quinta-feira, 10 de junho de 2010

Passagem por Juazeiro do Padre Cícero


Moreira de Acopiara, Aderaldo Luciano, Assis Angelo, Marco Haurélio, Paulo de Tarso e Geraldo Amâncio Pereira

Oficina Mestre Noza

Sesc Juazeiro

Marco Haurélio, Francorli, nosso anfitrião, e Aderaldo Luciano


Nos dias 9 e 10, vários representantes da Literatura de Cordel brasileira estiveram, a convite do Ministério da Cultura, em Juazeiro do Norte.

Na cidade onde pontificou o Padre Cícero Romão Batista, foi lançado o Edital que contemplará vários projetos ligados ao Cordel e a outros ramos da poesia popular.

sábado, 22 de maio de 2010

Viagens na minha terra



Na terra de Anísio Teixeira

No dia 13 de maio, no auditório da Universidade do Estado da Bahia - UNEB, na cidade histórica de Caetité, BA, proferi uma palestra enfocando cordel e cultura popular.

Na ocasião, foi lançado, no meu estado de origem, bem próximo ao local onde nasci, o livro "Contos Folclóricos Brasileiros" (Paulus).

A atividade, que abriu o semestre do curso de Letras na UNEB, ocorreu a partir de uma solicitação do professor Rogério Soares de Brito.

Cursei Letras Vernáculas na UNEB entre 2001 e 2005.







O professor Rogério Soares abriu as atividades



O retorno marcou, também, o reencontro com muitos professores que acompanharam parte importante de minha caminhada: Zélia, Luciete, Lucélia, Rozânia, Luzineide e Raimundo, da UNEB.

E também Helenice e Niraci, de Serra do Ramalho, ainda quando eu cursava o ensino fundamental.

Antes, no dia 12, fui recebido no aeroporto de Vitória da Conquista por Rogério Soares, da UNEB, e "seu" Adão, motorista da Universidade.



Lá estava, também, o professor da UESB Andrade Leal, que gentilmente nos convidou a conhecer o seu acervo de cordéis e artefatos os mais diversos: parte da alma do Nordeste está (bem) guardada em sua casa.

A todos, meus votos de estima e a minha gratidão.

Passagem por Igaporã



Em Igaporã, no dia 14, reencontri parte de minha família: Dinha (Alaíde, minha avó), Padim Lô (Florisvaldo, meu avô) e as tias Marinalva, Dona e Dilma.

Aproveitei para visitar D. Jesuína Pereira Magalhães, que, neste dia, estava acompanhada de seu sobrinho Lucas.



Embora a memória, antes tão prodigiosa, esteja falha, D. Jesuína não perdeu o hábito de contar histórias.


Em Igaporã, reencontrei o amigo Rovilson Ribeiro

Um amigo na Natureza

Já em Serra do Ramalho, do outro lado do São Francisco, conheci o índio Arnaldo Pataxó, artesão e contador de histórias.

Arnaldo, proveniente do sul da Bahia, vive há 31 anos na região do Caldeirão Verde, onde descobriu um sítio arqueológico protegido pelas matas, hoje praticamente destruídas.

Arnaldo luta para criar, na região, um aldeamento pataxó.

Ele se diz ameaçado por latifundiários que já se aproximaram perigosamente do local onde escolheu para viver.

Como artista, Arnaldo retrabalha a matéria bruta, imprime nela novamente a vida a partir de madeira descartada, coco seco e sementes.

Um prodígio!




Jacaré de pedra descoberto por Arnaldo numa das grutas do Caldeirão Verde


Keila e Arnaldo


A pedra do pensamento, segundo o índio Arnaldo Pataxó, traz gravados os traços da sua mão e, em consequência, do seu destino.


O Caipora, em escultura de Arnaldo, que afirma tê-lo visto nas matas ba Bahia.


Arnaldo mostra sua arte.


Arnaldo Pataxó com minha sobrinha Ilana

sábado, 8 de maio de 2010

D. Maria Rosa Fróes, patrimônio vivo de Brumado (BA)


D. Maria, tecelã de histórias populares

Em 2005, quando gravei as lindas histórias de D. Maria

Quem leu o livro Contos Folclóricos Brasileiros (Paulus), não estranhará o nome de D. Maria Rosa Fróes.

Ela é a narradora de duas histórias que integram a coletânea: "O Príncipe e o Mestre-Sala" e "A Moça que não Falava".

