Abrindo mês do Folclore, uma boa pedida é o livro O Urubu-Rei e outros contos do Brasil (Volta e Meia), coletânea de histórias populares recolhidas no sertão da Bahia. Abaixo, o texto da contracapa:
Os contos populares reproduzidos neste livro foram todos recolhidos da memória popular. Estão, por isso mesmo, mais próximos do inconsciente coletivo brasileiro, embora dialoguem com narrativas de outros povos, revelando, em muitos casos, uma origem comum. Histórias de animais, contos de fadas, lendas religiosas e contos de exemplo, muitos com raízes em tradições diversas e dispersas, dão uma ideia da riqueza da literatura oral do Brasil.
Eis um resumo da apresentação:
Os contos populares reproduzidos neste livro foram todos recolhidos da memória popular. Estão, por isso mesmo, mais próximos do inconsciente coletivo brasileiro, embora dialoguem com narrativas de outros povos, revelando, em muitos casos, uma origem comum. Histórias de animais, contos de fadas, lendas religiosas e contos de exemplo, muitos com raízes em tradições diversas e dispersas, dão uma ideia da riqueza da literatura oral do Brasil.
Eis um resumo da apresentação:
Apesar
de o Brasil ser um grande celeiro em termos de tradição oral, não há muitas
coletâneas de contos populares recolhidos diretamente da fonte: a memória coletiva.
A importância de estudiosos como Sílvio Romero, Câmara Cascudo, Aluísio de
Almeida, Lindolfo Gomes e Altimar Pimentel, entre outros, nesse particular, reside
no fato de eles terem registrado as histórias que corriam nas águas da
oralidade, salvando-as do desaparecimento a que, inevitavelmente, estavam condenadas
pelas mudanças sociais, especialmente na zona rural ou nas pequenas cidades do
interior onde, outrora, eram abundantes as vozes da tradição. O presente
trabalho se insere nessa perspectiva: todos os contos foram recolhidos entre
2005 e 2010 e publicados inicialmente na obra Contos
e fábulas do Brasil. O cenário das narrativas
varia, indo dos países imaginários ao sertão mítico, mas o meio em que vive a maior
parte dos narradores é o interior da Bahia, onde a caatinga abraça o cerrado.
Uma
coletânea de contos tradicionais, em qualquer época, será sempre um trabalho
coletivo. Dos autores anônimos que, desde a aurora dos tempos, elaboram e reelaboram
tais histórias, aos contadores (retransmissores) atuais, que dão seu toque
particular à narrativa, a história percorre as veredas do tempo e do espaço, acomodando-se
em ambientes os mais diversos, como nas regiões rurais, onde a imaginação
infantil povoa as serras, os rios e o além do horizonte com os personagens das
histórias contadas pelos mais velhos. Nos centros urbanos, o conto pode ser o
primeiro contato da criança com o mundo da literatura, ainda próxima da
oralidade. Afirmar, como muitos o fazem, que os contos populares, base da
literatura infantojuvenil, estão defasados, fora de moda, antiquados, é querer
negar às crianças o direito à imaginação e ao sonho. Neste livro, propomos exatamente
o contrário, oferecendo aos leitores de todas as idades estas flores colhidas
no Jardim da Tradição.
Agradeço ao meu amigo e agente literário Andrey do Amaral, que assina a coordenação editorial deste trabalho, pelo empenho em sua divulgação.
Agradeço ao meu amigo e agente literário Andrey do Amaral, que assina a coordenação editorial deste trabalho, pelo empenho em sua divulgação.
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