Passei os últimos dias lendo e
estudando o conto-tipo Eros e Psiquê, a partir de versões recolhidas por mim.
Ontem mesmo elaborei uma nota para uma destas versões, O Príncipe Dourado,
cujo início publiquei por aqui. Falo do conto mítico de Apuleio, sob o impacto
da notícia da partida inesperada de Angela Lago, que recontou-o em uma de suas
obras mais conhecidas. Psiquê, em grego, é, ao mesmo tempo, alma e borboleta.
É também, penso eu, a própria
Angela, agora, voando em direção ao Grande Mistério, ao samádi, do qual ela
falou há poucos dias, com as asas dos muitos sonhos que teceu durante sua
luminosa existência.