Mas, além disso, D. Maria também contou várias outras histórias, ainda inéditas em livro, como "A Cobra Sucuiú, "A Afilhada de Santo Antônio" e "Os Três Conselhos Sagrados"

Esta última, eu recriei em cordel, que teve capa de Arievaldo Viana.

D. Maria também me passou versões de "A Moura Torta", "Maria Borralheira", "O Gato Preto" e "Toco Preto e Melancia".

E, ainda, os cantos populares "O Soldado que foi pra Guerra" (Bela Infanta), "O Cego Andante" e "O Conde Alberto

A D. Maria e à sua neta Giselha Fróes (na foto abaixo), que me enviou esta e outras fotos, tiradas em 2005, época da recolha, a minha eterna gratidão.

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Livro Contos Folclóricos Brasileiros é lançado na Cortez




Varneci, João Gomes de Sá, Marco e Maurício Negro

Marco Haurélio e Nireuda

Jakson Alencar, responsável pela edição do livro, O autor e Nireuda




Eliana Márcia e Lucélia

Varneci e Jackson Ricarte: quem é o mais alto?


Moreira de Acopiara e Marco Haurélio

Marco, Rosália, Nireuda, Maurício e Lucélia

Carlinhos, primeiro plano, e Aderaldo Luciano

Parte do público presente

Cacá Lopes, Dé Pajeú, Marco Haurélio e Maurício Negro

Pedro Ivo

Lucélia, narradora da história O rabo do macaco

Quarta, 5 de maio, é uma data a ser lembrada.

Nesse dia, deu-se a culminância de um projeto de vida que começou na Ponta da Serra, no sertão baiano, há muito tempo.

Das histórias contadas por D. Luzia Josefina de Farias, minha avó, às leituras dos clássicos do cordel, passando pelas festas do padroeiro Senhor dos Passos, reisados e queimas de Judas, muita água já passou embaixo e sobre a ponte.

Em 2005, a ideia do livro ganhou força a partir de uma recolha que fiz numa vasta área do sertão baiano.

Pouca gente sabe, mas, sem apoio institucional, percorri algumas léguas a pé em busca de possíveis guardiões da sabença popular.

O registro dos contos foi um exercício de paciência.

A transcrição, que respeita as matrizes, idem.

Desde a aprovação pelo editorial da Paulus, passando pela escolha do ilustrador, Maurício Negro, passaram-se muitos meses.

Agora, à disposição do público, o livro Contos Folclóricos Brasileiros devolve a oralidade as histórias do povo.

Na Cortez, merece menção especial o trabalho do pesquisador argentino Daniel D’Andréa, que coordena um grupo de narradores mirins.

Do grupo, três recontaram histórias do livro: Max, Lara e Carlinhos.

E, diga-se de passagem, aumentaram alguns pontos.

No final, Jackson Ricarte releu em sua viola o clássico “Triste Berrante”, de Adauto Santos.

E fechou com “Disparada”, de Geraldo Vandré e Theo de Barros, música que tem um significado especial para muitos dos presentes ao lançamento:

“Agora sou cavaleiro, laço firme e braço forte de um reino que não tem rei.”

Aproveito para agradecer a todas as pessoas que se dispuseram a testemunhar esse momento tão especial.

E à Cortez, que mais uma vez mostrou seu compromisso com a divulgação e promoção da cultura popular.

Fotos: Júbilo Jacobino, Simone Maximo e Pedro Monteiro



Jackson Ricarte canta Disparada

Fábio Santos, Marco, Nireuda, Maurício Negro, Lenice Gomes e Rosália

Adriana Ortiz, Costa Senna e Marco Haurélio

sábado, 1 de maio de 2010

Caravana do Cordel vira tema de canção



O movimento cultural Caravana do Cordel virou tema de música pelas mãos e pela voz de um dos fundadores do movimento, Costa Senna.

A música Caravana do Cordel, da qual sou coautor, homenageia os grandes clássicos do gênero e mistura poesia e música com o incremento da baatida do coco pernambucano.

