Luísa, que iluminou o lançamento.
Reencontro com o querido amigo Mustafa Yasbek. 
Em primeiro plano, Luiz Galdino.
"Luciano, Telma Queiroz. Telma, Luciano". Encruzilhadas da cultura.
O aniversariante  do dia Aldy Carvalho. 
Bate-papo com a professora Iara Rúbia.
Neusa, Luclia e Ana Rita.
Mais autógrafos.
Luciano Tasso e Lúcia, a autora de seus dias.
Don Ramon Nascimento.
Lucélia e Iolanda com sua mãe, a artista plástica Regina Drozina.
Gregório Nicoló, Valdeck e Moreira de Acopiara.


terça-feira, 27 de novembro de 2012

Vozes femininas: novos ecos tecidos no sertão



























GARANTA SUA VAGA!
COM ENTREGA DE CERTIFICADO

Data da oficina: 12/12/12
Local: Colégio Municipal Maria Amaral G. Gondim
08:00 – Abertura e apresentação do projeto
09:00 às 11:00 – oficina de cordel
14:00 ás 16:00 – oficina de cordel

O projeto “Vozes femininas: novos ecos tecidos no sertão” foi selecionado e financiado pela Funarte e pelo MinC através do edital "Mais cultura: microprojetos da Bacia do Rio São Francisco". Este trabalho objetiva dar voz às mulheres, inserindo-a no espaço da produção literária de autoria feminina, ressignificando, assim, o olhar sobre o modo de vida do sujeito sertanejo, mais precisamente a mulher sertaneja. As mulheres inscritas e selecionadas irão participar de uma oficina que culminará na escrita de um texto que será publicado em livro.

A oficina será ministrada por MARCO HAURÉLIO, cordelista, poeta, contista, editor e pesquisador da literatura e cultura popular. Com dezenas de livros e folhetos de cordel publicados, é ganhador do Prêmio Mais Cultura de Literatura de Cordel 2010, do Ministério da Cultura, na categoria Produção (livros e CDs), também é colaborador do Centro de Estudos Ataíde Oliveira, da Universidade do Algarve, Faro, Portugal. Com vários livros e folhetos de cordel editados, ele profere palestras e ministra oficinas sobre a Literatura de Cordel e o Folclore Brasileiro. É um dos fundadores do grupo Caravana do Cordel, presença marcante na cena cultural paulistana. Representou o Brasil, ao lado de Antônio Barreto e Edilene Matos, no Encontro Internacional de Poetas, ocorrido em Assunción, Paraguai, em 2010. Vários de seus livros foram selecionados por programas de governo, como o PNBE, do Governo Federal, Apoio ao Saber e Salas de Leitura, do Estado de São Paulo, Minha Biblioteca da prefeitura paulistana, Leitura para a Cidadania (Paulus Editora), Itaú Social e para composição do acervo da Biblioteca Nacional. 

As inscrições acontecerão entre os dias 20 a 29 de novembro pelo e-mail projetovozesfemininasnosertao@gmail.com e nos dias 21 e 23/11 na Biblioteca Municipal de Riacho de Santana.

São apenas 25 vagas. Caso haja mais inscritos do que vagas, será realizada uma seleção. Até dia 05 de dezembro o participante receberá confirmação da inscrição.

Texto: Divulgação.

Nota do blog: Com Curadoria de Paula Ivony Laranjeira, do blog Pesponteando, a atividade é a primeira que faço em Riacho de Santana, região onde nasci, cenário da minha infância e inspiração para os primeiros versos.

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Andanças de Zewalter Pires em Fortaleza




