Li no
blog Cordel
Paraíba a notícia que ninguém
gosta de repercutir: Morreu ontem (sábado), vítima de complicações de um
câncer, o poeta José Alves Sobrinho, aclamado cantador e pesquisador da poesia
popular.
Escreveu,
com o professor Átila Almeida (falecido em 1991), um clássico da pesquisa em
poesia popular no Brasil, o Dicionário
Biobliográfico de Repentista e Poetas de Bancada (1977).
Além de
vários folhetos de cordel e poemas esparsos, além de versos memoráveis em
cantorias lendárias, deixou outros livros, entre publicados e inéditos: Sabedoria de Caboclo (1975); Glossário da Poesia Popular (1982); Matulão de um Andarilho (1994); Marcos e Vantagens: (com Átila
Almeida (1981), entre outros.
Quando o conheci, no
Encontro Internacional de Cordel, ocorrido em João Pessoa, em 2005, José Alves
Sobrinho contou uma história memorável envolvendo o grande José Pacheco (1890-1954): Sobrinho contou-me como vendeu num único dia 700
exemplares de A Chegada de
Lampião no Inferno. José Pacheco, nesse dia, bebeu “até lascar o cano” e
Sobrinho, um menino à época, teve de "abrir o saco" para atender a
voragem do público pelo famosíssimo folheto de oito páginas.
A foto acima mostra o poeta e pesquisador (direita) em visita ao Arraial Sítio São João, em Campina Grande, sendo recepcionado pelo vereador João Dantas. Seu verdadeiro nome é José Clementino de Souto e era natural de Picuí, na Paraíba, onde nasceu a 25 de junho de 1921.