Mandela em 1960. Crédito: World History Archive / Alamy |
INVICTO
Imerso na
noite escura
Qual um poço
indevassável,
Aos deuses
faço mesura
Pela minha
alma indomável.
Não
tremo, embora pareça,
Ante a garra e a onda turva.
E, aos
golpes, minha cabeça
Sangra,
porém não se curva.
Além
deste lugar triste,
Jazem
o horror e a sombra,
Porém,
se a ameaça existe,
Dela
faço minha alfombra.
Mesmo
assim, não me amofino,
Punido,
não perco a calma.
Sou
senhor do meu destino
E
capitão de minha alma.
William Ernest Henley (1849-1903), poeta, escritor e
jornalista inglês.
Tradução: Marco Haurélio
Nota: O poema Invictus, escrito por Henley, em 1875, e lido na prisão de Robben Island por Nelson Mandela, inspirou também o famoso filme de Clint Eastwood. A tradução parafrástica, acima, foi feita com versos em redondilha maior com esquema de rimas ABAB. O poema original, reproduzido abaixo, foi originalmente composto em octassílabos.
Invictus
Out of the
night that covers me,
Black as
the Pit from pole to pole,
I thank whatever gods may be
For my unconquerable soul.
In the fell clutch of circumstance
I have not
winced nor cried aloud.
Under the bludgeonings of chance
My head is bloody, but unbowed.
Beyond this place of wrath and tears
Looms but
the Horror of the shade,
And yet the menace of the years
Finds and shall find me unafraid.
It matters not how strait the gate,
How
charged with punishments the scroll
I am the master of my fate:
I am the captain of my soul.
I am the captain of my soul.
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