Zewalter, Arievaldo Viana, Arlene Holanda e Marco Haurélio

Viajando, vivendo e aprendendo

Por José Walter Pires, no sítio Fator SH

De volta ao meu rincão catingueiro, já com um cenário menos lúgubre, de terra agradecida pela chuva que caiu nesses últimos dias. Ah, se chovesse com frequência por aqui! Não haveria nada melhor para se consumar o verdadeiro sertão produtivo. Retorno do Ceará (Fortaleza), onde todos já sabem a razão da minha ida, pela segunda vez este ano, na trilha do cordel e para o meu enriquecimento cultural. Na primeira vez, para a comemoração do centenário de Joaquim Batista, o meu patrono na Academia Brasileira de Literatura de Cordel, e, na segunda,  para a X Bienal Internacional do Livro do Ceará, onde lancei o meu livro “As noventa e nove moedas de ouro”, dentro da coleção Reino do Cordel, juntamente com os poetas Arievaldo Viana (O crime das três maçãs), Evaristo Geraldo da Silva (O conde mendigo e a princesa orgulhosa), Rouxinol do Rinaré (O papagaio real ou o príncipe de Acelóis), Marco Haurélio (O pobre que teve a sorte de casar com a princesa) e o nosso, já citado acima, cinco maravilhosas produções, com ilustrações de elevado bom gosto e criatividade nas  tintas de Suzana Paz, Rudson Duarte e Arlene Holanda, esta, artista, escritora, poeta, que ao lado de Telma Regina e outros, integram o elenco da Casa Editora e Espaço Multicultural – Armazém da Cultura, pessoas que acreditaram no sucesso dessas obras multifacetadas da literatura infanto-juvenil cujo objetivo é  proporcionar aos jovens leitores  o encantamento das tradições culturais, sonhos e fantasias de todos os tempos, possibilitando-lhes a reinterpretação do mundo atual pela reflexão e busca incessante do conhecimento.

Foram quase três dias de franca e sadia convivência entre poetas de todos os naipes, em especial poetas cordelistas e cantadores, na exposição dos seus temas irreverentes, humorísticos, fantasiosos, encantados, realísticos, estes, revelando as preocupações com a sociedade, a política, o meio ambiente, a solidariedade humana, todos em recitação empolgantes, nascidas das prodigiosas memorizações dos seus textos, que me matam de inveja.

Não quero correr o risco de citar nomes desses consagrados menestréis, defensores intimoratos da literatura de cordel na sua legítima construção, nessa caminhada atemporal, para tê-la hoje, nos umbrais das Universidades, ganhando espaços além das bucólicas feiras públicas, praças das cidadezinhas, aos tons de vozes enrouquecidas ou de, no máximo, megafones cansados, já estão fora de moda, para as praças das bienais, expostos em espaços populares, conquistados pela fibra, diferentes da literatura canônica, porém, atrativos, misteriosos, lúdicos, curiosos, diante dos olhares de um público que, aos poucos, vai compreendendo a importância dos seus criadores para o cenário literário do Brasil. Foram muitos e as fotos publicadas são testemunhas desses momentos.

Tive recepção calorosa e amiga. Inicialmente do meu anfitrião, Arievaldo Viana, baita poeta, escritor, cordelista de ponta, contador de causos, que me proporcionou hospedagem em sua casa, no seu jeito nativo de ser, fiel aos seus costumes, simples e autêntico, diante do amontoado de livros, CDs, dvs, cordéis de todos os naipes, tudo isso irrigado de bom papo, música autêntica e, claro, cerveja. Dormir na rede, foi a maior novidade. Ele me ensinou a manha. Não de comprido, atravessado.  Me adaptei. Não fossem os velhos joelhos que não ajudavam muito na hora de levantar. Arievaldo não me largou durante todo o tempo. Klévisson, portador das mesmas virtudes poéticas do irmão, produtor de eventos, mais uma vez demonstrou a  sua cordialidade comigo. Marco Haurélio, festejado pesquisador do cordel, escritor e exímio cordelista, mostrou-se no seu jeito do catingueiro sereno, observador, culto, nascido em Riacho de Santana, aqui em nossa Região, tornou-se uma grata amizade, dessas que como as outras, precisam ser cultivadas com zelo especial. Aí, seguiram-se os demais: Rouxinol de Rinaré, quanta versatilidade no tracejar dos seus versos; Evaristo Geraldo de Souza, o novo colega na coleção Reinos do Cordel, chegando para acontecer; Paulo de Tarso e a sua gentil esposa, grande menestrel, cordial e comunicativo como sempre, Stélio Torquato, também feliz contato e amizade construída, enfim, outros que desfilaram nos meus dois dias da X bienal Internacional do Livro do Ceará. Só me resta agradecer a todos, sem me esquecer de Telma e Arlene , Lucinda do IMEPH, com quem não me encontrei, mas fiquei sabendo que tinha me procurado.