Clique aqui e assista ao clipe que traz a assinatura de Júbilo Jacobino:

sexta-feira, 30 de abril de 2010

O maior clássico do Cordel em Quadrinhos



O PAVÃO MISTERIOSO EM QUADRINHOS
Coedição: Luzeiro/ Tupynanquim

O leitor tradicional do cordel e os amantes das HQs tem, agora, a oportunidade de guardar para sempre um tesouro tão valioso quanto o retrato da condessinha Creusa, motivo da busca do jovem Evangelista, protagonistas da história. O Pavão Misterioso atemporal, com ecos de As Mil e uma Noites e cheiro de ficção científica, voa para as estantes, movido pelo mesmo combustível que, há séculos impulsiona a criação artística: o sonho.
O livro é quadrinizado por Sérgio Lima, um dos grandes mestres das HQs no Brasil.

AUTOR - José Camelo
ILUSTRAÇÕES - Sérgio Lima
TÍTULO – O Pavão Misterioso em Quadrinhos
ISBN 978-85-7410-019-7
Número de páginas 48
Tamanho 21 x 28
Preço 25,00
Editora Luzeiro
Peça já o seu:
vendas@editoraluzeiro.com.br
Fone: (11) 5585 1800

terça-feira, 13 de abril de 2010

O Conde de Monte Cristo em Cordel



Capa: Klévisson Viana

Depois das versões de João Martins de Athayde, Manoel Pereira Sobrinho e José Costa Leite, resolvi apresentar a minha adaptação do grande romance de Alexandre Dumas, O Conde de Monte Cristo.

Desde a adolescência, quando li, pela primeira vez, o romance, tinha vontade de reescrevê-lo em cordel.

Escrevi e reescrevi a história até que chegasse ao ponto que considerei satisfatório.

Agora, ela sairá pela coleção Clássicos em Cordel, da Editora Nova Alexandria.

Aguardemos, pois...

Trecho:

No campo da poesia
Como guerreiro persisto.
Grandes adversidades
Enfrento e nunca desisto,
Como o herói do romance
O CONDE DE MONTE CRISTO.

A minha mente percorre
As regiões siderais
Lá, onde Alexandre Dumas,
Entre os grandes imortais,
Repousa serenamente
Nos braços da Santa Paz.

E foi ele que me disse,
Olhando-me num relance:
Poeta, eu espero que,
Se estiver ao teu alcance,
Refaças em poesia
O meu famoso romance
.

(...)

domingo, 11 de abril de 2010

Convite para uma noite encantada



Amigos (as),
em 2005 fui a campo, com um gravador e uma vontade de registrar parte do patrimônio imaterial. O resultado poderá ser conferido no dia 5 de maio, na Livraria Cortez, onde lançarei o livro Contos Folclóricos Brasileiros (PAULUS).

O livro reúne contos da tradição oral ilustrador por Maurício Negro. Contos de animais, de encantamento, religiosos, acumulativos, novelescos, humorísticos e de exemplo integram esta coleânea. As notas e a classificação ficaram a cargo do Dr. Paulo Correia, do conceituado Centro de Estudos Ataíde Oliveira, da Universidade do Algarve, Portugal.

Dia 5 de maio, quarta-feira, a partir das 19h.
Local: Livraria Cortez
Rua Bartira, 317 - Perdizes
Tel.: (11) 3873-7111
São Paulo — SP

domingo, 7 de março de 2010

Cordel sem fronteiras

Encontro de poesia em Assunção reúne poetas de vários países


Antônio Barreto, Edilene Matos, Marco Haurélio e Indram Amirthanayagam

Com apoio da Embaixada do Brasil no Paraguai, estive na capital deste país, Assunção, participando do Encontro Internacional de Poesia.

O evento integra a programação do Bicentanário da Independência do Paraguai, a ser comemorado em 2011.

Além de mim, representaram o Brasil o cordelista Antônio Carlos Barreto e a Professora da Universidade Federal da Bahia, Edilene Dias Matos, doutora em Letras, responsável pela "delegação".


Antônio Barreto (dir.) representou o Brasil com graça e poesia

Abaixo a temática e os integrantes da mesa de que participei falando, obviamente, sobre literatura de cordel.

Temática: La poesía y lo cotidiano

Enrique Hernandez D ´ Jesús (Venezuela), Blas Brítez (Paraguay), Lourdes Espínola (Paraguay), Lisandro Cardozo (moderador)e Marco Haurélio (Brasil),

sexta-feira, 5 de março de 2010

Contos Folclóricos Brasileiros



O livro Contos Folclóricos Brasileiros - reunião de histórias tradicionais recolhidas por mim - saiu finalmente.

O livro é o mais recente lançamento da PAULUS Editora.

As ilustrações, belíssimas, são de Maurício Negro.