“Down in the
Willow Garden”, tradicional balada da região dos Apalaches, Estados Unidos,
teve vários registros em disco. A melhor versão, para mim, é dos The Everly
Brothers. Mas, desde 1927, quando foi gravada por G. B. Grayson and Henry
Whitter, como “Rose Conley” (a canção também é conhecida como “Rose Connelly”),
já era popularíssima entre a população rural dos Estados Unidos, em especial os
descendentes de irlandeses. É a Irlanda, por sinal, o país de origem da trágica
história de amor. No início do século 19, o folclorista Edward Bunting recolheu
uma canção com o nome "Rose Connolly", em Coleraine.
Down in the Willow garden
Where me and my love did meet
As we sat a-courtin'
My love fell off to sleep
I had a bottle of Burgundy wine
My love she did not know
So I poisoned that dear little girl
On the banks below
I drew a sabre through her
It was a bloody knife
I threw her in the river
Which was a dreadful sign
My father often told me
That money would set me free
If I would murder that dear little girl
Whose name was Rose Connelly
My father sits at his cabin door
Wiping his tear-dimmed eyes
For his only son soon shall walk
To yonder scaffold high
My race is run, beneath the sun
The scaffold now waits for me
For I did murder that dear little girl
Whose name was Rose Connelly.
Raul Seixas e seu parceiro Cláudio Roberto parecem ter se inspirado nessa balada para compor “Na beira do Pantanal”, do disco Abre-te Sésamo. Há que se observar, no entanto, algumas modificações. Na balada irlandesa, o prisioneiro se prepara para subir ao patíbulo. Na versão de Raul, ele rememora, arrependido, o crime que perpetrou "num gesto sagrado de amor". Ainda apresenta o motivo universalmente difundido da "natureza denunciante" nos versos abaixo:
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