Aprendi muito mais com eles. Estou entre essas feras. Agora é só botar o pé na estrada e curtir mais vezes esses momentos culturais.

Brumado, 20.11.2012
José Walter Pires
Zewalter com o grande cordelista Rouxinol do Rinaré
Zewalter, Evaristo Geraldo e Marco Haurélio no estande
do Armazém da Cultura

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Cordel na Bienal do Livro do Ceará



A Praça do Cordel, espaço reservado aos vários gêneros da poesia popular, na X Bienal do Livro do Ceará, recebeu muitos artesãos do verso, entre os dias 8 e 18 de novembro. 

Com curadoria do poeta e editor Klévisson Viana, o espaço foi palco de apresentações memoráveis, com destaque para o veterano poeta paraibano Chico Pedrosa, lenda viva da poesia popular.

As fotos abaixo contam um pouco desta história.

Chico Pedrosa, Serginho Magalhães. Marco Haurélio e Maércio Lopes.
Paiva Neves, Paulo de Tarso, Jotabê, Evaristo Geraldo, 
Zé Maria de Fortaleza, Chico Pedrosa, Marco Haurélio e Serra Azul.
João Pedro do Juazeiro e sua tipografia Padre Cícero.
Luzia Dias e Mestre Lucas Evangelista.
Antônio Francisco Teixeira de Melo.
Luzia Dias, Lucas Evangelista, 
Valdeck de Graranhuns e Regina Drozina.
Com José Santos e Flávio Martins.
Klévisson Viana e Ronaldo  Rogério e Piúdo.
Agentes de Leitura que assistiram à palestra de 
Klévisson Viana e Marco Haurélio.
Marco Haurélio, Arlene Holanda, 
Marcos  Mairton e Arievaldo Viana.

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Coleção Reinos do Cordel será lançada na Bienal do Ceará




A coleção Reinos do Cordel, do Armazém da Cultura, coordenada por Arlene Holanda, já com cinco títulos prontos, será lançada, dia 17 de novembro, na Bienal Internacional do Livro do Ceará. Parabéns para José Walter Pires, autor de As noventa e nove moedas de ouro, Antonio Carlos da Silva (Rouxinol do Rinaré), autor de O papagaio real, Evaristo Geraldo da Silva, que reedita o já clássico O conde mendigo e a princesa orgulhosa, e Arievaldo Viana, com o conto garimpado nas Mil e uma noites, O crime das três maçãs. o projeto gráfico é de Suzana Paz, que ilustrou vários livros da série.

Escrevi especialmente para a coleção O pobre que trouxe a sorte de casar com uma princesa, ilustrado por Arlene Holanda, cujo introito reproduzo abaixo.

Agradeço ao Armazém da Cultura por acreditar no nosso romanceiro em versos que, um dia, alguém achou de chamar de cordel:

Peço à Musa inspiradora
Que minha mente não canse
E eu possa versar um conto
Descrevendo cada lance
De uma história comovente
Neste meu novo romance.

Há cerca de nove séculos
Num reino muito distante
Viveu Gusmão, um mau rei,
De orgulho extravagante.
Não houve e não haverá
Outro assim tão arrogante.

Seu imenso poderio
Não conhecia empecilho,
Mas há um tempo seus olhos
Haviam perdido o brilho,
Pois, apesar de tão rico,
Ainda não tinha filho.

A rainha, sua esposa,
Vivia desconsolada,
Pois para o cruel marido
Ela só era a culpada,
E, por mais que se explicasse,
Não podia fazer nada.

Luzia, a sua criada,
Ouvia a sua lamúria,
Ela também conhecia
O monarca e sua fúria.
Assim vivia a rainha
Sempre coberta de injúria.

Até que um dia, cansada,
Ela foi ao oratório
E fez um pedido a Deus,
— Senhor, nesse dia inglório,
Eu venho aqui implorar
Livrai-me do purgatório.

Vós sabeis que vivo triste
E o meu esposo cabreiro,
Pois o reino que governa
Ainda não tem herdeiro.
Por isso peço o auxílio
Do grande Deus verdadeiro.