quinta-feira, 24 de novembro de 2016

Cantando com o banjo na beira do mar


Antonio Nóbrega declama estrofe de Marco Haurélio

Mestre Antonio Nóbrega criou o mote do título e o Instituto Brincante promoveu um concurso em que o prêmio era um banjo. Não um banjo qualquer, mas um instrumento da estima do grande artista pernambucano. Escrevi duas estrofes em galope à beira-mar, e uma delas saiu vencedora do concurso.

É a que segue abaixo:

Voltamos ao tempo do arbítrio e da bala,
da bomba que fere, estilhaço que cega,
e do olho que enxerga, mas, mesmo assim, nega;
da boca que fala, mas hoje se cala.
Se cala com medo, pois quando se fala,
se planta a semente do novo pensar;
semente que grita, porque faz brotar
de novo a esperança, que foi violada.
Pela liberdade, contra a mão armada,
cantando com o banjo na beira do mar.


















Atualização: Estive no domingo, 26 de novembro, no Instituto Brincante, a convite de Antônio Nóbrega, para pegar o prêmio. Aliás, o segundo prêmio foi conhecer pessoalmente este grande artista pernambucano, cantor, compositor, ator, poeta e dançarino. A tradução viva e pulsante do Movimento Armorial de Ariano Suassuna. 

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