quarta-feira, 30 de julho de 2014

SONETO BRINCANTE











Especulam que a especulação
Quer de vez acabar a brincadeira,
Na cultura do povo dar rasteira
E deixar tudo, tudo, ao rés do chão.

Quer fazer brotar um feio espigão
Onde a arte fincou sua bandeira,
Onde os versos da gesta brasileira
Sempre evocam as vozes do sertão.

A ganância despreza o caboclinho,
Desconhece o Mateus, em desalinho,
Ante o boi que morreu, mas ressuscita.

A ganância ergue os muros de cimento,
Incapaz de pensar um só momento
Nessa gente e nessa arte tão bonita.

Nota: O soneto acima é uma homenagem e uma contribuição ao movimento Fica Brincante, deflagrado nas redes sociais em defesa do Instituto Brincante, coordenado por Antonio Nobrega, o mais notório seguidor do Movimento Armorial, idealizado pelo inesquecível Ariano Suassuna.

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