sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Contos Folclóricos no Catálogo da Feira de Bolonha



Marco Haurélio e Maurício Negro no lançamento do livro Contos Folclóricos Brasileiros, na Livraria Cortez

O livro Contos Folclóricos Brasileiros (Paulus, 2010) foi selecionado para a Feira de Bolonha, a mais importante feira de literatura infantojuvenil do mundo.

Em 2010, outro livro de minha autoria, A Lenda do Saci-Pererê em Cordel, também publicado pela Paulus, foi selecionado para o Catálogo.

Abaixo o texto publicado 48THº BOLOGNA CHILDREN’S BOOK FAIR 2011, p. 54:

Contos folclóricos brasileiros

Marco Haurélio. Illustrations by Mauricio Negro. Paulus.

141p. ISBN 9788534931267

Starting from the proposal of preserving our popular memory and traditions, poet and folklorist Marco Haurélio, professor of the Bahia State University, presents a collection of folk tales, the result of painstaking research effort by his students. These are tales collected in Igaporã, Brumado, and Serra do Ramalho, in the state of Bahia and in the Ceará region of the Canindé. Loyalty to oral tradition may be observed when the author maintains the typical words of popular language as they were used by the original storytellers. The careful edition and Maurício Negro’s illustrations constitute an art that is complementary to Marco Haurélio’s art of popular narrative, resulting in a beautiful book. (MB)


Acesse o Catálogo clicando AQUI.

A minha versão poética de O Conde de Monte Cristo



Há cerca de seis anos dei a mim mesmo a incumbência de adaptar para os versos de cordel o grande romance de Alexandre Dumas, O Conde de Monte Cristo.

É a mesma versão que integrará em breve a coleção Clássicos em Cordel, da editora Nova Alexandria.

A ilustração acima reproduzida, de autoria de Klévisson Viana, retrata o momento em que, preso há anos na Fortaleza de If, Edmundo Dantez encontra o Abade Faria, que será seu tutor intelectual.

No romance em versos, essa passagem foi descrita da seguinte forma:

Topou um dia uma viga
E bradou indignado:
— Meu bom Deus, não me castigue,
Pois estou desesperado!
— Quem fala em Deus? — perguntou
Quem cavava do outro lado.

O moço então respondeu:
— Eu sou um prisioneiro.
Em liberdade exercia
O ofício de marinheiro.
Edmundo Dantez é
O meu nome verdadeiro.

— E por que é que está preso?
— Pela falsa acusação
De ter conspirado contra
O rei de nossa nação
Porque, por desgraça, um dia
Conheci Napoleão.

— E que idade tinha antes
De ser aprisionado?
— Não tinha nem vinte anos —
Disse Dantez, desolado,
Ao saber que na masmorra
Seis anos tinha passado.

Quando foi no outro dia,
Dantez, após o almoço,
Ouviu bater na parede,
Não teve nenhum sobrosso.
Aí viu surgir um velho
Que só era pele e osso.

(...)

O livro O Conde de Monte Cristo em Cordel conta com prefácio do também poeta Arievaldo Viana.