segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Um poema de Moreira de Acopiara


Poema de amigo

Eu não posso mostrar-lhe as soluções
Dos problemas que surgem em sua vida,
Mas vou sempre escutar seus argumentos
E pedir que ande de cabeça erguida,
Preservando a humildade, a gentileza,
Inventando um caminho, uma saída.

Eu não posso mudar o seu passado,
Nem prever as surpresas do futuro,
Mas prometo lutar no seu presente
Para que seu andar seja seguro,
O seu sono não seja tão pesado,
E o percurso tranquilo, ou menos duro.

Seus triunfos, seus êxitos... Não são meus,
Mas, se sei que você está feliz,
Eu me alegro também! Rejuvenesço
Revivendo esse bem que eu sempre quis.
Não sei muito. Sei pouco. Quase nada!
Mas, me ensine também! Sou aprendiz.

Eu não posso julgar as decisões
Que você precisar tomar com pressa,
Mas eu posso tentar servir de estímulo,
Porque sei que na vida se tropeça.
Posso ainda dizer: “Tente outra vez!”
E ser justo, sem que você me peça.

Eu não posso lhe impor nenhum limite,
Muito menos deter a sua ação;
Eu não posso evitar seu sofrimento
Quando alguém lhe partir o coração,
Mas eu posso tentar juntar os cacos
E apontar-lhe uma nova direção.

Eu não posso dizer quem você é,
Muito menos quem deveria ser;
Posso dar meu amor e meus cuidados,
Ser parceiro, ser firme, agradecer...
Ser amigo leal, ser tolerante,
E torcer pra ver você crescer.

Eu não posso querer ser o primeiro,
O segundo ou terceiro em sua lista.
Mas desejo dizer: “Sou seu amigo!”
E vibrar ao lembrar essa conquista,
Defender seus direitos e tentar
Não perder (nunca mais) você de vista.